quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Tanta Água

País: Uruguai
Ano: 2013
Gênero: Comédia dramática
Duração: 120 min
Direção: Ana Guevara e Leticia Jorge
Elenco: Malú Chouza, Néstor Guzzini e Joaquín Castiglioni.

Sinopse: nas férias de verão, Alberto planeja uma viagem com seus dois filhos (Lucía e Frederick), com os quais não convive desde que se separou da mãe deles. Mas, ao chegar no local escolhido (Termas de Arapey), um parque termal, chove sem parar e eles têm de encontrar outras formas de diversão.

Crítica: como uma história simples, como passar as férias de verão (uma semana) com os filhos, pode render um filme tão bom?
As atuações exemplares e naturais são um dos fatores. Outro motivo a ser apontado são as situações, bem criadas e com diálogos inteligentes. Qualquer um pode se identificar ali. Pais que desconhecem os filhos em tudo: preferências, manias, comportamentos, sonhos. A convivência é difícil, sobretudo quando se está na adolescência.
Esse pai distante, devido ao divórcio, aproveitará o convívio curto, mas intenso, para se aproximar de quem ama. Tudo flui de forma bastante realista: os conflitos, as discussões, as contradições. Cenas engraçadas se misturam à comoção de descobertas que vão acabar por uni-los.
Uma viagem marcante, sem dúvida. Recomendadíssimo para famílias assistirem.


Avaliação: ****

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Las Acacias

País: Argentina
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 85 min
Direção: Pablo Giorgelli
Elenco: Germán de Silva, Hebe Duarte e Nayra Calle Mamani.

Sinopse: Rubén é um caminhoneiro que transporta madeira entre Asunción, no Paraguai, e Buenos Aires, na Argentina. Ele faz esse mesmo trajeto há anos, sempre solitário e silencioso. Um dia, no entanto, ele aceita dar carona a uma mulher desconhecida até Buenos Aires. Mas Jacinta, sua companheira de viagem, aparece uma hora atrasada, e com um bebê no colo. A primeira impressão de Rubén não é nada positiva: ele imagina passar longas horas ao lado de um bebê chorando e de uma pessoa por quem ele não tem o menor interesse. Aos poucos, no entanto, Rubén e Jacinta começam a trocar as primeiras palavras, e a se conhecer melhor.

Crítica: o diretor argentino estava inspirado quando fez esse filme. O ser humano e sua complexidade em expressar sentimentos é o foco do filme.
De forma gradual e sensível, o protagonista vê sua vida rotineira e sem emoções se modificar ao dar uma simples carona a uma mulher com o seu bebê. Ela, paraguaia, está indo para Buenos Aires visitar uma prima. Na passagem pela fronteira, uma leve crítica: o preconceito enraizado nas pessoas com quem não é de seu país.
A viagem prossegue, os diálogos são poucos. Aliás, não são necessários. As expressões e os olhares dizem tudo. Pouco se sabe da vida de Rubén, a não ser que ele tem um filho e que não o vê há 8 anos. E não mais do que isso é revelado na trama. O que importa aqui é o que virá depois. Um futuro com uma ponta de esperança.
A atuação do ator-protagonista (Germán de Silva) é o grande trunfo de uma história simples, de gente simples, em que, na maioria das vezes, a vida somente passa por elas, sem direito a desfrutar do que ela pode oferecer.


Avaliação: ***

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Gravidade (Gravity)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Ficção científica
Duração: 91 min
Direção: Alfonso Cuarón
Elenco: Sandra Bullock, George Clooney e Ed Harris.

