Tirza
País: Holanda
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 107
min
Direção: Rudolf
van den Berg
Elenco: Gijs Scholten
van Aschat, Sylvia Hoeks, Johanna ter Steege, Nasrdin Dchar
Keitumetse Matlabo, Dani Stauder, Abbey Hoes e Titia
Hoogendoorn.
Sinopse: o mundo de Jörgen (Gijs Scholten van Aschat)
está desmoronando. Forçado a uma aposentadoria precoce e perturbado pela
separação de sua esposa, a única coisa em sua vida que parece fazer sentido - a
amada filha Tirza (Sylvia Hoeks) - se acaba quando a garota desaparece
misteriosamente num final de semana na Namíbia. Após semanas de incertezas,
Jörgen decide ele mesmo sair em busca da filha. Mas o forte calor, suas
bebedeiras e as tristes memórias só ajudam a enlouquecê-lo de vez. Sua única
salvação aparece na pele de uma menina prostituta chamada Kaisa. Juntos, eles
embarcam numa jornada na imensidão africana para descobrir qual foi de fato o
destino de Tirza.
Crítica: livros serem adaptados para o cinema são
comuns. Em geral, o livro é sempre melhor. No caso específico de Tirza, a
adaptação ficou muitíssimo prejudicada.
A direção do filme perde-se
completamente. O que era para ser atrativo torna-se chato e repulsivo.
A ideia seria retratar o
cotidiano de alguém, aqui do personagem Jörgen (Gijs Scholten van Aschat), para
abordar situações bem mais complexas e ligadas à comunidade como um todo.
Os problemas que Jörgen enfrenta
são universais. A caótica vida de Kaisa (Keitumetse Matlabo) que o ajudará a
encontrar a filha desaparecida é comum, infelizmente, a tantas outras meninas
de 9 anos no mundo.
Mas é difícil acreditar
nessa ligação entre os dois. Para expor mazelas, criticar a hipocrisia da sociedade, escancarar
a verdade, o filme exagera. Na literatura, pode ser mais palpável e sensível, contudo
ver tudo isso na tela beira ao desagradável.
O objetivo é evidenciar o fracasso
e a solidão depois de uma vida de aparências de classe média. Para mostrar esse
mundo desmoronando, o diretor não precisava apelar. No filme há apelações em
todos os sentidos – nos diálogos e nas cenas. Esse exagero prejudica por demais
a narrativa, parecendo que o que é revelado não é verdade. Falta sutileza ao
roteiro.
Um quarentão que perde seu
emprego, é abandonado pelas filhas (e ainda uma desaparece) e é humilhado e
ridicularizado pela ex-mulher é triste, mas convenhamos: há muito mais tragédias
no planeta. O excesso de coisas negativas no filme dá a entender que tudo dá
errado na vida dele, e o resultado da trama é um fiasco.
O que deveria ser relevante
na história é o questionamento da vida que ele teve até agora, o que de bom e
ruim ele fez, por que sua relação com a filha mais nova acabou por afastá-la,
por que ele está nesse momento de privação moral.
Só que há tantos acontecimentos
penosos que a proposta do filme vai por água abaixo.
Avaliação: **
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