segunda-feira, 20 de maio de 2019

A Grande Dama do Cinema (El Cuento de Las Comadrejas)


País: Argentina/Espanha
Ano: 2019
Gênero: Comédia dramática
Duração: 123 min
Direção: Juan Jose Campanella
Elenco: Graciela Borges, Oscar Martinez, Marcos Mundstock, Luis Brandoni, Oscar Martinez, Clara Lago e Nicolás Francella.

Sinopse: o filme conta a história de uma antiga estrela do cinema que firma uma amizade improvável com um ator nos últimos anos de vida, um roteirista frustrado e um diretor das antigas para preservar o universo lúdico que criaram dentro de uma mansão clássica utilizada nos seus filmes da era de ouro; no entanto, dois jovens chegam ao local querendo comprar o espaço e podem colocar tudo a perder, mas os artistas não entregarão seu legado sem antes tomar algumas medidas drásticas.

Crítica: o diretor Juan Jose Campanella acumula sucessos em seu currículo, como O Filho da Noiva (2001), O Clube da Lua (2004) e O Segredo dos Seus Olhos (2014) – vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Em comum nesses filmes, está o suspense, a crítica social e/ou o humor ácido.
Em “A Grande Dama do Cinema”, ele abusa das metáforas, dos diálogos mordazes, das situações trágico-cômicas, da maledicência dos seus personagens para expor o que é de mais cruel no ser humano.
Interesse, inveja, falsidade, ganância, obsessão, vaidade, tudo é escancarado nos 123 minutos de filme. A trama é tão envolvente e crescente que, sequer, percebemos o tempo passar.
O início, aparentemente sinistro, num casarão acabado e decadente, revela as 4 pessoas que nela habitam: a famosa atriz Mara Ordaz (Graciela Borges), mas hoje esquecida pelo público, um diretor, um roteirista e um ator/pintor – este casado com a atriz.
A vida pacata e tranquila é interrompida pela chegada de uma dupla que tem muito a esconder e a revelar.
As atuações são magníficas. O texto é perfeito, com suas duplas interpretações, e às vezes, deixando o espectador da dúvida entre o que é teatro e o que é real. Nesses 6 personagens vimos tudo o que há de bom e ruim em um ser humano. Sobram críticas à arte, à função de atuar, às relações de aparências, à política, à especulação imobiliária, à hipocrisia tão inerente à sociedade.
O mistério é mantido durante boa parte do roteiro e o final é genial. Um filme argentino imperdível!!!

Avaliação: ****

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