sábado, 27 de agosto de 2016

Café Society
País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Comédia
Duração: 96 min
Direção: Woody Allen
Elenco: Jesse Eisenberg, Steve Carell e Kristen Stewart.

Sinopse: anos 1930. Bobby (Jesse Eisenberg) é um jovem aspirante a escritor, que resolve se mudar de Nova York para Los Angeles. Lá ele deseja ingressar na indústria cinematográfica com a ajuda de seu tio Phil (Steve Carell), um produtor que conhece a elite da sétima arte. Após um bom período de espera, Bobby consegue o emprego de entregador de mensagens dentro da empresa de Phil. Enquanto aguarda uma oportunidade melhor, ele se envolve com Vonnie (Kristen Stewart), a secretária particular de seu tio. Só que ela, por mais que goste de Bobby, mantém um relacionamento secreto.

Crítica: uma comédia romântica de Woody Allen é sempre imperdível, ainda que não seja assim tão original e que alguns momentos nos remontem a seus trabalhos anteriores.
A grande estrela do filme (que se passa nos anos 30) é, sem dúvida, o diálogo – ponto forte do cineasta. As piadas são ótimas e as atuações convincentes, mas quem rouba a cena mesmo é Jesse Eisenberg, como o romântico tímido e ingênuo.
Apesar das questões filosóficas que o drama envolve, não é um de seus filmes mais aprofundados em sentimentos humanos, mas já o suficiente para nos fazer pensar sobre a vida.

Avaliação: ***

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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Tom na Fazenda (Tom à la Ferme)

País: Canadá/França
Ano: 2012
Gênero: Suspense
Duração: 102 min
Direção: Xavier Dolan
Elenco: Xavier Dolan, Pierre-Yves Cardinal, Lise Roy e Evelyne Brochu.

Sinopse: o jovem Tom (Xavier Dolan) está em depressão após a morte de seu namorado. Ele viaja até o campo para o funeral, mas ninguém da família do falecido sabe sobre sua existência. Por conta das circunstâncias, e do irmão de seu namorado que tenta esconder da mãe a opção sexual do morto, Tom é levado a interpretar o papel de alguém que ele não é, a fim de preservar o segredo. No entanto, a situação se complica e a verdade pode vir à tona a qualquer momento.

Crítica: o jovem cineasta Xavier Dolan (também protagonista do filme, no papel de Tom) tem um estilo particular de direção e costuma abordar a temática do homossexualismo em seus trabalhos.
Aqui, Tom surge em meio a um ambiente rural, vazio, à procura de algum familiar de seu namorado que acabara de falecer. Para o funeral, ele prepara algumas palavras, mas que acabam não sendo ditas, devido à pressão sufocante de Francis, irmão de seu namorado: um sujeito caipira, preconceituoso e muito agressivo. No local, ninguém sabe da opção sexual do falecido.
Tom permanece por mais tempo que imaginava (ganha a confiança de  Agathe – interpretada por Lise Roy, mãe do falecido) ajudando no trabalho da fazenda. O tempo é suficiente para ele perceber que o comportamento do irmão é de um psicopata.
Mesmo correndo perigo, ele continua ali como se alguém o prendesse, numa mistura de atração e repulsa.
O suspense é bem conduzido (o que compensa um pouco a falta de conteúdo), com a escolha de um cenário e de uma trilha sonora que ajudam bastante. Um filme razoável, porém distante da força e profundidade de “Mommy”, que ganhou o prêmio do júri no Festival de Cannes 2014. 

Avaliação: **

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A Mulher Enganada (Zurich)

País: Alemanha/Holanda/Bélgica
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 88 min
Direção: Sacha Polak
Elenco: Wende Snijders, Sascha Alexander Gersak, Barry Atsma, Martijn Lakemeier e Tristan Göbel.

Sinopse: após a morte do seu grande amor, o caminhoneiro Boris, Nina (Wende Snijders) descobre que ele levava uma vida dupla. Sem direção ao saber do fato, ela decide fugir e embarca no cenário dos caminhoneiros na tentativa de conseguir se expressar.

