segunda-feira, 20 de maio de 2019

Operação Final (Operation Finale)



País: EUA
Ano: 2019
Gênero: Suspense
Duração: 122 min
Direção: Chris Weitz
Elenco: Oscar Isaac, Ben Kingsley, Mélanie Laurent, Nick Kroll, Joe Alwyn, Haley Lu Richardson, Lior Raz, Ohad Knoller, Greta Scacchi e Peter Strauss.

Sinopse: quinze anos se passaram desde a Segunda Guerra Mundial. Os principais líderes nazistas, como Adolf Hitler, evitaram a justiça através do suicídio, mas o arquiteto responsável pela ideia dos campos de concentração, Adolf Eichmann (Ben Kingsley), conseguiu escapar e vive escondido em alguma parte do mundo. Quando a equipe liderada pelo investigador judeu Peter Malkin (Oscar Isaac) descobre o paradeiro do homem na Argentina, eles são encarregados de sequestrar Eichmann e levá-lo vivo a Israel, onde será julgado por seus crimes. Mas fugir com um dos homens mais procurados do mundo não será uma tarefa fácil.

Crítica: baseado em fatos reais, o longa-metragem gira em torno da busca e apreensão de Adolph Eichmann (Ben Kingsley), um dos principais arquitetos do Holocausto – a chamada “solução final” dos nazistas. Conseguindo escapar das forças aliadas, Eichmann fugiu para a Argentina e entra em ação a tarefa dos agentes da Mossad (o serviço secreto de Israel) para tirá-lo de lá – em segredo – e levá-lo até Israel, para responder pelos seus crimes.
A ideologia nazista, com a prática de campos de concentração e a ideia de purificação da raça, já foi muitas vezes retratada no cinema. Aqui o diferencial seria concentrar o foco em um agente alemão responsável por crimes durante a Segunda Guerra Mundial: Adolf Eichmann, que conseguiu escapar e reconstruir uma vida sob pseudônimo na Argentina, até ser descoberto ao acaso por um grupo de investigadores judeus.
Cenários paralelos, países diferentes, datas, números, enfim, fatos vão sendo passados ao espectador na tentativa de se criar um suspense, sobretudo após o planejamento de sequestrar o nazista e levá-lo até Israel para ser julgado.
No entanto, a trama é morna, lenta e enfadonha. No grupo, sugere-se um romance, que é desnecessário e que ainda empobrece a participação da mulher na trama. Nem mesmo a captura de Eichmann em sua casa traz muitas emoções.
O destaque é a atuação de Ben Kingsley que consegue criar uma personalidade ambígua: o vilão e o bom avô e marido.
O filme teria sido uma excelente oportunidade para se pensar sobre essas mazelas, ainda com reflexos nos dias atuais.
Eichmann foi designado para gerir a logística das deportações em massa dos judeus para os guetos e campos de extermínio das zonas ocupadas pelos alemães no Leste Europeu durante a Segunda Guerra Mundial. Após um julgamento de grande publicidade em Israel, foi considerado culpado por crimes de guerra e enforcado em 1962.

Avaliação: ***

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