Sinopse: Matt Kowalski (George Clooney) é um astronauta experiente que está em missão de conserto ao telescópio Hubble juntamente com a doutora Ryan Stone (Sandra Bullock). Ambos são surpreendidos por uma chuva de destroços decorrente da destruição de um satélite por um míssil russo, que faz com que sejam jogados no espaço sideral. Sem qualquer apoio da base terrestre da NASA, eles precisam encontrar um meio de sobreviver em meio a um ambiente completamente inóspito para a vida humana.
Crítica: de zero a dez, nota 8. Nesse filme, o diretor ressalta a fragilidade humana diante do desconhecido. No elenco, Sandra Bullock, como a doutora Ryan Stone (sim, é um nome masculino e o filme explica o motivo), e George Clooney, vivendo o astronauta Matt Kowalsky. Os dois estão em uma missão no espaço quando são atingidos por destroços de um satélite. A partir daí, precisam arriscar a sobrevivência nesse lugar inóspito.
O perigo implicado pelos destroços do satélite é o que dá ritmo à história e impressiona, sobretudo do meio para o final. Com poucos elementos, o roteiro escrito por pai e filho, Alfonso e Jonás Cuaron, consegue entreter plenamente.
A questão dos personagens principais é de vida e morte. E eles voltam aos detalhes para se sentirem em casa novamente. Logo de saída, conhecemos o destino triste da filha da Dr. Ryan. Um acidente tolo acabou com seu futuro. A aflição também é um sentimento bem explorado no longa, quando o oxigênio de Ryan chega perto do fim. O desespero que se estende por muitos minutos incomoda.
O 3D e os giros de câmera que causam vertigem são bem empregados e ressaltam a sensação de instabilidade.
Bullock está natural ao viver um personagem frágil e Clooney (como Matt) tem um humor despretensioso que traz leveza à trama.
No entanto, o filme peca nos detalhes que dariam realismo às sequências no espaço, como por exemplo, Ryan não sofrer quase nenhum ferimento, depois do acidente, o que é improvável; e o seu cabelo não flutuar em gravidade zero. Em compensação, outras correspondem à realidade: a estética da órbita da terra, a Aurora Polar, a transição entre silêncio e som nas câmaras pressurizadas e despressurizadas.
Contudo, tais falhas não tiram o mérito do roteiro que surpreende do início até o seu desfecho.


Avaliação: ***

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O Capital (Le Capital)

País: França
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 114 min
Direção: Costa-Gravas
Elenco: Gad Elmaleh, Gabriel Byrne, Natacha Régnier

Sinopse: ao ocupar o posto máximo de um banco, o empresário inescrupuloso Marc Tourneuil (Gad Elmaleh) revela a verdadeira personalidade.

Crítica: o filme gira em torno do jovem e ambicioso Marc Tourneuil (Gad Elmaleh) e o mundo que vive do lucro e para o lucro. Ambicioso e habilidoso, ele aproveitará todas as oportunidades, correndo riscos, mas convicto de que vai conseguir o que mais quer: poder e dinheiro.
Tourneuil é nomeado presidente biônico de um grande banco francês quando seu chefe deixa o cargo para tratar da saúde. A nomeação é temporária, estratégica - o conselho administrativo da corporação quer usá-lo como espécie de marionete enquanto a verdadeira transição de poder se dá nos bastidores.
É aí que vem a surpresa do longa: Marc tem outros planos. Assim que sua nomeação é divulgada pela imprensa, deixa claro que não pretende ser um CEO de fachada. Põe as manguinhas de fora, toma decisões, faz exigências e deixa o ex-diretor e demais acionistas em polvorosa.
O personagem central é um tipo interessante e afastado do lugar-comum. Há situações hilárias em que ele encena seus pensamentos, que seriam o que ele gostaria de fazer, mas não fez. A atuação de Elmaleh impressiona: frio, calculista, cínico, na medida certa. O maior jogo de interesses ocorre entre ele e Gabriel Byrne, um especulador financeiro.
Gravas é um excelente cineasta. Em ‘O Capital’ ele revela habilidade para transformar um drama sobre bancos e investimentos em algo atraente, podendo ser visto por qualquer público. É certo que, às vezes, o ritmo cai e torna-se um pouco cansativo, mas, pelas críticas feitas ao mundo moderno e ao mercado financeiro repleto de homens sem quaisquer escrúpulos, o filme merece ser visto.
E mais: um filme nada previsível.


Avaliação: ***

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Salvo – Uma História de Amor e Máfia

País: Itália
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Direção: Fabio Grassadonia e Antonio Piazza
Elenco: Saleh Bakri, Sara Serraiocco e Giuditta Perriera.

Sinopse: Salvo é um assassino da máfia siciliana, solitário, frio e implacável. Ele executa um homem e acaba se deparando com a irmã da vítima, Rita. A jovem é cega, e nada conseguiu fazer para evitar o crime. Salvo fica perturbado com o fato. Diante desta situação, algo inusitado acontece: Rita vê pela primeira vez. Salvo decide deixá-la viver, o que criará um elo eterno entre os dois.

