terça-feira, 30 de julho de 2013

Hannah Arendt

País: Alemanha
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 113 min
Direção: Margarethe von Trotta
Elenco: Barbara Sukova, Axel Milberg, Janet McTeer, Julia Jentsch, Ulrich Noethen, Michael Degen e Nicholas Woodeson.

Sinopse: um olhar sobre a vida da filósofa judia alemã Hannah Arendt (Barbar Sukova), através de sua cobertura para a revista The New Yorker acerca do julgamento dos crimes de guerra cometidos pelo nazista Adolf Eichmann.
Casal de judeus alemães chegaram aos Estados Unidos como refugiados de um campo de concentração nazista na França. Para a esposa, a América dos anos 1950 é um sonho, e se torna mais interessante quando surge a oportunidade dela cobrir o julgamento de um nazista para a revista The New Yorker.

Crítica: a discussão filosófica em um filme é rara hoje em dia no cinema de blockbusters. Hannah Arendt traz isso à tona, com um tema bastante polêmico envolvendo o nazismo contra os judeus: a banalidade do mal. Quem é o culpado? Ele sabe o que faz? Sabe distinguir o certo do errado? E as vítimas? São todas vítimas mesmo num mundo onde o interesse parece ser o grande vilão.
A trama só não empolga mais pela fraca direção e ruins atores. Poucos cumprem a tarefa razoavelmente. O restante nem isso. Sem uma interpretação convincente e natural, fica impossível causar comoção ou apego. O público acompanha a discussão, que é interessante, mas falta força na trama para conduzi-lo até o final. Mesmo quando Hannah vai a Israel acompanhar o julgamento de Eichmann (imagens reais foram usadas), a história não engata.
Uma riqueza de assunto, uma vida que merecia ser contada, porém mal sucedida.


Avaliação: **

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Disque M para Matar (Dial M for Murder)

País: EUA
Ano: 1954
Gênero: Suspense
Duração: 105 min
Direção: Alfred Hitchcock
Elenco: Ray Milland, Grace Kelly, Robert Cummings, John Williams, Anthony Dawson,
Leo Britt Patrick Allen, George Leigh, George Alderson, Robin Hughes, Richard Bender e Sanders Clark.

Sinopse: em Londres, um ex-tenista profissional decide matar sua mulher, para poder herdar seu dinheiro e também como vingança por ela ter tido um affair um ano antes, com um escritor que vivia nos Estados Unidos mas que no momento está na cidade. Ele chantageia um colega de faculdade para estrangulá-la, dando a entender que o crime teria sido cometido por um ladrão. Mas quando algo sai muito errado, ele vê uma maneira de dar um rumo aos acontecimentos em proveito próprio.

Crítica: é o melhor filme do mestre do suspense, depois de Psicose. Tem uma grande história, um roteiro inteligente, um ritmo dinâmico e um desfecho original, nada previsível. A atuação de Ray Milland merece destaque.
Hoje vamos ao cinema e não assistimos a uma trama assim, tão envolvente. O espectador acompanha tudo atento, sem querer perder nada e tentando decifrar o enigma. A edição dos 
cortes é perfeita. Um filme realmente genial.


Avaliação: ****

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Marnie, Confissões de uma Ladra (Marnie)

País: EUA
Ano: 1964
Gênero: Suspense
Duração: 130 min
Direção: Alfred Hitchcock
Elenco: Tippi Hedren, Sean Connery, Diane Baker, Martin Gabel, Louise Latham, Bob Sweeney, Milton Selzer,  Mariette Hartley e Alan Napier.

Sinopse: Mark Rutland (Sean Connery) apaixona-se por uma funcionária (Tippi Hedren) de sua empresa. Ela de fato é linda. Mas sua especialidade é utilizar falsas identidades e disfarces para aplicar grandes golpes em empresários, levando deles somas consideráveis. Ao descobrir que foi roubado, Mark tem uma atitude inusitada: casa-se com a ladra. Ele descobre que seu verdadeiro nome é Marnie, e que ela tem uma profunda aversão por homens. Casou-se apenas para não ser presa. Por trás das estranhas atitudes de Marnie, há um terrível segredo, do qual ela mesma não tem consciência. Mas Mark está disposto a descobri-lo.

