Vidas Duplas (Doubles Vies)
País: França
Ano: 2018
Gênero: Romance
Duração: 108
min
Direção: Olivier
Assayas
Elenco: Guillaume
Canet, Juliette Binoche e Vincent Macaigne.
Sinopse: um editor (Guillaume Canet) e um autor
(Vincent Macaigne) enfrentam ao mesmo tempo a crise da meia idade, a revolução
digital que abala o mercado editorial e imprevistas dificuldades em seus
respectivos relacionamentos amorosos.
Crítica: o longa começa nos apresentando uma
desconcertante conversa entre o editor Alain (Guillaume Canet) e o escritor
Léonard (Vincent Macaigne), que tem um livro de destaque e outros não
exatamente elogiáveis na bibliografia. Entretém e nos faz pensar sobre o papel
de quem lê e de quem escreve, em tempos de limitação de caracteres e
proliferação de aplicativos ou telas e e-books.
A abordagem feita entre
redes sociais e mercado editorial nos leva a várias perguntas sobre a revolução
digital: qual é o papel do crítico nesse mundo de internet? As pessoas escrevem
mais e melhor hoje por conta das redes sociais ou isso é algo de uma minoria?
Qual é o futuro da biblioteca, das editoras, do livro impresso? Isso acaba
sendo apenas uma questão de gosto ou definirá toda a base do mercado editorial
no futuro?
Ao mesmo tempo, faz
críticas aos seriados televisivos, ao cinema blockbuster e, para aliviar as
discussões, mostra conflitos amorosos. Mas estes estão longe de ser o foco do
longa-metragem.
Divertido, inteligente,
pensante e extremamente francês. Os diálogos são tão eficientes que queremos
opinar e participar deles. E isso se dá pela incrível naturalidade das atuações
profundamente competentes.
Enfim, a trama oferece uma
porção de boas reflexões para leitores, escritores e artistas em geral.
Avaliação:
***
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