Crítica: em atuação convincente, Wende Snijders vive Nina, uma mulher perturbada após a morte do marido. Além do ato em si, ela precisa lidar com a descoberta de que ele tinha uma outra família: mulher e filhos.
A dor é quase insuportável e para superá-la, ela busca um caminho pouco convencional: parte viajando de carona com caminhoneiros (talvez à busca da vida que seu marido vivia – ele era caminhoneiro – ou à procura de alguém como ele). Nina conhece Mathias que é divorciado e tem filhos. Mas o envolvimento é doloroso, ela não se abre e vive com suas lembranças.
Toma atitudes de alguém visivelmente transtornado (rouba o cão da família que teria destruído a sua; abandona a única filha) e a acompanhamos nesse caminho tortuoso, em que o final não pode ser positivo.
A cineasta inova ao iniciar a história pela parte 2 (pós-morte do esposo). A parte 1 (quando ela recebe a notícia do acidente de caminhão – causa da morte) mostra como ela soube da existência da outra família e, ainda, que apenas ela não sabia.
Uma trama bastante humana e contada com realismo, principalmente pela entrega total da atriz ao seu personagem.

Avaliação: ***

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Esperando Acordada (Les Chaises Musicales)

País: França
Ano: 2016
Gênero: Comédia dramática
Duração: 83 min
Direção: Marie Belhomme
Elenco: Isabelle Carré, Carmen Maura, Philippe Rebbot e Nina Meurisse.

Sinopse: Perrine (Isabelle Carré) é uma jovem que ganha a vida animando aniversários infantis e festas em lares de idosos. No caminho para um desses eventos, distraída, ela assusta um homem que cai de uma caçamba, bate a cabeça e vai para o hospital em coma. Sentindo-se culpada, Perrine decide cuidar do apartamento dele e, aos poucos, assume sua vida, até se envolver numa complicada teia de mentiras. 

Crítica: a França faz muitos filmes desse gênero – uns bons e outros nem tanto. “Esperando Acordada” começa bem, mas depois fica previsível e perde o fôlego inicial.
Sendo assim, vira só entretenimento, sem investir numa história melhor, apostar em personagens mais interessantes e numa mensagem mais profunda.
O roteiro prefere ficar na superficialidade, entre o engraçado e o bonitinho. Isabelle Carré (como Perrine) atua bem nesses papeis de comédias dramáticas e poderia, de vez em quando, variar um pouco.
Carmem Maura faz um papel pequeno e de pouca expressão, como a maioria dos personagens. Sem coadjuvantes de peso, a carga maior fica mesmo sobre Carré que faz o possível para manter a atenção do espectador.

Avaliação: **

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Francofonia – Louvre sob Ocupação (Francofonia, le Louvre sous l’Occupation)

País: França/Alemanha/Holanda
Ano: 2016
Gênero: Documentário
Duração: 88 min
Direção: Alexander Sokurov
Elenco: Louis-Do de Lencquesaing, Benjamin Utzerath e Vincent Nemeth.

Sinopse: pensando na relação entre arte e poder, o documentário filmado no Museu do Louvre questiona se a arte pode nos ensinar sobre nós mesmo, inclusive nos momentos mais sangrentos do mundo. 
Crítica
Avaliação: a conferir

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Funcionário do Mês (Quo Vado)

País: Itália
Ano: 2016
Gênero: Comédia dramática
Duração: 86 min
Direção: Gennaro Nunziante
Elenco: Checco Zalone, Eleonora Giovanardi e Sonia Bergamasco.

Sinopse: Checco é um sujeito que tem tudo que deseja: mora com os pais sem se preocupar com as finanças, solteiro, sem filhos e com um emprego estável como funcionário público. Sua vida parece perfeita, mas um dia tudo muda. Por causa de cortes no orçamento do governo, Checco é convocado para o ministério e tem de fazer uma escolha difícil: abandonar seu amado emprego fixo ou ser transferido para longe de casa. Como seu cargo é sagrado, ele aceita a transferência. Para forçar sua exoneração, ele é mandado a diversos postos para desempenhar funções perigosas, mas Checco resiste. Em uma medida desesperada, Checco é transferido para o Pólo norte com a tarefa de defender pesquisadores italianos de ataques de ursos polares. Quando está pronto para desistir, Checco conhece Valeria, uma cientista que estuda animais ameaçados de extinção, e se apaixona perdidamente. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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Quando as Luzes se Apagam (Lights Out)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Terror
Duração: 81 min
Direção: David F. Sandberg
Elenco: Teresa Palmer, Emily Alyn Lind e Alicia Vela-Bailey.

Sinopse: adaptação do curta homônimo do mesmo diretor realizado em 2013. Em uma cidade, uma mulher é perseguida por uma criatura que só aparece à noite, quando as luzes se apagam. 


