A Última Estação
Título original: The Last Station
País: Alemanha/Rússia/Reino Unido
Ano: 2010
Gênero: Biografia, drama
Duração: 112 min
Direção: Michael Hoffman
Elenco: Helen Mirren, Christopher Plummer, Paul Giamatti, James McAvoy, John Sessions, Patrick Kennedy, Kerry Condon, Anne-Marie Duff e Tomas Spencer.
Sinopse: após quase 50 anos de casamento, a Condessa Sofia (Helen Mirren), esposa, companheira, musa e colaboradora de Leo Tolstoi (Christopher Plummer), vê seu mundo virar de pernas para o ar. Em nome da doutrina que criou, o grande romancista russo renunciou ao seu título de nobreza, às suas propriedades e à sua família, em favor da pobreza, do vegetarianismo e do celibato.
Sofia sente-se justificadamente ultrajada quando ela descobre que o pupilo de Tolstoi, Vladimir Chertkov (Paul Giamatti), a quem ela detesta, pode ter, secretamente, convencido o marido a mudar o seu testamento. Segundo o documento modificado, os direitos autorais das obras do romancista passariam para o povo russo. Usando o seu poder de sedução, Sofia luta com todas as forças para recuperar aquilo que ela considera seu de direito. Quanto mais radical se torna o comportamento de Sofia, mais fácil se torna para Chertkov convencer Tolstoi que o seu glorioso legado não pode ficar com ela. O conflito torna-se tão intenso que Tolstoi, aos 82 anos, a maior celebridade do mundo na época, foge de casa no meio da noite. Sua mulher aluga um trem e vai atrás dele, procurando-o por toda a Rússia.
Crítica: um filme sobre Tolstoi, mesmo que sobre um resumido período de sua trajetória, é mais do que merecido. A trama concentra-se numa fase onde sua carreira romancista estava em segundo plano, já que se dedicava à criação e manutenção do movimento tolstoiano (defesa pela justiça social e liberdade), e, paralelamente, na sua vida ao lado da esposa. Tolstoi, ao longo do tempo, desenvolveu sua própria filosofia, tornando-se vegetariano, defensor da não violência, convivendo e vestindo-se como um camponês.
As interpretações são excelentes, sobretudo de James McAvoy, Helen Mirren e Paul Giamatti.
A ambientação de época é perfeita, assim como a trilha sonora. Mas ao término do longa, fica uma sensação de que algo ficou incompleto, talvez pelo longa cobrir apenas uma fração da intensa jornada desse grande romancista. De qualquer forma, é o suficiente para transmitir a dimensão afetiva e humana de seus pensamentos.
Avaliação: ****
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