Crítica: o filme, como induz o título, tem tiroteios, perseguições, mortes, mas ainda assim de um jeito bem peculiar. Na verdade, é mais uma história de amor e redenção, e tudo em pouquíssimas palavras. Ou seja, não é para qualquer um assistir.
Salvo Mancuso (Saleh Bakri) trabalha para um Don (Mario Pupella) da Cosa Nostra, a Máfia da Sicília. Um dia, ao ir atrás do responsável por um atentado frustrado contra seu chefe, encontra Rita (Sara Serraiocco), a jovem, linda e cega irmã do homem. O que ele não poderia imaginar é que ela recuperaria a visão justamente naquela hora. Sem entender bem o porquê de seu gesto, poupa a vida dela e passa a ter que enfrentar as consequências.
De narrativa lenta, lembra em certos momentos aquelas películas dos anos 70. O corpo ali é que expressa tudo. Além das atuações de Bakri e Serraiocco, o que mais se destaca no longa-metragem é a escolha feita pelos cineastas para filmar certas sequências. Por exemplo, a que resultará no encontro entre Salvo e Rita dura dez minutos, aproximadamente. O plano sequência da câmera acompanha de perto os intérpretes, em uma espécie de brincadeira de gato e rato, no interior da residência quando ele entra para procurá-la.
Curiosa é a trilha sonora: há uma única canção que toca apenas duas vezes ao longo da trama. Porém, as cenas ganham impacto maior com uma bela fotografia.
O enredo pode até não ser uma história original; em compensação, inova no jeito de contá-la.


Avaliação: **

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Os Suspeitos (Prisoners)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Suspense
Duração: 146 min
Direção: Denis Villeneuve
Elenco: Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal, Melissa Leo, Viola Davis e Paul Dano.

Sinopse: em Boston, um pai de família (Hugh Jackman) deve lidar com o desaparecimento de sua filha e de um amigo dela. Quando suspeita que o detetive (Jake Gyllenhall) encarregado das buscas já desistiu de procurar pelo culpado, este pai desesperado começa a desconfiar de todas as pessoas ao redor. Fazendo sua própria investigação, ele encontra o principal suspeito e decide sequestrá-lo.

Crítica: num momento de produções fracas, o filme ‘Os Suspeitos’ acaba por se destacar, seja pela história em si, seja pela atuação do elenco respeitável.
A trama pode não ser original, mas é bem executada e eficiente quando se trata de conduzir o espectador no trama do protagonista. Suspense, mistério e drama marcam as mais de duas horas de filme. A dupla Hugh Jackman e Jake Gyllenhaal é convincente em cena.
A expectativa é grande até o final da história. O longa perde um pouco o ritmo no meio do caminho, por causa de tramas paralelas, não tão essenciais assim, mas nada que interfira a ponto de prejudicar a qualidade do filme.
Vale a pena conferir o trabalho desse diretor que fez outro ótimo longa – ‘Incêndios’ –, de 2010.

Avaliação: ****

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O Inventor de Sonhos

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: Ricardo Nauenberg
Elenco: Stenio Garcia, Sheron Menezes e Ícaro Silva.

Sinopse: Rio de Janeiro, 1808. José Trazimundo é filho de uma escrava negra e um artista europeu, o qual não chegou a conhecer, enquanto que Luis Bernardo é filho de um duque português que veio ao Brasil junto com a comitiva do rei de seu país. Trazimundo sonha em conhecer o pai e, em meio à busca, faz amizade com Luis. O que ambos não esperavam era que tivessem que disputar o amor de Iaínha, uma bela escrava negra.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Dragon Ball Z – A Batalha dos Deuses (Dragon Ball Z – The Battle of Gods)

País: Japão
Ano: 2013
Gênero: Animação
Duração: 85 min
Direção: Masahiro Hosada
Elenco: Masako Nozawa, Mayumi Tanaka e Kôichi Yamadera.

