A Vida pela Notícia (Morir para Contar)
País: Espanha
Ano: 2018
Gênero: Documentário
Duração: 88
min
Direção: Hernán
Zin
Elenco: -
Sinopse: Buscando respostas após o acidente que mudou
sua vida no Afeganistão, em 2012, o cineasta Hernán Zin entrevista repórteres
de guerra sobre os danos pessoais da profissão.
Crítica: o documentário traz valiosos testemunhos de
jornalistas que arriscaram a vida cobrindo guerras (Iraque, Afeganistão, Síria,
Faixa de Gaza, Somália, Sudão, Serra Leoa) e, infelizmente, contam também sobre
as mortes de amigos da profissão.
Analisam até que ponto vale
a pena o risco, os traumas causados pela experiência. Uns foram sequestrados
por meses a um ano, passando por situações realmente desumanas, outros foram
feridos e/ou ficaram sem comunicação com o mundo externo.
A angústia de não saber o
que vai acontecer é aterrorizante.
A vontade de passar ao
mundo o que se vê e a crueldade humana é o maior incentivo desses heróis
profissionais.
Um deles é Miguel Gil.
Miguel abandou a vida de advogado e começou a vida de jornalista, diretamente,
na cobertura de guerras. Era totalmente destemido. Facilmente, se familiarizava
com o local, as pessoas e a cultura. Depois de tantos eventos, ele foi assassinado
em Serra Leoa.
O documentário faz uma
homenagem aos homens e mulheres que deixam o lar tranquilo e suas famílias para
mostrar ao mundo as atrocidades. Crianças, jovens, mulheres, idosos, civis, que
morrem por uma guerra insana de adultos. É doloroso ver as cenas. Sangue
demais, gente sofrendo e chorando, corpos destruídos, membros amputados,
crianças paralíticas.
Cinco jornalistas (entre os citados
no documentário) morreram.
A mensagem que fica é forte:
o jornalismo é uma poderosa arma para alertar que os erros não podem ser repetidos.
Em meio à guerra, é comovente ver a união entre eles. Não é fácil ficar num
lugar hostil por tanto tempo como também não é fácil voltar para a vida normal
depois de se ver tanta barbárie.
Avaliação: ***
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