A Última Estação
País: Brasil
Ano:
2013
Gênero: Drama
Duração: 115
min
Direção: Márcio
Curi
Elenco: Mounir
Maasri, Elisa Lucinda e Clara Lobato.
Sinopse: 1950. O jovem libanês Tarik deixa sua cidade
natal em busca de uma vida melhor no Brasil. Ao chegar no porto de Santos ele
se desentende com o irmão de uma garota síria com a qual estava flertando e, na
briga, cai no mar. Ele é salvo por Ali, outro jovem libanês. Só que, ao passar
pela imigração, Ali fica detido pela polícia e eles se separam. Décadas mais
tarde, já idoso, Tárik resolve partir em busca de Ali para pedir-lhe perdão. Em
sua jornada ele tem a companhia da filha, que se recusa a seguir os ideais
religiosos e de comportamento pregados pelo pai.
Crítica: é a primeira vez que vejo no cinema brasileiro
um filme sobre a migração dos libaneses para o Brasil.
Era de se esperar que a
história mostrasse mais das tradições desse povo, dos locais onde se instalaram
para reconstruir novas vidas e da mescla com a cultura brasileira.
No entanto, o longa
concentra-se na vida de Tarik (Mounir Maasri). As primeiras cenas retratam-no
ainda jovem no Líbano e partindo de navio para o Brasil, prometendo à mãe que
regressaria.
Ao chegar, é recebido por
um tio que já tem um comércio de tecidos. Ele e um primo são orientados e
aprendem a arte de vender. Percorrem o interior do estado de Minas Gerais
vendendo em ruas e praças, até melhorarem aos poucos de situação financeira.
Na viagem para o Brasil,
ele fez amigos e se encantou por uma moça síria. Mas perde o contato com todos.
Casa-se e, logo após o nascimento de sua única filha, sua esposa, que já estava
doente, morre.
A partir daí, decide rever
todos com quem viajou a fim de cumprir algumas promessas. Vai atrás até do seu
primeiro amor (a moça síria), contudo já é tarde: ela tinha tido um casamento
arranjado e infeliz e também já estava morta. Na jornada, a filha o acompanha.
Passando mais tempo juntos, conhecem-se melhor, há um choque de gerações e de
costumes que não podem mais ser impostos. Mas a relação entre eles é saudável e
o convívio traz resultados positivos para cada um deles.
Tarik, ao final, conhece
alguém, e retorna ao Líbano.
A história flui bem; a
questão é a maneira como o roteiro, a trilha sonora, os diálogos, as situações
são conduzidas. Soa novelesco demais, longe da proposta de cinema. As atuações
são fracas. O melhor é Mounir Maasri, mais à vontade no papel. Os atores que
interpretam os amigos do navio (já adultos) são completamente amadores.
Mais uma vez, falta a direção
exigente e um roteiro competente que emocione o espectador.
Avaliação:
**
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