Crítica
Avaliação: a conferir

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Rebecca, a Mulher Inesquecível (Rebecca)

País: EUA
Ano: 1940
Gênero: Drama
Duração: 130 min
Direção: Alfred Hitchcock
Elenco: Joan Fontaine, Dame Judith Anderson e Melville Cooper.

Sinopse: uma jovem de origem humilde (Joan Fontaine) se casa com um riquíssimo nobre inglês (Laurence Olivier), que ainda vive atormentado por lembranças de sua falecida esposa. Após o casamento e já morando na mansão do marido, ela vai gradativamente descobrindo surpreendentes segredos sobre o passado dele.

Crítica: Hitchcock é mesmo o mestre do suspense. Seus filmes, mesmo antigos, são extremamente envolventes. Com exceção das atuações (que, à época, tinham um conceito diferente), o conteúdo é riquíssimo e o roteiro, muito inteligente.
Somos levados a pensar em mil possibilidades no decorrer da história, que sempre nos surpreende, sem previsibilidades. Nada é o que parece ser.
A trama vai crescendo e o interesse do espectador em desvendá-la aumenta.
A história (baseada em um romance) é dividida em duas partes dramáticas. Na primeira, temos Maxim de Winter (Laurence Olivier) e a futura segunda Sra. de Winter (Joan Fontaine), personagem que nunca é chamada pelo nome, um mistério que o diretor segura até o fim da obra, sem nos revelar. Essa primeira observação é interessante porque mostra muita coisa da personalidade dependente e subserviente dessa jovem senhora que se casa com um homem cuja esposa falecida é adorada e lembrada por todos à sua volta.
Já a segunda parte do filme acompanha o longo caminho percorrido pela personagem de Joan Fontaine para se adaptar ao novo lar (uma mansão) e conquistar o seu lugar num mundo que parece só haver espaço para Rebecca, a mulher inesquecível. A revelação sobre Rebecca ao final é incrível.
Não se pode deixar de mencionar a personagem Srª. Danvers (Dame Judith Anderson), governanta que idolatrava a antiga patroa e faz de tudo para atormentar e intimidar a nova Srª. de Winter.
As cenas internas na mansão são muito bem produzidas. Hitchcock não deixou escapar nenhum detalhe. O longa ganhou Oscar de Melhor Filme e Melhor Fotografia – Preto e Branco, em 1941.

Avaliação: ***

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A Pintura de Gerhard Richter (Gerhard Richter – Painting)

País: Alemanha
Ano: 2016
Gênero: Documentário
Duração: 97 min
Direção: Corinna Belz
Elenco: Gerhard Richter, Kasper König e Norbert Arns.

Sinopse: um retrato aprofundado e um olhar detalhista sobre a carreira e a obra de Gerhard Richter - um dos maiores, mais experimentais e mais importantes artistas alemães dos últimos tempos - através da utilização de imagens de arquivos, entrevistas com colaboradores, críticos de arte e amigos e da análise em primeira mão do trabalho e da arte do pintor, que apresenta seu ateliê privado ao olhar público pela primeira vez após permanecer décadas reservado apenas para o uso de Richter. 

Crítica:
Avaliação: a conferir

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A Parteira (Kätilö)

País: Finlândia/Lituânia
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 123 min
Direção: Antti Jokinen
Elenco: Krista Kosonen, Lauri Tilkanen e Tommi Korpela.

Sinopse: baseado no romance homônimo da escritora Katja Kettu. Quase no término da Segunda Guerra Mundial, durante o conflito entre Finlândia e Alemanha, a denominada Guerra da Lapônia que aconteceu entre o final de 1944 e o início de 1945, a parteira finlandesa Helena (Krista Kosonen) conhece e se apaixona por Johannes (Lauri Tilkanen), um oficial do serviço secreto Alemão.

Crítica: uma obra pronta nem sempre significa o mesmo quando se trata de cinema. As adaptações requerem uma atenção especial ao texto, à recriação das cenas, à escolha dos personagens que deverão ganhar maior destaque.
Nessa obra finlandesa, as sequências de ataques durante a guerra (final de 1944 e início de 1945 – Guerra da Lapônia) são bem amadoras. Alguns personagens são caricatos demais e as atuações deixam muito a desejar.
Quase novelesco, sobretudo pelo exagero nos trejeitos e nas ações dos atores (tudo parece muito mecânico e não natural), a história resume-se a um romance em meio aos horrores da guerra que não traz nenhuma peculiaridade.