Sinopse: depois da batalha de Majin Buu, o universo está em equilíbrio, mantido pelas ações simultâneas do Deus da Criação e do Deus da Destruição. Quando um poderoso Deus da galáxia é derrotado pelo estudante Goku, o jovem decide que seu próximo adversário deve ser o Deus da Destruição. Mas todos tem medo que o universo entre em colapso com essa batalha.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Corda Bamba

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 80 min
Direção: Eduardo Goldenstein
Elenco: Bia Goldenstein, Augusto Madeira, Gustavo Falcão e Georgiana Góes.

Sinopse: Maria é uma menina de 10 anos que nasceu no circo, filha de equilibristas, e que precisa lidar com uma difícil passagem em sua vida. Ela vai morar com a avó, na cidade, e não consegue lembrar de seu passado. Da janela do seu quarto Maria atravessa sobre uma corda bamba para a dimensão do imaginário, onde irá recuperar sua memória e encontrar a possibilidade de seguir adiante.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Riddick 3

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Ficção científica
Duração: 119 min
Direção: David Twohy
Elenco: Vin Diesel, Karl Urban, Dave Bautista e Katee Sackhoff.

Sinopse: Riddick, o homem mais procurado da galáxia, foi abandonado à própria morte em um planeta destruído pela guerra. Seu único desejo é voltar para o planeta de onde vem, mas para isso ele precisará enfretar vários demônios e caçadores de recompensas. Enfrentando dificuldades para cumprir a tarefa sozinho, ele faz um pacto com Vaako, que promete ajudá-lo no retorno à sua terra natal.

Crítica: com abordagem similar a ‘Eclipse Mortal’ (2000), Riddick coloca o anti-herói interpretado por Vin Diesel novamente na luta por sobrevivência. Isso não significa que temos algo tão bom quanto o original, mas é o suficiente para divertir os fãs, principalmente por ser melhor do que o segundo filme, 'A Batalha de Riddick' (2004).
No primeiro longa da trilogia havia um clima de suspense e urgência crescentes que não acontece neste filme. Já no segundo, detalhes sobre a vida e a história de Riddick enriquecem a trama e envolvem o espectador, enquanto que neste último, que teria a finalidade de encerrar a história, deixou a desejar. Muitos efeitos especiais, clichês, exagero de situações criadas apenas para relembrar bons momentos da série – o que reforça que foi um trabalho feito para fãs  e pouco aprofundamento do protagonista e de outros personagens nessa trama que deveria ser a melhor. Mas vale ressaltar a excelente direção de arte, responsável por criar uma densa atmosfera alienígena e encher a tela de criaturas bem estranhas – algumas genuinamente interessantes.
Mesmo sendo previsível, o longa traz ação e violência no estilo de 'Predador e Aliens', com momentos capazes de equilibrar humor e suspense. Nos Estados Unidos, a produção foi bem nas bilheterias, graças à violência descompromissada e ao protagonista que sabe como intimidar seus oponentes de uma maneira bem particular.


Avaliação: ***

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Nove Crônicas para um Coração aos Berros

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 93 min
Direção: Gustavo Galvão
Elenco: Simone Spoladore, Leonardo Medeiros e Júlio Andrade.

Sinopse: o filme retrata o mosaico de relações humanas envolvendo Larissa, Mário, Leopoldo, Júlio, Simone, Vanise, Carol, André, Denise e Philipp. Homens e mulheres de diferentes idades sentem uma intensa necessidade de se reinventar. Todos vivem o momento da guinada, cada um a seu modo.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Mato sem Cachorro

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 105 min
Direção: Pedro Amorim
Elenco: Bruno Gagliasso, Leandra Leal e Danilo Gentili.

Sinopse: após o fim do relacionamento, jovem vê a ex-namorada ficar com a guarda do cachorro de estimação. Para conseguir o animal de volta, ele fará de tudo, inclusive sequestrá-lo.

