Entardecer (Sunset)
País: Hungria/França
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 141
min
Direção: László
Nemes
Elenco: Juli
Jakab, Vlad Ivanov e Judit Bárdos.
Sinopse: em 1913, durante o declínio do Império
Austro-Húngaro, Irisz Leiter (Juli Jakab) retorna à Budapeste, cidade em que
nasceu, depois de anos vivendo em um orfanato. Ela começa a trabalhar na loja
de chapéus comandada por parentes distantes sem que eles saibam dos laços que
compartilham com a jovem.
Crítica: László Nemes, diretor de “O Filho de Saul”
(vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2016), usou aqui o mesmo
recurso da câmera próxima ao rosto, enquadrada, quase como que sufocando o
protagonista. A ideia é que o público acompanhe e sinta o que o personagem
sente.
Mas, em “Entardecer”, o
efeito é diferente. A situação é outra e não tão grave e densa como em O Filho
de Saul. O suspense da moça que chega à cidade obstinada a trabalhar na
chapelaria dos seus pais (já mortos em um incêndio) e que, aos poucos, é
reconhecida e sempre deixada de lado, não é capaz de manter o espectador
interessado até o desfecho.
Irisz Leiter descobre que
tem um irmão e que ele é um assassino. Desesperadamente, passa a procurá-lo.
Mas nunca o encontra, desobedece às ordens do seu patrão, passa por perigos, sempre
é salva. Essa repetição de eventos torna o filme bastante cansativo. Além do
tempo excessivo, o enredo é fraco.
Quando, por fim, o
encontra, descobre que ele quer vingança e quer matar mais pessoas, querendo
que ela participe. Além disso, insinua crimes ligados às moças contratadas para
trabalhar com o novo dono da chapelaria. Tais revelações e desdobramentos se
dão de maneira tão turva que, ao invés de atraírem o público, o repelem.
A técnica de direção é
perfeita e a atuação passiva de Juli Jakab (Leiter) que nos faz ter dúvidas
quanto às suas reais intenções é convincente.
Mas falta ao filme a razão
para que veio.
Avaliação: **
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