Avaliação: * 

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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A Conexão Francesa (La French)

País: França/Bélgica
Ano: 2014
Gênero: Policial, Suspense
Duração: 135 min
Direção: Cédric Jimenez
Elenco: Jean Dujardin, Gilles Lellouche, Benoît Magimel, Guillaume Goix, Céline Sallette, Bruno Todeschini, Mélanie Doutey e Féodor Atkine.

Sinopse: transferido para Marselha, o magistrado Pierre Michel (Jean Dujardin) logo descobre que seu maior desafio será desmembrar uma articulada quadrilha de traficantes de heroína que domina a cidade. Acabar com a French Connection torna-se sua obsessão e Michel dedica anos de sua vida – e um bocado de sua sanidade – à missão, acompanhando de perto os passos de Gaëtan Zampa (Gilles Lellouche), inalcançável chefe do bando.

Crítica: “A Conexão Francesa” traz a versão de uma história real que até hoje não foi totalmente esclarecida e que foi apresentada no cinema, com no filme Operação França (William Friedkin, 1971).
Abordando a guerra contra o tráfico de drogas na cidade de Marselha, França, na década de 1970, é fácil conectá-lo à série Narcos, que mostra o tráfico não só em seu meio de produção e venda, mas também no mundo que ele é capaz de criar, chegando ao ponto de fazer o Estado e algumas de suas forças trabalharem para manter, esconder ou inocentar essas atividades. Aliás, a corrupção institucionalizada é um dos temas centrais do filme. São tantas negociações criminosas envolvendo bandidos e a organização jurídico-policial, que é preciso estar atendo a cada minuto do filme para acompanhar sua narrativa intensa e dinâmica, mas muito bem direcionada.
Primeiramente, vem a “declaração de guerra” do prefeito de Marselha contra os chefões do tráfico; depois, o seu correspondente [insanamente] mais comprometido com esse combate, o Presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. A conexão, que saía da costa da França, atravessava o Atlântico e despejava heroína nos EUA, prova o quão grande e poderoso pode ser o crime organizado. E que ele pode ter representante em todas as esferas da sociedade, tanto do lado dos bandidos quanto do lado dos que supostamente deveriam combatê-los.
Jean Dujardin vive com competência o juiz Pierre Michel, que assume o caso (e que se torna uma obsessão para ele) e tem a função de encontrar os tentáculos da conexão e cortá-los, uma tarefa difícil do começo ao fim. Do outro lado, temos Gilles Lellouche, que interpreta Gaetan ‘Tany’ Zampa, vivendo um tipo de “homem de negócios mortal”, com motivações opostas ao do juiz, mas nem por isso totalmente insensível ou sanguinário.
O roteiro e a edição são bastante eficientes para contar uma história longa. Não deve ter sido fácil para o cineasta ter que decidir por qual parte eliminar. O cenário é bem recriado e a trilha sonora é eletrizante. Porém, as grandes atuações e a escolha de também focar no lado emotivo e familiar para não ser mais uma obra de mocinho versus bandido são os grandes méritos da película.
Ao final, nos é mostrado o que já sabemos: o quão desprezível é a corrupção nas esferas públicas.
Um excelente filme!

Avaliação: ****

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Os Fantasmas se Divertem (BeetleJuice)

País: EUA
Ano: 1988
Gênero: Comédia
Duração: 92 min
Direção: Tim Burton
ElencoAdelle Lutz, Alec Baldwin, Geena Davis, Annie McEnroe, Catherine O'Hara, Cindy Daly, Glenn Shadix, Maree Cheatham, Maurice Page, Michael Keaton, Patrice Martinez, Rachel Mittelman, Susan Kellermann e Winona Ryder.

Sinopse: uma viagem ao mundo dos mortos, com excelente elenco e conduzida pelo diretor Tim Burton. Marido e mulher morrem num acidente e continuam a viver, como fantasmas, na casa de campo onde moravam. Quando chegam os novos proprietário (uma família nova-iorquina), o casal recorre aos préstimos de um outro fantasma - especializado em assombrações - para tirá-los do lugar. Efeitos especiais surpreendentes e divertidos. Oscar de maquiagem e Bafta de Melhor Maquiagem e Melhores Efeitos Especiais.