Crítica: o cartaz é atrativo – um cãozinho fofo no meio de um casal , que sugere uma comédia romântica leve e prazerosa. No entanto, engana-se o público. Achar que piadas de baixo calão e preconceituosas é engraçado é um erro que os cineastas brasileiros continuam cometendo.
A premissa da história é boa. A radialista Zoé (Leandra Leal) e o preguiçoso Deco (Bruno Gagliasso) se conhecem após o acidente que quase mata Guto, um cachorro com narcolepsia. Por causa da doença, o cãozinho desmaia quando fica muito empolgado. O casal apaixona-se e decide criá-lo mesmo com o pequeno problema. 
Mesmo previsível, a trama poderia ter tido um bom resultado se os diálogos fossem inteligentes, se houvesse menos clichês, se as atuações fossem mais convincentes, se tudo fluísse mais naturalmente. Histórias simples, bem contadas, rendem um bom cinema.
Mas aqui falta um enredo melhor e a noção da diferença entre mau gosto e escracho.  Nem as situações que foram criadas para emocionar o espectador valem a pena. São piegas demais.


Avaliação: **

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Aposta Máxima (Runner Runner)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Suspense
Duração: 96 min
Direção: Brad Furman
Elenco: Ben Affleck, Justin Timberlake e Gemma Arterton.

Sinopse: poderoso empresário, dono de um negócio de jogos ilícitos, passa a ter problemas o funcionário considerado seu braço direito.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Obsessão (The Paperboy)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Suspense
Duração: 107 min
Direção: Lee Daniels
Elenco: Zac Efron, Matthew McConaughey, Nicole Kidman, David Oyelowo, John Cusack, Macy Gray, Scott Glenn, Ned Bellamy e Nealla Gordon.

Sinopse: Ward é jornalista de um grande jornal e precisa retornar para sua pequena cidade para fazer a cobertura da prisão de Hillary Van Wetter (John Cusack), acusado e condenado à morte pelo assassinato do xerife local. Os problemas começam quando Jack, seu irmão mais novo, começa a se envolver com Charlotte, mulher misteriosa e mais velha, que mantinha contato com o prisioneiro. Baseado no best-seller do escritor norte-americano Peter Dexter.

Crítica: o filme começa com uma mulher (Ellen, interpretada por Macy Gray) dando um depoimento sobre um crime cometido no passado: um xerife a quem todos odiavam pelo comportamento preconceituoso e repulsivo e que havia sido morto a facadas por um branco, Hillary Van Wetter (John Cusack), convincente no papel de lunático.
Ellen havia sido empregada da casa dos Ward (Scott Glenn é o patriarca), quando da época do assassinato, e foi ela quem educou os dois filhos do patrão abandonados pela mãe, Jack e Ward Jansen Filho. Toda a história é narrada por ela.
Lee Daniels gosta abordar o tema preconceito em seus filmes, tendo feito o mesmo em Matadores de Aluguel (2005) e Preciosa (2009), sempre retratando o lado mais pesado e obscuro da realidade. O diretor não poupa críticas à sociedade hipócrita branca e cristã, cheia de tabus quando o assunto é cor de pele e sexualidade.
O longa retrata a obstinada busca de Ward Jansen (Matthew McConaughey) em desvendar a história de um assassinato na sua cidade natal, Flórida, no final dos anos 60, auxiliado pelo seu irmão Jack (o paperboy do título, Zac Efron), seu ajudante Yardley (David Oyelowo) e pela fogosa Charlotte Bless (Nicole Kidman), amante do suspeito do crime que se encontra preso e condenado à pena de morte, e procura fazer de tudo tirá-lo de lá. A razão é que muitas evidências do local do crime desapareceram sem explicação.
Algumas cenas são claustrofóbicas e bastante intensas, apelando para o exagero, mas o que faz mesmo o filme perder a força é o excesso de subtramas e nomes que acabam por confundir o espectador. São tantos fatos paralelos e vai-e-vem que, no meio do longa, nos perguntamos sobre como tudo começou ou qual o propósito da história.
Destaque para as atuações de Zac Efron (convence completamente como o menino tímido, perdido, carente do amor materno) e Nicole Kidman (enfim fazendo um papel diferente de todos os anteriores).
A fotografia granulada e fosca é acertadíssima para o ambiente tosco e calorento de uma cidade “fim de mundo” do estado da Flórida.


Avaliação: **

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A Última Estação

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 115 min
Direção: Márcio Curi
Elenco: Mounir Maasri, Elisa Lucinda e Clara Lobato.

