A Grande Dama do Cinema (El Cuento de Las Comadrejas)
País: Argentina/Espanha
Ano: 2019
Gênero: Comédia
dramática
Duração: 123
min
Direção: Juan
Jose Campanella
Elenco: Graciela Borges, Oscar Martinez, Marcos
Mundstock, Luis Brandoni, Oscar Martinez, Clara Lago e Nicolás Francella.
Sinopse: o filme conta a história de uma antiga estrela
do cinema que firma uma amizade improvável com um ator nos últimos anos de
vida, um roteirista frustrado e um diretor das antigas para preservar o
universo lúdico que criaram dentro de uma mansão clássica utilizada nos seus
filmes da era de ouro; no entanto, dois jovens chegam ao local querendo comprar
o espaço e podem colocar tudo a perder, mas os artistas não entregarão seu
legado sem antes tomar algumas medidas drásticas.
Crítica: o diretor Juan Jose Campanella acumula
sucessos em seu currículo, como O Filho da Noiva (2001), O Clube da Lua (2004)
e O Segredo dos Seus Olhos (2014) – vencedor do Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro.
Em comum nesses filmes,
está o suspense, a crítica social e/ou o humor ácido.
Em “A Grande Dama do
Cinema”, ele abusa das metáforas, dos diálogos mordazes, das situações
trágico-cômicas, da maledicência dos seus personagens para expor o que é de
mais cruel no ser humano.
Interesse, inveja,
falsidade, ganância, obsessão, vaidade, tudo é escancarado nos 123 minutos de
filme. A trama é tão envolvente e crescente que, sequer, percebemos o tempo
passar.
O início, aparentemente
sinistro, num casarão acabado e decadente, revela as 4 pessoas que nela
habitam: a famosa atriz Mara Ordaz (Graciela Borges), mas hoje esquecida pelo
público, um diretor, um roteirista e um ator/pintor – este casado com a atriz.
A vida pacata e tranquila é
interrompida pela chegada de uma dupla que tem muito a esconder e a revelar.
As atuações são magníficas.
O texto é perfeito, com suas duplas interpretações, e às vezes, deixando o
espectador da dúvida entre o que é teatro e o que é real. Nesses 6 personagens
vimos tudo o que há de bom e ruim em um ser humano. Sobram críticas à arte, à
função de atuar, às relações de aparências, à política, à especulação
imobiliária, à hipocrisia tão inerente à sociedade.
O mistério é mantido
durante boa parte do roteiro e o final é genial. Um filme argentino
imperdível!!!
Avaliação: ****
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