Crítica: O que vem após a morte? Ou como lidar com o desconhecido? Nesse foco, Tim Burton apresenta um mundo bizarro e abusa do tom cômico e sombrio (com uma trilha sonora escolhida a dedo).
Os personagens para lá de marcantes e caricatos e os efeitos especiais bastante amadores são os grandes trunfos do longa – justamente por serem diferentes do que se estava acostumado a ver – que ganhou o Oscar de Melhor Maquiagem e o Bafta de Efeitos Especiais e, também, de Melhor Maquiagem.
Mas apesar do tom hilário, Burton aproveita o espaço para fazer críticas às imposições de valores da sociedade. Mesmo surreal, é possível a identificação com algumas situações apresentadas.
De uma sequência a outra, a criatividade sempre se renova e a cena do jantar em família onde Catherine O´Hara começa a cantar “Banana Boat Song” e todo a família segue numa coreografia bem sincronizada tornou-se clássica. Impossível não se deixar contagiar pelo gingado dos personagens e impossível esquecer tal cena.
Para os fãs do cineasta, é um filme obrigatório.

Avaliação: **

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A Parteira (Kätilö)

País: Finlândia/Lituânia
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 123 min
Direção: Antti Jokinen
Elenco: Krista Kosonen, Lauri Tilkanen e Tommi Korpela.

Sinopse: baseado no romance homônimo da escritora Katja Kettu. Quase no término da Segunda Guerra Mundial, durante o conflito entre Finlândia e Alemanha, a denominada Guerra da Lapônia que aconteceu entre o final de 1944 e o início de 1945, a parteira finlandesa Helena (Krista Kosonen) conhece e se apaixona por Johannes (Lauri Tilkanen), um oficial do serviço secreto Alemão.

Crítica: uma obra pronta nem sempre significa o mesmo quando se trata de cinema. As adaptações requerem uma atenção especial ao texto, à recriação das cenas, à escolha dos personagens que deverão ganhar maior destaque.
Nessa obra finlandesa, as sequências de ataques durante a guerra (final de 1944 e início de 1945 – Guerra da Lapônia) são bem amadoras. Alguns personagens são caricatos demais e as atuações deixam muito a desejar.
Quase novelesco, sobretudo pelo exagero nos trejeitos e nas ações dos atores (tudo parece muito mecânico e não natural), a história resume-se a um romance em meio aos horrores da guerra que não traz nenhuma peculiaridade.

Avaliação: * 

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Perfeita é a Mãe (Bad Mons)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Comédia
Duração: 108 min
Direção: Jon Lucas e Scott Moore
Elenco: Mila Kunis, Kristen Bell e Kathryn Hahn.

Sinopse: uma mulher (Mila Kunis), com vida aparentemente perfeita - bom casamento, filhos exemplares, ótimo emprego, etc - acaba ficando estressada além do ponto com as obrigações domésticas. Cansada da situação, ela se une a duas outras mulheres (Kathryn Hahn e Kristen Bell) que passam pelos mesmos problemas e juntas iniciam uma intensa jornada de libertação.

Crítica
Avaliação: a conferir

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Amor & Amizade (Love & Friendship)

País: Reino Unido
Ano: 2016
Gênero: Comédia
Duração: 92 min
Direção: Whit Stillman
Elenco: Kate Beckinsale, Chloë Sevigny, Morfydd Clark e Xavier Samuel.

Sinopse: Século XVIII. Viúva há poucos meses, a bela Lady Susan Vernon (Kate Beckinsale) foge das fofocas sobre seus casos amorosos buscando refúgio na fazenda dos antigos cunhados. Lá reflete sobre a vida e decide arranjar um novo marido para si e um bom pretendente para a filha, Frederica (Morfydd Clark). Baseado na obra da escritora inglesa, Jane Austen.

Crítica
Avaliação: a conferir

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O Recomeço (Grand Départ)

País: França
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 87 min
Direção: Nicolas Mercier
ElencoPio Marmaï, Jérémie Elkaïm e Eddy Mitchell.

SinopseRomain (Pio Marmaï) vive no início dos anos 30, e entre um irmão maníaco-depressivo e um pai que sofre de uma demência neurogenerativa, ele precisa superar suas próprias tendências a suprimir seus sentimentos e emoções.

Crítica
Avaliação: a conferir

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Brasil S/A

País: Brasil
Ano: 2016
Gênero: Documentário
Duração: 71 min
Direção: Marcelo Pedroso
Elenco: -

Sinopse: há mais de 500 anos, a cana é produzida no Brasil. Por muito tempo, ela foi cortada manualmente por pessoas como Edilson. No entanto, depois de muito tempo, as máquinas chegam para revolucionar a colheita. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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O Monstro de Mil Cabeças

País: México
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 75 min
Direção: Rodrigo Plá
Elenco: Jana Raluy, Sebastian Aguirre Boëda e Hugo Albores.