Crítica: a trama tem um foco diferente da maioria dos filmes de Hitchcock: menos suspense e mais dramático com enfoque psicológico. Mas isso não faz com que o filme seja menos envolvente. O astro sabia fazer cinema.
O mistério existente na vida de Marnie atrai o espectador do início ao final e tudo num roteiro bem conduzido. No elenco, Tippi Hedren, em boa atuação para os padrões da época, e Sean Connery que havia acabado de fazer o agente 007 no cinema.


Avaliação: ***

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sexta-feira, 26 de julho de 2013

A Espuma dos Dias (L’Écume des Jours)

País: França
Ano: 2012
Gênero: Romance
Duração: 125 min
Direção: Michel Gondry
Elenco: Romain Duris, Audrey Tautou, Gad Elmaleh e Omar Sy.

Sinopse: baseado no romance de Boris Vian, o filme conta a história de Colin, um jovem rico, que adora jazz e patinar com seus melhores amigos. Ao conhecer Chloë, ele vive uma inebriante paixão. Mas ela sofre de uma doença incomum: uma flor que cresce em um de seus pulmões.

Crítica: o filme, decididamente, não é para qualquer um. Baseado na obra literária do francês Boris Vian, “L’Écume des Jours”, ou “A Espuma dos Dias”, escrita em 1947, é repleto de imagens surreais e bizarrices, assim como seu livro. A história já foi levada ao cinema duas vezes: em 1968, com “A Flor da Vida”, e em 2001, com a adaptação japonesa “Chloe”.
Michel Gondry (diretor de “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”, 2004) trouxe mais uma vez um conto incrivelmente surreal para o cinema; naquele sua direção foi mais feliz, com uma mensagem mais direta. Em “A Espuma dos Dias”, outro drama, as imagens coloridas e as ideias malucas fazem parecer que se assistirá a algo leve e divertido, mas é um engano. O longa é um soco no estômago com uma melancolia que só os franceses sabem fazer.
A história segue bem o que o livro: Colin (Romain Duris) é jovem, rico e nunca precisou trabalhar, vivendo de sua fortuna. Ele vive com o advogado-servente-conselheiro, mil e um talentos, Nicolas (Omar Sy), e divide seus dias em tomar drinks, comer delícias exóticas e conversar com seu amigo Chick (Gad Elmaleh), um fanático pelo filósofo Jean-Sol Partre. Quando Chick se apaixona por Alise (Aïssa Maïga), irmã de Nicolas, Colin decide se apaixonar também, e em uma festa conhece Chloé (Audrey Tautou). O casal se dá muito bem e, pouco tempo depois, se casam. Depois da lua-de-mel, Chloé adoece – uma flor nasceu em seu pulmão – e o único tratamento é cercá-la de centenas de flores.
Desde o começo, “A Espuma dos Dias” quer deixar bem claro que isso é uma história, e que ela será a mais louca possível. Aqui, nada funciona como na realidade, e a Paris que vemos é um mundo que parece ter saído da imaginação de uma criança. Casamentos envolvem corridas de carro, limousines são transparentes, o carro da polícia caminha, livros podem ser comprados em farmácias em forma de pílulas e existem invenções como o Pianocktail, o orgulho de Colin, um piano que faz coquetéis de acordo com as notas tocadas.
As cenas iniciais parecem ditar o que imaginamos que será um filme divertidíssimo: tudo cheio de cor e música. Vemos a casa maluca de Colin, onde sapatos andam e cadarços se amarram, onde um vagão de metrô serve como um corredor, a comida dança no prato, chefes de cozinha “virtuais” interagem com o cozinheiro falando por televisões espalhadas pela casa e até dentro da geladeira, e um rato muito fofo (Sacha Bourdo) ajuda os moradores nas tarefas do dia-a-dia, seja fazendo bolhas para que lavem as mãos ou tentando ajudar na captura de uma enguia que se esconde dentro das torneiras. Isso é só o começo das maluquices.
