Minha Obra-Prima (Mi Obra-Maestra)
País: Argentina/Espanha
Ano: 2018
Gênero:
Comédia
Duração: 104
min
Direção: Gastón
Duprat
Elenco: Guillermo
Francella, Luis Brandoni, Raul Arévalo e Andrea Frigerio.
Sinopse: Arturo (Guillermo Francella) é um negociante
de arte sem escrúpulos. Ele é amigo há muitos anos de Renzo (Luis Brandoni), um
pintor com poucas habilidades sociais. Dispostos a arriscar tudo, os dois
desenvolvem um plano mirabolante para se dar bem no mundo da arte.
Crítica: a Argentina costuma nos presentear com bons
filmes e “Minha Obra-Prima” é mais um bom exemplo.
Com criatividade, muito
sarcasmo e diálogos inteligentes, faz críticas contundentes à arte
contemporânea e ao que se chama de arte, à política, à sociedade consumista e
fútil, e a todos os seus supostos valores. O humor corrosivo satiriza tanto a
direita vaidosa quanto a esquerda utópica.
O texto é muito sábio e bem
colocado em cada um de seus personagens. No centro da trama se encontram dois
produtores cínicos de arte: por um lado, o pintor Renzo Nervi (Luis Brandoni),
que afirma fazer “algo inútil que não interessa a ninguém”, e por outro lado, o
negociante Arturo Silva (Guillermo Francella), capaz de rasgar elogios a obras
de que não gosta, mas que podem lhe render lucros.
Brandoni e Francella estão
excelentes, provocando um ao outro por meio de recursos corporais e com uma impressionante ironia e zombaria nos diálogos. São dois personagens execráveis,
mas tornados divertidos pelo modo como criticam a si próprios.
O roteiro diverte o
espectador com várias surpresas e, ainda que algumas cenas pareçam poucos
verossímeis, o conjunto da obra funciona bem.
Avaliação: ***
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