segunda-feira, 1 de abril de 2019

Minha Obra-Prima (Mi Obra-Maestra)


País: Argentina/Espanha
Ano: 2018
Gênero: Comédia
Duração: 104 min
Direção: Gastón Duprat
Elenco: Guillermo Francella, Luis Brandoni, Raul Arévalo e Andrea Frigerio.

Sinopse: Arturo (Guillermo Francella) é um negociante de arte sem escrúpulos. Ele é amigo há muitos anos de Renzo (Luis Brandoni), um pintor com poucas habilidades sociais. Dispostos a arriscar tudo, os dois desenvolvem um plano mirabolante para se dar bem no mundo da arte.

Crítica: a Argentina costuma nos presentear com bons filmes e “Minha Obra-Prima” é mais um bom exemplo.
Com criatividade, muito sarcasmo e diálogos inteligentes, faz críticas contundentes à arte contemporânea e ao que se chama de arte, à política, à sociedade consumista e fútil, e a todos os seus supostos valores. O humor corrosivo satiriza tanto a direita vaidosa quanto a esquerda utópica.
O texto é muito sábio e bem colocado em cada um de seus personagens. No centro da trama se encontram dois produtores cínicos de arte: por um lado, o pintor Renzo Nervi (Luis Brandoni), que afirma fazer “algo inútil que não interessa a ninguém”, e por outro lado, o negociante Arturo Silva (Guillermo Francella), capaz de rasgar elogios a obras de que não gosta, mas que podem lhe render lucros.
Brandoni e Francella estão excelentes, provocando um ao outro por meio de recursos corporais e com uma impressionante ironia e zombaria nos diálogos. São dois personagens execráveis, mas tornados divertidos pelo modo como criticam a si próprios.
O roteiro diverte o espectador com várias surpresas e, ainda que algumas cenas pareçam poucos verossímeis, o conjunto da obra funciona bem.

Avaliação: ***

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