Ainda que seja surpreendente ver cada estranheza, logo nos acostumamos com a lógica distorcida, que permite que pessoas estiquem suas pernas para passos de dança ou que música Jazz possa mudar a forma de um cômodo, ou que a própria história possa se desmontar e quebrar a “quarta parede”. Há, por exemplo, uma sala recorrente, cheia de pessoas digitando em máquinas de escrever a história que estamos assistindo e que é sujeita à intromissão de seus personagens.
Indo mais além, “Espuma” gosta de misturar esse mundo bizarro com metáforas visuais, deixando pouca margem entre o que é força de expressão e o que realmente muda a história. No casamento de Colin e Chloé, por exemplo, mostrando que o casal estava “nas nuvens”, apenas a dupla fica flutuando como se submersa, enquanto todos os outros convidados agem normalmente. Em uma cena mais à frente, quando Nicolas “envelhece” de preocupação, sua aparência de fato muda, e seu passaporte mostra uma idade mais avançada, de acordo.
À certa altura, porém, o filme “trai” o público. Se estávamos esperando aventuras coloridas e românticas, assim que Chloé adoece todos personagens entram em uma espiral autodestrutiva. O filme muda de tom e passa a se focar nos esforços de Colin de salvar a esposa, ao mesmo tempo em que sua fortuna se esvai. Acompanhando o estado cada vez pior de Chloé, a vida de Colin passa a decair rapidamente, arrastando, direta ou indiretamente, todos seus amigos para o pior que poderiam chegar. Toda a sociedade parece se tornar mais cruel e violenta, e mortes e tragédias parecem comuns, além de conhecermos outras tantas bizarrices que aparentemente já estavam lá, mas que Colin só não conseguia ver antes.
A decadência do filme se nota em tudo. Os personagens cômicos e divertidos se tornam sombras do que eram, cenários apodrecem e a própria matéria-prima do universo do filme parece se desfazer. As falas diminuem de frequência e intensidade, tudo perde velocidade e quanto maior a desgraça, menos cor o filme tem, até que, ao final, tudo é mostrado em preto-e-branco.
O lado fantástico nunca abandona os personagens, seja com suas engenhocas ou com hábitos estranhos. Conforme a condição financeira piora, as condições do apartamento mudam de acordo, e ele se torna mais sujo, destruído, sem luxos e, por incrível que pareça, menor. A estranha lógica fica mais evidente e cria um paralelo cruel com nossa realidade.
Por trás de tudo isso, “Espuma” busca trazer às telas uma coleção de referências. O personagem “Partre” (Philippe Torrenton) e seus livros são uma óbvia referência a Sartre, cujo existencialismo permeia toda a trama, em especial na segunda metade. Toda a experiência é acompanhada de uma ótima trilha de Jazz, especialmente com canções de Duke Ellington, como “Chloe”. Uma curiosidade: o título americano do filme é “Moon Indigo”, inspirado em outra canção do jazzman.
A produção pediu um esforço imenso, com muito trabalho em detalhes, animação stop-motion e caracterização. A maioria dos objetos de cena foi claramente produzido para a filmagem, cheia de caprichos e especificidades, e o trabalho de luz e cores vai além do que muitas outras produções procuram ou conseguem fazer.
“A Espuma dos Dias” é uma ótima produção, mas deve agradar poucos. Perde muito tempo em recursos e demora a atingir o ápice da história, que é quando Chloe fica doente. Nessas alturas, o espectador já se cansou. 

Avaliação: **

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Augustine

País: França
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Alice Winocour
Elenco: Vincent Lindon, Soko e Chiara Mastroianni.

Sinopse: Paris, inverno de 1885. No Hospital Pitié-Salpêtrière, o Professor Charcot está estudando uma doença misteriosa: a histeria. Augustine, 19 anos, torna-se sua cobaia favorita, a estrela de suas demonstrações de hipnose. O objeto de seus estudos em breve se torna o objeto de seu desejo.