Sinopse: 1950. O jovem libanês Tarik deixa sua cidade natal em busca de uma vida melhor no Brasil. Ao chegar no porto de Santos ele se desentende com o irmão de uma garota síria com a qual estava flertando e, na briga, cai no mar. Ele é salvo por Ali, outro jovem libanês. Só que, ao passar pela imigração, Ali fica detido pela polícia e eles se separam. Décadas mais tarde, já idoso, Tárik resolve partir em busca de Ali para pedir-lhe perdão. Em sua jornada ele tem a companhia da filha, que se recusa a seguir os ideais religiosos e de comportamento pregados pelo pai.

Crítica: é a primeira vez que vejo no cinema brasileiro um filme sobre a migração dos libaneses para o Brasil.
Era de se esperar que a história mostrasse mais das tradições desse povo, dos locais onde se instalaram para reconstruir novas vidas e da mescla com a cultura brasileira.
No entanto, o longa concentra-se na vida de Tarik (Mounir Maasri). As primeiras cenas retratam-no ainda jovem no Líbano e partindo de navio para o Brasil, prometendo à mãe que regressaria.
Ao chegar, é recebido por um tio que já tem um comércio de tecidos. Ele e um primo são orientados e aprendem a arte de vender. Percorrem o interior do estado de Minas Gerais vendendo em ruas e praças, até melhorarem aos poucos de situação financeira.
Na viagem para o Brasil, ele fez amigos e se encantou por uma moça síria. Mas perde o contato com todos. Casa-se e, logo após o nascimento de sua única filha, sua esposa, que já estava doente, morre. 
A partir daí, decide rever todos com quem viajou a fim de cumprir algumas promessas. Vai atrás até do seu primeiro amor (a moça síria), contudo já é tarde: ela tinha tido um casamento arranjado e infeliz e também já estava morta. Na jornada, a filha o acompanha. Passando mais tempo juntos, conhecem-se melhor, há um choque de gerações e de costumes que não podem mais ser impostos. Mas a relação entre eles é saudável e o convívio traz resultados positivos para cada um deles.
Tarik, ao final, conhece alguém, e retorna ao Líbano.
A história flui bem; a questão é a maneira como o roteiro, a trilha sonora, os diálogos, as situações são conduzidas. Soa novelesco demais, longe da proposta de cinema. As atuações são fracas. O melhor é Mounir Maasri, mais à vontade no papel. Os atores que interpretam os amigos do navio (já adultos) são completamente amadores.
Mais uma vez, falta a direção exigente e um roteiro competente que emocione o espectador.


Avaliação: **

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Família do Bagulho (We’re The Millers)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 111min
Direção: Rawson Marshall Thurber
Elenco: Jennifer Aniston, Emma Roberts, Jason Sudeikis e Thomas Lennon.

Sinopse: após ser roubado, o traficante de meia tigela David Clark é obrigado por seu chefe, Brad Gurdlinger, a viajar até o México para fechar uma negociação envolvendo um grande carregamento de maconha. Para tanto David precisa formar uma família de mentira e com isso convida a stripper Rose O`Reilly para ser sua falsa esposa. A delinquente Casey e o virgem Kenny logo entram no plano e juntos eles formam os Miller, que aparentemente estariam fazendo uma pacata viagem rumo ao México a bordo do trailer da família. Entretanto, ao longo do caminho os antigos hábitos voltam à tona e nem tudo sai como o planejado.

Crítica: para começar, os títulos não deveriam ser traduzidos ou, se assim fossem, deveriam ser mantidos ao pé da letra. Quando inventa-se um título brasileiro, geralmente o estrago está feito. A comédia We’re the Millers tem um título interessante, mas não empolga apesar do competente ator Jason Sudeikis. Ele e Jennifer Aniston são mal aproveitados num filme desse gênero.
A previsibilidade é inevitável e o filme parece mais um capítulo de seriado de TV americana.
A história é de um traficante (Jason Sudeikis) que precisa realizar um contrabando internacional, mas para isso é necessário um bom disfarce. Então ele contrata uma stripper (Jennifer Aniston) para se passar por sua mulher e dois adolescentes por seus filhos e, assim, a família feliz pode tentar realizar o contrabando.
Emma Roberts e Will Poulter interpretam os filhos, e fazem isso de maneira eficiente na trama.
Mas o problema maior está na direção inexperiente. E, quando é assim, não dá para esperam muito da trama e menos ainda do final, rotulado pelo clichê de “todos felizes para sempre”.
O melhor do longa-metragem são algumas situações inusitadas, como por exemplo, quando pai, mãe e filhos estão em um cena altamente sensual – estranho, no entanto engraçado.
Um programa para passar o tempo e comer pipoca.