Sinopse: uma mulher luta desesperadamente para conseguir o tratamento médico necessário ao marido doente. Mas diante da corrupção e má vontade da empresa de seguros, ela decide tomar medidas drásticas para garantir seus direitos. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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Um Espião e Meio (Central Intelligence)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Comédia, ação
Duração: 114 min
Direção: Rawson Marshall Thurber
Elenco: Dwayne Johnson, Kevin Hart e Amy Ryan.

Sinopse: antes de se tornar agente da CIA, Bob (Dwayne Johnson) era um nerd que sofria bullying. Agora adulto, forte e espião ele recorre a um antigo colega popular nos tempos da escola, Calvin (Kevin Hart), hoje contador, para resolver um caso ultrassecreto. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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Brasil S/A

País: Brasil
Ano: 2016
Gênero: Documentário
Duração: 72 min
Direção: Marcelo Pedroso
Elenco: -

Sinopse: este documentário traz registros feitos por turistas durante sete dias em um cruzeiro para o arquipélago de luxo até Fernando de Noronha. No final do percurso, o diretor solicitou as imagens e decidiu editá-las, sem adicionar qualquer fragmento novo ou comentário sobre o material, para mostrar a imagem que os turistas fabricam de si mesmos para mostrar aos amigos e familiares. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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domingo, 7 de agosto de 2016

Um Dia Perfeito (A Perfect Day)

País: Espanha
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 106 min
Direção: Fernando León de Aranoa
Elenco: Benicio Del Toro, Tim Robbin, Mélanie Thierry e Olga Kurylenko.

Sinopse: um grupo de ajuda humanitária mora há muito tempo numa região indefinida dos Bálcãs, em pleno período de guerra. Eles auxiliam o povo em suas tarefas cotidianas, enquanto funcionam de contato intermediário com as Nações Unidas. Um dia, o principal problema dos experientes Mambrú (Benicio Del Toro) e B (Tim Robbins) e da novata Sophie (Mélanie Thierry) é retirar com rapidez o cadáver jogado no único poço da cidade, para impedir que toda a água fique contaminada. Mas a situação é mais complexa do que aparenta: aos poucos, eles percebem que a retirada do corpo pode contrariar os interesses de muitas pessoas.

Crítica: um cadáver humano boiando dentro de um poço. É a primeira cena do filme “Um Dia Perfeito” que se passa na região dos Balcãs. O corpo é obeso, a corda à disposição é frágil, e não se sabe como retirá-lo antes que toda a água seja contaminada. De um lado, estão os nativos falando bósnio e, do outro lado, uma equipe de ajuda humanitária internacional tentando auxiliar os habitantes em tempo de guerra. O líder do grupo é Mambrú (Benicio Del Toro, perfeito no papel).
Com humor negro, sarcasmo, inteligência e muitos diálogos, o longa retrata as principais consequências humanas e políticas de um conflito armado, sem filmar uma única gota de sangue. As imagens são feitas perto das zonas afetadas, algumas horas depois de um ataque ou tragédia. A escolha é excelente por fazer trabalhar a imaginação do espectador: os cadáveres são mostrados apenas em parte, as minas não explodem, as armas não disparam. Mas o perigo é iminente. E, claro, o descaso das autoridades é evidente. É incrível a capacidade do diretor de extrair grandes significados ao mostrar uma casa abandonada e ao desejo de um menino de ter uma bola.
O que interessa ao diretor e roteirista são os diálogos cotidianos, as brigas entre patrões e empregados de organizações humanitárias, os mal-entendidos, a ironia decorrente de situações absurdas – um cadáver de vaca no meio da estrada, uma loja de cordas que não vende cordas.
Outro mérito do roteiro é desenvolver muito bem seus seis personagens principais. Além de Del Toro, Tim Robins (como B) surpreende também. Tal desenvolvimento ocorre em meio às conversas e discussões durante o processo de tentar resolver a questão do poço com o corpo.

Avaliação: ***

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De Longe Te Observo (Desde Allá)

País: Venezuela/México
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 93 min
Direção: Lorenzo Vigas Castes
Elenco: Alfredo Castro, Luis Silva, Alí Rondon e Jericó Montilla.