Crítica: baseado em fatos reais, aborda o estudo feito pelo médico Jean-Martin Charcot em 1885 sobre a histeria, que mais tarde seria estudada pelo também médico Sigmund Freud através da psicanálise.
Logo nas cenas iniciais, Augustine (Soko), de 19 anos e empregada de uma família de classe alta, tem um ataque súbito enquanto serve o jantar a seus patrões e convidados. Internada em um hospital psiquiátrico, a jovem passa a chamar a atenção do médico Charcot (Vincente Lindon) devido à sua doença. Ele estuda a enfermidade e utiliza a jovem como cobaia levando-a em palestras na universidade onde leciona para explicar os sintomas. O método empregado é a hipnose, que também viria a ser usada por Freud posteriormente.
Interessante ressaltar que a histeria, até os anos 1700, foi vista como uma espécie de possessão demoníaca, por causa do medo que as pessoas tinham do sobrenatural, e por puro desconhecimento das ciências. Isso levou muitas mulheres à fogueira no passado, acusadas de feitiçaria.
Na tentativa incessante de curá-la e mostrar seus ataques a seus colegas de trabalho, a aproximação é inevitável e, a partir daí, equilibrar-se entre o racional e o emocional torna-se um desafio para o médico. Mesmo convicto de sua sabedoria, não consegue lidar com certas situações inusitadas. Até que, de repente, após um desses ataques de histeria, o jogo vira e ficamos surpresos com a trama.
Outro ponto bastante interessante da história é a crítica sobre condição da mulher à época (aliás, faltou situar o público no ano em que se passava a história: 1885). As atuações são convincentes e o trabalho é admirável (prende mesmo a atenção do espectador), tendo em vista que se trata do primeiro longa-metragem da cineasta. Mas o enredo ainda poderia ter sido melhor trabalhado. É bom, mas parece incompleto, como se faltasse algo.


Avaliação: ***

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Corra, Lola, Corra (Lola Rennt/ Run Lola Run)

País: Alemanha
Ano: 1998
Gênero: Comédia
Duração: 81 min
Direção: Tom Tykwer
Elenco: Franka Potente, Armin Rohde, Herbert Knaup, Joacim Król, Moritz Bleibtreu e Nina Petri.

Sinopse: Lola (Franka Potente) fica sabendo que seu namorado perdeu o dinheiro de um mafioso local e tem vinte minutos para recuperar a quantia, caso contrário ele morrerá. Dá-se então início a uma alucinante corrida contra o tempo pelas ruas de Berlim, com Lola procurando meios de conseguir o dinheiro. Depois do primeiro desfecho, a história recomeça outras vezes, cada vez com um desenrolar diferente. O filme mistura 35mm, vídeo, animações e diversos efeitos de fotografia e edição, criando um efeito visual ágil e empolgante.

Crítica: o filme, apesar de muito diferente e de fugir dos padrões, agrada 100%. Foi um sucesso quando lançado e é um marco no cinema alemão. Pode-se dizer que é um clássico do seu tempo. Eu já o assisti duas vezes e comprovei, pela segunda vez, que ele é realmente genial.
Tem tudo: um enredo envolvente, com drama e comédia, boas atuações, uma narrativa extremamente criativa, uma edição inteligente e muita originalidade.
Dinâmico e repleto de recursos fotográficos e de animação, passa diretamente sua mensagem: a casualidade no dia-a-dia das pessoas.
A forma como são contadas as três historias mostra nitidamente a importância que um minuto pode fazer em nossas vidas. Nada se repete ou acontece da mesma maneira novamente. O tempo diferente faz você fazer e ver coisas diferentes, encontrar ou não certa pessoa, passar por um sinal aberto ou fechado, encontrar um novo obstáculo que pode interferir no seu trajeto. Se eu tivesse saído mais cedo ou mais tarde ... Esse “se” não é algo que paramos para pensar, mas ele está presente diariamente. E este é o carro-chefe do filme, que é excepcional justamente por isso.


Avaliação: ****

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Volverine – Imortal (The Wolverine)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Ação
Duração: 128 min
Direção: James Mangold
Elenco: Hugh Jackman, Tao Okamoto e Rila Fukushima.

