sábado, 13 de abril de 2019

Em Trânsito (Transit)


País: Alemanha/França
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 101 min
Direção: Christian Petzold
Elenco: Franz Rogowski, Paula Beer e Godehard Giese.

Sinopse: quando Georg (Franz Rogowski) tenta fugir da França após a invasão nazista, ele rouba os manuscritos de um autor falecido e assume sua identidade. Preso em Marseille, acaba conhecendo Marie (Paula Beer), que está desesperada para encontrar seu marido desaparecido - o mesmo que ele está fingindo ser. Para complicar ainda mais, ele começa a se apaixonar por ela.

Crítica: após dirigir os excelentes dramas Barbara (2012) e Phoenix (2014), o diretor Christian Petzold aposta numa ficção ousada. Ele nos apresenta uma França nos dias atuais, em pleno século XXI, mas ocupada pela Alemanha nazista, ou seja, a Segunda Guerra Mundial estaria ocorrendo hoje.
O alemão Georg (Franz Rogowski), morando na França, tenta escapar do país antes de ser pego pela polícia. Há uma guerra, e os personagens (perseguidos por homens com metralhadoras) precisam fugir. Não há uma relação direta com os fatos de 1939 a 1945 e não é, de forma alguma, uma continuação da guerra anterior.
Os carros são modernos, há pichações nas paredes, as placas de ruas são atuais, os cortes de cabelos e a maneira de falar são contemporâneos. É como se houvesse uma transposição da história aos tempos atuais – de exaltação da direita, de intolerância com os imigrantes e estrangeiros, de retorno ao preconceito. O cotidiano é invadido pelo patrulhamento.
A analogia entre os acontecimentos passados e os de hoje ressaltam algo importante: os erros do passado são repetidos. Antes, caça aos judeus e, agora, perseguição aos imigrantes ilegais. Os delatores e acusadores continuam existindo na história.
Os dramas são bem colocados na trama, havendo espaço, inclusive, para uma história de amor, envolvendo 3 pessoas: Georg (Franz Rogowski), a francesa Marie (Paula Beer) e o médico Richard (Godehard Giese).
Atuações convincentes, diálogos com um inteligente discurso político e, ao final, o diretor arrisca deixar uma dúvida no ar: se as imagens vistas no último instante são reais ou apenas frutos da imaginação de Georg.

Avaliação: ***

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