segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O Mestre (The Master)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 138 min
Direção: Paul Thomas Anderson
Elenco: Amy Adams, Philip Seymour Hoffman e Joaquin Phoenix.

Sinopse: o filme trata da fundação da Causa, uma organização religiosa criada por Lancaster Dodd (Hoffman) nos anos 50, depois dos horrores da Segunda Guerra Mundial. Freddie Sutton (Joaquin Phoenix) é um ex-alcoólatra, veterano da Marinha, que volta da guerra e regressa ao lar, aflito e inquieto quanto ao seu futuro. Ele se torna aprendiz de Lancaster Dodd, mas começa a questioná-lo quando o culto ganha proporções de fervor cego.

Crítica: um filme marcante com certeza, não pela história em si, mas pela extrema força de seus personagens, únicos e muito bem dirigidos por Paul Thomas Anderson.
Conta a história da fundação de A Causa, uma organização religiosa criada por Lancaster Dodd (personagem de Philip Seymour Hoffman) em 1950. Lancaster é um homem carismático e inteligente que no meio do caminho de suas “apresentações” encontra um andarilho alcoólatra (Freddie Sutton, interpretado por Joaquin Phoenix), e o contrata como o seu braço-direito. Na medida em que a religião ganha adeptos, seu ajudante começa a questioná-la. Ele não sabe se os adeptos seguem “A Causa” por suas convicções ou se seguem por admiração ao seu criador.
A trama pode causar estranheza e não parecer tão atrativa, mas vale cada segundo.  Os personagens são esplêndidos e realmente muito intensos. Phoenix é o emocional, à beira da loucura, enquanto Hoffman é o mestre religioso e carismático, e por fim Amy Adams é mãe, a mulher, a parceira. Apesar de retratar a fundação da organização religiosa, o drama de época é centrado na relação do fundador com seu auxiliar (Joaquin Phoenix).
‘O Mestre’ é aquele tipo de filme que não se consegue esquecer após sair do cinema, você fica se lembrando das cenas, dos diálogos insanos, das interpretações, e fica se perguntando “por que”?
O trio principal da trama consegue ser realmente o que o roteiro de Paul Thomas Anderson queria, dar ênfase naquela “loucura” das pessoas. Seymour Hoffman e Amy Adams, indicados ao Oscar como ator e atriz coadjuvante, conseguem dar vida a um casal normal e ao mesmo tempo a pessoas insanas, fugindo do estereótipo dos religiosos. Já Joaquin Phoenix tem um personagem (criado para ele mesmo por Thomas Anderson) tão cheio de problemas emocionais que chega a ser bestial. É aquele personagem que te incomoda sempre quando está em cena e que não poderia ser interpretado por outro ator. Merece o Oscar.
É um trabalho que merece ser visto e apreciado.

Avaliação: ****

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