Sinopse: deprimido devido à morte de Jean Grey (Famke Janssen), Wolverine (Hugh Jackman) vaga pelos bares e becos, sem grandes motivos para viver. Procurado por um homem que teve sua vida salva por ele décadas atrás, Wolverine viaja ao Japão para vê-lo. Lá recebe uma oferta tentadora: em gratidão por ter salvo sua vida no passado, ele oferece a Wolverine torná-lo mortal. O herói aceita a oferta, sem imaginar que os vilões Samurai de Prata e Viper estavam apenas aguardando esta oportunidade para matá-lo.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Turbo

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Animação
Duração: 96 min
Direção: David Soren
Elenco: vozes de Ryan Reynolds, Michelle Rodriguez e Samuel L. Jackson.

Sinopse: conta a história de um caracol de jardim que sonha em ser o mais rápido caracol de jardim do mundo – até que um estranho acidente lhe dá surpreendente velocidade.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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O Concurso

País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 87 min
Direção: Pedro Vasconcelos
Elenco: Fábio Porchat, Sabrina Sato e Danton Mello.

Sinopse: Caio, Rogério Carlos, Bernardinho e Freitas vieram de várias partes do país para o Rio de Janeiro, onde irão fazer a prova para um importante concurso público. Eles se conhecem na cidade maravilhosa, em meio aos estudos, mas logo percebem que apenas e passar na prova se conseguirem antecipadamente o gabarito. Para tanto eles entram em contato com o submundo, se envolvendo em várias confusões por estarem em uma cidade bem maior do que as que estão acostumados.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Nota de Rodapé

País: Israel
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Direção: Joseph Cedar
Elenco: Lior Ashkenazi, Shlomo Bar-Aba, Aliza Rosen e Alma Zack.

Sinopse: falado em Hebraico, o longa conta a história de Eliezer (Shlomo Bar-Aba) e seu filho Uriel Shkolnik (Lior Ashkenazi), professores que dedicaram a vida ao estudo do Talmude, livro sagrado do judaísmo. Eliezer jamais foi reconhecido por seu trabalho de 30 anos de pesquisa. Seu único feito na vida foi ter uma nota de rodapé no livro de um professor. Por outro lado, Uriel é um acadêmico em ascensão com diversas obras publicadas e que gosta de ser bajulado.

Crítica: problemas familiares, sentimentos complexos e rivalidade entre pais e filhos são os temas desse interessante longa, com um roteiro elogiável e um elenco competente de interpretações realmente convincentes.
Partindo de uma história simples, a trama se desenvolve bem, sem ficar enfadonha, o que acontece também graças a recursos de sobreposição de imagens, enquadramentos criativos e ao bom uso do humor em algumas cenas. Tudo isso dá um bom ritmo ao longa. E, apesar de ser um filme psicológico e profundo, não cai em clichês dramáticos. Uma falha que pode ser apontada é o pouco destaque dado aos coadjuvantes (sobretudo, a esposa e o filho de Ariel) que, praticamente, não somam nada à trama.
Logo no início, por meio da expressão de Eliezer, percebe-se o drama que está por vir. Enquanto Uriel faz um discurso para agradecer mais um prêmio recebido, a câmera paralisada em Eliezer registra seu transtorno. O personagem está envolto em um misto de inveja e vergonha por ter sido arrebatado por tal sentimento. Exprime uma decepção desoladora por nunca ter ganhado nada.
O pai é tomado por um complexo de inferioridade que também mostra uma característica da cultura atual: o velho não é mais visto como um homem cheio de sabedoria, mas como uma pessoa ultrapassada, que é deixada lado e parece inconveniente em contraponto ao pragmatismo dos mais jovens.
Quando Eliezer é informado que ganhou o Prêmio de Israel, almejado durante décadas, Uriel se vê diante de um dilema, pois é o verdadeiro vencedor. A confusão se dá por causa do sobrenome dos dois. Daí em diante, o filho entra em um conflito próprio após ler entrevista do pai denegrindo seu trabalho “superficial”.

