O Rosto (Mug)

País: Polônia

Ano: 2017

Gênero: Comédia Dramática

Duração: 91 min

Direção: Małgorzata Szumowska

Elenco: Mateusz Kosciukiewicz, Agnieszka Podsiadlik e Malgorzata Gorol.

Sinopse: o filme aborda o angustiante conflito existencial de Jacek (Mateusz Kosciukiewicz) que sente que se perdeu de si mesmo após um radical transplante facial.

Crítica: o filme tem, explicitamente, críticas duras à sociedade hipócrita pregando valores cristãos quando, na verdade, suas ações indicam outro tipo de comportamento: mesquinho, preconceituoso e até cruel.

O alvo desse comportamento é Jacek (Mateusz Kosciukiewicz), que, depois de um acidente de trabalho, tem parte do seu rosto modificado e perde a fala. A vida, antes tranquila, ao lado dos familiares, da sua namorada e do seu cão, torna-se um inferno.

Pessoas não o encaram, fecham portas para ele, todos se afastam. Os que se aproximam, como um padre, por exemplo, é para benzê-lo e distanciá-lo do mal.

Aqui a trama que já dava sinais de exagero, visto que a deformidade dele nem é assim tão assustadora e a conduta da pessoas ser surreal (pois a crueldade seria sem limites), mostra o quão “trash” se tornou.

O filme, em vez de ser uma denúncia à mesquinharia da humanidade, vira uma comédia pastelão e de muito mau gosto.

A hostilidade e o desprezo das pessoas jamais caberia na trama. E, no filme, até a mãe o despreza. A namorada, além de não querer ficar mais com ele, o ridiculariza na frente dos demais. A irmã parece a única sensata.

As pessoas vão se confessar na igreja falando de seus sentimentos com relação ao rapaz. E os diálogos são inacreditáveis. E, ainda, há as cenas de nudez completamente fora de questão.

Por fim, não basta ter uma opinião sobre determinado assunto para ser fazer um filme. É preciso saber executá-la. O roteiro sem foco faz da trama um fardo.

Avaliação: *