Sinopse: Caracas, Venezuela. Armando (Alfredo Castro) é o dono de um laboratório de próteses dentárias que costuma se espreitar pelos pontos de ônibus, de forma a se aproximar de rapazes. Ele oferece dinheiro para que os jovens o acompanhem até sua casa, para que possa se masturbar diante de sua nudez. Um dia, Armando faz a oferta a Elder (Luis Silva), que lidera uma gangue local. Revoltado e desconfiado por natureza, Elder aceita a oferta, mas, na casa de Armando, o agride e rouba seu dinheiro. É o início de um complexo relacionamento entre eles, já que Armando volta a procurá-lo dias depois.

Crítica: o início de um filme já pode indicar se ele será bom ou não. No caso de “De Longe Te Observo”, a apresentação inicial parece apontar para uma história, mas na verdade ocorre um desvio e outra trama se apresenta. Inteligente, ousada, intrigante e não previsível, a história flui e fisga o espectador.
A atuação de Alfredo Castro (no papel de Armando) é extremamente segura. O seu envolvimento com Elder (Luis Silva) é surpreendente na forma e no grau como acontece.
Elder, de família humilde e criado sem o pai (que está preso), pode encontrar em Armando uma pousada firme.
Essa confusa relação é bem retratada pelo diretor, com segredos, olhares indiscretos, revelações e muitas surpresas que nos surpreenderão até o último instante do longa. Um duro e cruel golpe encerra a história de Elder.

Avaliação: ****

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Nahid - Amor e Liberdade (Nahid)

País: Irã
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Ida Panahandeh
Elenco: Sareh Bayat, Pejman Bazeghi e Navid Mohammadzadeh.

Sinopse: na cidade de Teerã dos dias atuais, Nahid (Sareh Bayat) consegue obter o divórcio do marido. De acordo com as leis religiosas iranianas, o pai obtém automaticamente a guarda do filho, mas Nahid consegue ficar com o filho de 10 anos de idade, em troca de dinheiro e contanto que nunca mais se case. Um dia, porém, Nahid se apaixona, e teme quebrar as regras do acordo.
Crítica: no Irã contemporâneo, os divórcios são concedidos apenas mediante autorização do marido. Além disso, as leis persas permitem casamentos temporários e a imposição de certas regras, como a proibição que a esposa se case novamente após o divórcio. Esta é a situação em que se encontra Nahid (Sareh Bayat): quando finalmente se separa do marido e obtém a guarda do filho, ela se apaixona por outro homem, mas não possui o direito de se casar. O filme enfoca na melancolia da vida adulta, com seus planos desfeitos e decepções amorosas e no retrato das mulheres e das classes desfavorecidas, e contesta as leis sociais.
O cenário é sempre cinzento, sombrio, sem vida, o que acentua o caráter pouco otimista da obra. Mas, apesar da relevância do assunto, o roteiro pouco se desenvolve.
Alguns personagens poderiam ter sido melhor trabalhados e outros conflitos mais explorados para dar mais convencimento à trama. Não se sabe, por exemplo, o que justifica a personalidade consumista de Nahid, em meio a tanta dificuldade. Pouco se sabe também sobre seu passado e seu novo namorado, Masoud (Pejman Bazeghi)
De qualquer forma, o primeiro longa da cineasta tem seu mérito ao questionar a posição feminina na sociedade iraniana.

Avaliação: ***

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Os Cavaleiros Brancos (Les Chevaliers Blancs)

País: França/Bélgica
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Joachim Lafosse
Elenco: Vincent Lindon, Louise Bourgoin e Valérie Donzelli.

Sinopse: Jacques Arnault (Vincent Lindon) é presidente de uma ONG que auxilia crianças em dificuldade. Sua próxima e ambiciosa ação consiste em resgatar 300 órfãos, vítimas da guerra civil em um país africano. A ideia é trazer um avião fretado da França, receber as crianças e levá-las ao país europeu, onde pais adotivos aguardam-nas. Jacques conta com a ajuda de sua esposa, de uma jornalista e de uma equipe de assistentes da ONG. Na hora de executar o plano, no entanto, nada se passa como previsto e a tensão começa a aumentar.