Curiosidade: venceu na categoria de melhor roteiro no Festival de Cannes, em 2011.


Avaliação: ***

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Psicose II (Psycho II)

País: 1983
Ano: 2012
Gênero: Suspense
Duração: 108 min
Direção: Richard Franklin
Elenco: Anthony Perkins, Vera Miles, Meg Tilly e Robert Loggia.

Sinopse: depois de vinte e dois anos internado em um sanatório, Norman Bates (Anthony Perkins) é considerado apto para se reintegrar à sociedade. Ele então retorna à velha mansão e ao seu motel, mas algumas pessoas o consideram ainda perigoso e tentam evitar sua reintegração na sociedade.

Crítica: no início do filme, tem-se a impressão de que não será bom. Ele começa de forma bem diferente do primeiro. Em poucos minutos, essa impressão desaparece e somos envolvidos na trama que, não só da continuidade a Psicose, como faz isso com sabedoria.
Nessa versão, Norman descobre que tem uma mãe adotiva, além da biológica que já está morta. O suspense e a trama são realmente muito inteligentes, mais ainda que o anterior, sem deixar brechas.
As surpresas surgem até o final. As cenas não são tão sangrentas (com exceção de duas delas), mas também nem é necessário. O clímax do filme está na tensão vivida pelos personagens interpretados com perfeição pelos atores. Anthony Perkins é o máximo!
Muito mistério e tudo imprevisível. Vale a pena conferir. Com certeza, um dos melhores filmes do gênero no cinema.


Avaliação: ****

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O Homem que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much)

País: EUA
Ano: 1956
Gênero: Suspense
Duração: 75 min
Direção: Alfred Hitchcock
Elenco: James Stewart, Doris Day e Brenda De Banzie.

Sinopse: nunca passou pela cabeça de Alfred Hitchcock refilmar um de seus filmes. Isso até 1956, quando ele resolveu fazer uma nova ambientação de ‘O Homem que Sabia Demais’, produzido pela primeira vez em 1934. O filme retrata o drama de um médico (James Stewart) que, ao passar as férias com a família no Marrocos, tem sua filha sequestrada por um casal, que comete o crime a fim de chantageá-lo. O médico toma conhecimento de um plano de assassinato de um homem poderoso que está por acontecer e seu silêncio é a única forma de trazer sua filha de volta.

Crítica: o filme tem uma história interessante, mas não bem desenvolvida. As atuações são amadoras e passa longe do suspense no estilo de Psicose, sua obra clássica.
Poucos recursos financeiros e atores fracos empobreceram a obra. Mas já dava para perceber o estilo de Hitchcock e seu talento para filmes nada convencionais.

Curiosidade: o longa recebeu um Oscar – o de melhor canção original por “Que Será Será” (Whatever Will Be, Will Be), cantado pela atriz Doris Day, que faz par com James Stewart no filme.


Avaliação: **

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domingo, 14 de julho de 2013

The Cove - A Baía da Vergonha

País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Documentário
Duração: 92 min
Direção: Louie Psihoyos
Elenco: Ric O’Barry, Joe Chisholm, Mandy-Rae Cruikshank, Charles Hambleton e Simon Hutchins.

Sinopse: "The Cove - A Baía da Vergonha" mostra um grupo de ativistas ambientalistas que, munidos de equipamentos de filmagem com alta tecnologia e liderados pelo treinador de golfinhos Ric O’Barry, vão até uma enseada próxima de Taijii, no Japão, para registrar a chocante caça aos golfinhos e o cruel abuso desses animais.

