A Costureira de Sonhos (Sir)
País: Índia/França
Ano: 2019
Gênero: Drama
Duração: 99
min
Direção: Rohena
Gera
Elenco: Tillotama
Shome, Vivek Gomber, Geetanjali Kulkarni e Rahul Vohra.
Sinopse: Ratna (Tillotama Shome) trabalha como
empregada doméstica para Ashwin (Vivek Gomber), um homem rico que parece ter tudo, porém vive
desiludido pela vida. Enquanto isso, Ratna, que parece ter nada,
vive a vida determinada a alcançar seus sonhos.
Crítica: a diretora traça um bom retrato da sociedade
indiana com todas as suas impressionantes mazelas e desigualdades sociais e diferenças
culturais.
Por meio da empregada doméstica
Ratna (Tillotama Shome, em excelente performance) vimos o quão diferente seu
mundo é dos patrões.
Viúva aos 19 anos (o esposo
faleceu 2 meses após o casamento de uma doença que a família dele omitiu), ela conseguiu
um emprego como empregada em Mumbai, longe do vilarejo onde nasceu. Com o
dinheiro, ela paga os estudos da irmã mais nova para que ela tenha um destino melhor.
Paralelamente, a vida do
patrão Ashwin (Viverk Gomber), aparentemente feliz, desmorona. Seu casamento é
cancelado e ele se vê solitário e perdido. Além disso, arrepende-se de ter
voltado dos Estados Unidos, onde morou por um tempo.
Apesar da distância dos
mundos em que vivem, Ratna compreende a dor do “SIR” (como ela o chama sempre
polidamente) e tenta, à sua maneira, ajudar, ainda que bem timidamente. A
aproximação poderia fazer com que ela perdesse o emprego – o que não pode ocorrer.
Ratna tem um grande sonho: aprender a costurar e ser uma estilista de moda.
Nos poucos diálogos trocados
entre empregada e chefe, notamos que os sonhos de cada um estão longe de ser
realizados.
A sensibilidade é um ponto
forte na narrativa. Sutilmente, as mudanças acontecem, sem reviravoltas mirabolantes
ou soluções novelescas.
A perspectiva mostrada na
trama é realista sobre as questões sociais, de justiça e de injustiça; os
direitos humanos; as desigualdades materiais; e o absurdo enraizamento dos
costumes, moldados por preconceito e crueldade.
O desfecho aponta uma luz
no caminho. Uma bela história e bem contada.
Avaliação: ***
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