Avaliação: **

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R.I.P.D – Agentes do Além (R.I.P.D)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Ação
Duração: 93 min
Direção: Robert Schwentke
Elenco: Ryan Reynolds, Jeff Bridges e Kevin Bacon.

Sinopse: Nick Walke é um policial que morreu recentemente. Para sua surpresa, sua alma foi enviada para o Departamento Descanse em Paz, uma espécie de agência que trabalha às escondidas na Terra. Devido à sua experiência, Nick logo é enviado de volta à Terra para trabalhar ao lado do veterano Roy Pulsipher. Juntos, eles precisam encontrar o assassino de Nick.

Crítica: baseado no pouco conhecido gibi homônimo de Peter Lenkov, Lucas Marangon e Randy Emberlin publicado pela editora Dark Horse em 1999, R.I.P.D. – Agentes do Além nada mais é do que uma mistura descarada de Homens de Preto e Os Caça-Fantasmas.
A direção é fraca. Aposta nos elementos que fizeram o sucesso das duas franquias anteriormente citadas, mas acaba se perdendo numa trama fraca e sem graça, com diálogos e piadas forçadas, excesso de clichês e personagens estereotipados.
Nem o elenco de peso salva. Quando o roteiro é ruim, não tem jeito. Na história, acompanhamos o calvário do policial Nick Cruz (Ryan Reynolds) que se mete em uma confusão e acaba assassinado por seu “melhor” amigo (Kevin Bacon). Após o óbito, em uma espécie de rito de passagem, ele vai parar num limbo onde é interrogado e designado ao R.I.P.D., departamento de polícia do além. Para ajudá-lo em suas tarefas, ganha como parceiro Roy, um oficial veterano que trabalha com atividades sobrenaturais desde os anos 1800. A missão de ambos é manter a paz na terra dos vivos, que vem sendo ameaçada por entidades demoníacas.
Ryan Reynolds (Lanterna Verde) tem uma de suas piores atuações na carreira, sem emoção alguma. Jeff Bridges (Bravura Indômita), ao melhor estilo brega e com um sotaque carregado de delegado texano do velho oeste, até que se esforça para ser engraçado, porém as falas não ajudam. Nem a simpática e bonita Mary-Louise Parker (Red 2 – Armados e Ainda Mais Perigosos) consegue se safar desta bobagem.
A ação parece ter saído de um videogame de terceira categoria. Entre carros quebrados, cenários destruídos e muitos monstros disformes pipocando aqui e acolá, nem os efeitos especiais não convencem muito.


Avaliação: **

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O Tempo e o Vento

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 127 min
Direção: Jayme Monjardim
Elenco: Fernanda Montenegro, Thiago Lacerda, Marjorie Estiano e Cléo Pires.

Sinopse: Rio Grande do Sul, final do século XIX. Em meio às guerras e movimentos separatistas, duas famílias gaúchas mantêm uma rivalidade acirrada. Adaptação do livro "O Continente", escrito por Érico Veríssimo.

Crítica: a adequação para o cinema é um erro. Tentar colocar em duas horas uma obra de Érico Veríssimo é tarefa impossível. O ritmo é acelerado, os personagens são mal aprofundados, as interpretações são amadoras e sem qualquer emoção mais convincente, o que aliás a produção tenta compensar com o excesso de trilha sonora, sobretudo nos primeiros 20 minutos do filme, tomadas longas demais (enquanto se deveria priorizar o enredo) e o conjunto como um todo parece uma telenovela.
O conteúdo do escritor merecia algo mais grandioso e de talento.


Avaliação: *

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Tá Chovendo Hambúrguer 2 (Cloudy with a chance of meatballs 2)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Animação
Duração: 95 min
Direção: Cody Cameron e Kris Pearn
Elenco: -

Sinopse: quando descobre que a máquina que transforma água em comida %u2014 ainda funciona e, agora, cria perigosas comidas mutantes, o inventor Flint decide retornar para cidade de Boca Grande e tentar salvar o mundo.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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