Crítica: é legítimo sequestrar crianças órfãs para dar-lhes uma vida melhor? A mentira quanto aos planos de uma organização não invalida o ato? Um europeu pode decidir o que é melhor para uma criança desconhecida, e simplesmente tomá-la para si? São as discussões levantadas pelo longa-metragem que aborda as questões éticas e morais inerentes ao trabalho humanitário e ao papel invasivo da Europa na África. Fala-se muito em “salvar” o continente, reproduzindo uma das retóricas imperialistas mais comuns para justificar a intrusão na cultura e na política alheia.
A direção opta por uma posição bastante neutra para contar uma história sobre a relação histórica com a África, e as maneiras de ajudar o continente nos dias de hoje. Os protagonistas são membros de uma ONG que busca realizar um ato heroico: resgatar 300 crianças órfãs e entregá-las a famílias francesas, sem passar pelo trâmite burocrático habitual. A ação é secreta e ilegal, por isso o grupo chega ao continente disfarçado de outra ONG, fictícia, com o suposto objetivo de vacinar as crianças locais.
O problema do filme está na narrativa em que pouco acontece. De forma morna, vamos acompanhando a vã tentativa de Jacques (Vincent Lindon) e de sua equipe em retirar crianças órfãs de até 5 anos do país africano. O impasse e a espera não criam o suspense esperado, e sim acabam por diminuir o impacto do filme.
No entanto, os valores éticos em questão são válidos: presenciamos a moral dúbia dos europeus (que mentem para atingir seus objetivos) e dos africanos (que mentem para explorar financeiramente o suposto ajudante).

Avaliação: **

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A Incrível Jornada de Jacqueline, A Vaca (Le Vache)

País: França
Ano: 2016
Gênero: Comédia
Duração: 96 min
Direção: Mohamed Hamidi
Elenco: Fatsah Bouyahmed, Lambert Wilson e Jamel Debbouze.

Sinopse: Fatah, um pequeno fazendeiro argelino, só tem olhos para sua vaca Jacqueline, que ele sonha em ver na grande feira de Agricultura, realizada em Paris. Determinado a levar a vaca até lá, ele a carrega consigo e cruza a França à pé, após pegar um barco para Marselha. No caminho, Fatah e Jacqueline vivem uma jornada cheia de surpresas e aventuras.

Crítica: uma comédia que dá voz aos excluídos, mas sem muitos conflitos, reviravoltas ou discussões profundas.
De forma leve, conta a jornada de Fatah (Fatsah Bouyahmed) que está determinado a levar sua vaca até Paris para competir na Feira de Agricultura. Pegará barco, carona, andara a pé, enfim, enfrentará toda e qualquer dificuldade para seguir seu sonho. No caminho, faz amizades, descobre novas coisas, recebe ajuda e ganha novos amigos. Até vira notícia na TV e é recebido com muita euforia pelos participantes do evento.
Uma história simples, mas bem contada e bastante divertida, com uma mensagem positiva. 

Avaliação: ***

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Negócio das Arábias (A Hologram for the King)

País: Alemanha/EUA/Reino Unido
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 98 min
Direção: Tom Tykwer
Elenco: Tom Hanks, Sarita Choudhury, Alexander Black mais

Sinopse: durante a recessão nos Estados Unidos, um homem de negócios falido (Tom Hanks) procura recuperar suas perdas financeiras viajando para a Arábia Saudita, a fim de vender sua ideia "genial" para um monarca que está construindo um enorme complexo no meio do deserto.

Crítica: alternando comédia, drama e romance, o filme apropria-se de exageros e estereótipos para comparar dois mundos distantes: EUA e Arábia Saudita. Mas a tecnologia pode aproximá-los. É essa a proposta de Alan (Tom Hanks), homem de negócios falido (crítica aqui à recessão econômica no país do consumo, que exerce sua influência sobre todo o mundo).
Mas o roteiro é um pouco repetitivo e, por isso, cansativo, só ganhando uma injeção de ânimo na segunda metade da trama e, em grande parte, pelas boas atuações de Hanks e de Alexander Black, como seu motorista Yousef (numa interpretação realmente que faz a diferença). Em compensação, outros personagens estão fora de contexto ou nada acrescentam à história.
Nessa segunda parte, a narrativa enfim encontra um rumo e consegue agradar mais, desmistificando tabus e aniquilando diferenças.

Avaliação: **

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Fome

País: Brasil
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Cristiano Burlan
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Ana Carolina Marinho e Henrique Zanoni.

Sinopse: em São Paulo, um morador de rua vaga pelas ruas da cidade, buscando um lugar onde dormir, e água para se lavar. Aos poucos, conhecemos mais sobre este homem que já foi um renomado professor da USP, e hoje mora nas ruas por opção. Uma jovem pesquisadora, fascinada com o caso do homem que batiza de "Malbou", começa a refletir sobre as maneiras de ajudar pessoas nessas condições. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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