quarta-feira, 10 de abril de 2019

Memórias da Dor (La Douleur)


País: França
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 126 min
Direção: Emmanuel Finkiel
Elenco: Mélanie Thierry, Benoît Magimel, Benjamin Biolay, Emmanuel Bordieu e Grégoire Leprince-Ringuet.

Sinopse: na França ocupada por nazistas, a escritora Marguerite Duras (Mélanie Thierry) busca por pistas do paradeiro do marido preso por ações na resistência, se aproximando de um inimigo que é também fã. Reprovada por seus amigos, a decisão é a porta de entrada pra uma espiral de desespero que se estende por meses.

Crítica: a trama fala exatamente do que sugere o título: da dor. A dor da espera, de não se ter notícias de alguém, de desconhecer o que se passa, onde está, se está bem.
Muitas pessoas viveram isso na Segunda Guerra Mundial. Pessoas que foram perseguidas pelos nazistas: judeus, militantes da resistência, deficientes físicos e/ou mentais, ciganos.
Na trama, a escritora Marguerite Duras (Mélanie Thierry) sofre com o desaparecimento do seu marido, Robert (Emmanuel Bordieu), levado como preso político.
Ela tenta, ao aproximar-se de um policial francês aliado aos alemães, Pierre Rabier (Benoît Magimel) conseguir alguma pista sobre o esposo.
Vai até as estações de trem aguardar a chegada de comboios, procura pelo nome dele nas listagens de vivos ou mortos, e nada.
Sua angústia nos comove. Já é quase final da guerra, muitos retornam para casa, são liberados pelos aliados que vieram salvar quem estava nos campos de concentração.
Começa a perder o ânimo de vê-lo, não se alimenta, fuma sem parar, é difícil dormir ou fazer qualquer coisa, já não sabe o que pensar, enfim, está bastante fragilizada. Seu amigo Dionys (Benjamin Biolay) é o único amparo.
Quando finalmente Robert é encontrado, está bastante debilitado. Seus amigos vão buscá-lo; caso contrário, aguardar a ida dos aliados até o campo em que está detido (Dachau) pode ser tarde demais.
O enredo diferencia-se por esse foco: o da espera. Ao fim da guerra, a demora de retorno de alguns e a dificuldade de obter informações foram torturantes para os parentes. A França seguia adiante, mas para muitos isso era algo quase impossível pela dor causada pela perda. Nem todos conseguiram se recuperar dos traumas por tudo que viram e viveram.
É um belo filme, poético e sensível, baseado na obra (A Dor) da própria escritora Marguerite Duras, uma das principais vozes femininas da literatura do século XX na Europa. Boa parte do texto literário é aproveitado no cinema e, talvez, isso não agrade todos. É uma narrativa mais lenta, assim como foi a expectativa pelo retorno de Albert.
Não se pode deixar de ressaltar a atuação convincente de Mélanie Thierry.

Avaliação: **

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