quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sempre Bela

Título original: Belle Toujours
País: França
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 68 min
Direção: Manoel de Oliveira
Elenco: Michel Piccoli, Ricardo Trepa e Bulle Ogier.

Sinopse: quatro décadas depois dos eventos mostrados em "Bela da Tarde", Husson reencontra por acaso Séverine nas ruas de Paris, ele a persegue, mas ela foge o tempo todo.

Crítica
: em 1967, Luis Buñuel chocou a burguesia com seu ‘Bela da Tarde’, que marcou Catherine Deneuve com a loira glacial francesa – no papel de uma dona de casa que se liberta sexualmente passando tardes num bordel onde encontra vários tipos de prazer, não apenas o sexual. Quatro décadas depois, o veterano diretor português Manoel de Oliveira revisita o clássico, numa espécie de sequência e homenagem ao original em Sempre Bela.
Se o objetivo – vale dizer muito bem alcançado – por Buñuel e seu roteirista Jean-Claude Carrière era esmiuçar o discreto masoquismo da burguesia, Manuel, aqui, não pretende tanto. Sempre Bela é uma meditação sobre a passagem do tempo e como as pessoas se transformam ou se recusam a mudar ao longo dos anos.
Apenas Michel Piccoli está de volta no papel de Husson, um suposto amigo de poucos escrúpulos de Séverine que, no passado, foi interpretada por Catherine, e aqui é por Bulle Ogier – que trabalhou com Buñuel em 1972, em ‘O discreto charme da burguesia’.
Os diálogos entre os dois personagens são esparsos e sabemos mais sobre Husson quando ele conversa com um barman (Ricardo Trêpa), do que quando consegue trocar algumas palavras com Séverine. Ela também diz não ser mais a mulher pervertida que um dia foi e revela que pretende entrar para um convento. Nem no passado, e nem agora, ela o quer como amante.
Num filme com pouco mais de uma hora, não há muita profundidade nos personagens, mas para os fãs de Buñuel, é uma bela homenagem.

Avaliação
: ** 

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