Crítica: o documentário já começa com uma câmera especial para a noite e recorre a uma série de outros recursos durante o filme para retratar o massacre de golfinhos em Taijii, no Japão.
É a única forma de denunciar uma prática que, segundo pescadores locais, faz parte da ‘cultura japonesa’. Difícil entender a justificativa da matança de 23.000 golfinhos por ano em nome de uma tradição. Com o passar do filme é nítida que a única tradição é a de ganhar dinheiro.
A equipe de biólogos, cientistas e ativistas (há até um casal de mergulhadores voluntário) não mede esforços para registrar cenas inéditas e flagrar a matança. As atrocidades chocam. Além de capturarem golfinhos nariz-de-garrafa (como o famoso Flipper) ainda bebês em suas redes gigantes, os que não são escolhidos para os parques aquáticos são assassinados ali mesmo na praia, com lanças espetadas insistentemente, a ponto de toda a água formar um mar de sangue. É duro assistir a isso e não se comover, tamanha a brutalidade. Não seria mais humano, pelo menos, deixar partir os que não são escolhidos?
Mas o pior ainda está por vir. O documentário revela que a carne de golfinho está sendo consumida enganosamente, vendida como carne de baleia e, também, sendo inserida na merenda escolar de crianças na cidade. A gravidade está na presença de mercúrio no golfinho, o mais alto de todas as espécies marinhas. O Japão parece ter memória curta, tendo em vista que 1953, na cidade de Minamata, 79 pessoas morreram em consequência da intoxicação por mercúrio. A cidade é uma região de pesca também e a maioria dos doentes vivia dessa atividade, consumindo peixes regularmente.
A população japonesa em geral parece desconhecer toda essa história de atrocidades, o que facilita a continuação dessa atividade. Foi preciso alguém de fora alertar o mundo do crime contra essas lindas criaturas que, como uma jovem quando é entrevistada diz: “As pessoas não querem comer o golfinho. É mais um animal para ver.”
O interessante é que Ric O’Barry, que foi quem treinou o 'Flipper' para o famoso filme de 1996 e até fundou um parque aquático com shows exibicionistas de golfinhos, hoje luta bravamente contra esse erro. “Passei 10 anos nessa atividade, agora estou há 35 anos tentando acabar com ela”. À época, havia apenas 3 parques no mundo; hoje são inúmeros e movimentam milhões e milhões. Os golfinhos que vivem nos tanques dos parques ficam completamente estressados devido ao barulho, já que possuem uma audição extremamente sensível. Para diminuir esses efeitos, são dopados com remédios.
O filme é completo. Partindo de um pequeno ponto do mar japonês, amplia o campo de visão em várias direções, revelando todas as consequências dessa barbárie e derrubando todos os argumentos que ainda tentam justificar a captura e a morte dos golfinhos. A dedicação desse ex-treinador de golfinhos e de toda sua equipe é total e convicta no que pretende: acabar com a pesca em Taijii. Durante todas as vezes que tentaram se aproximar da praia para fazer alguma filmagem ou fotografar foram ameaçados e impedidos de seguir adiante. Foram seguidos por policiais, pescadores e até pela máfia japonesa onde quer que fossem. Ou seja, captar todas essa imagens não foi tarefa fácil, mas eles conseguiram.
Os japoneses podem continuar controlando o mercado mundial do peixe, desde que de forma correta, consciente, nobre e ética. Um pouco mais de respeito à vida tornaria tudo isso possível.

Curiosidadevencedor do Oscar de Melhor Documentário em 2010. ACESSE O LINK abaixo para assinar a petição e ajudar a salvar os golfinhos do Japão.

Avaliação: *****

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O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Ação
Duração: 149 min
Direção: Gore Verbinsky
Elenco: Armie Hammer, Johnny Depp, Tom Wilkinson, Ruth Wilson e Helena Bonham Carter.

Sinopse: Texas, 1869. John Reid (Armie Hammer) é um representante da lei que, após uma emboscada, fica ferido e é abandonado por seus inimigos. À beira da morte, ele é salvo pelo bom índio Tonto (Johnny Depp), que passa a ser seu fiel escudeiro. Agora, Reid busca vingança e para isso, passará a usar uma máscara tornando-se o famoso Cavaleiro Solitário. Misturando ação e humor, esta aventura baseia-se na complexa convivência entre os dois heróis, e na impiedosa luta contra a corrupção e a ganância.

Crítica: o diretor Gore Verbinsky gosta de filmes de ação e de Johnny Deep, com quem trabalhou nas três versões de ‘Piratas do Caribe’.
A produção é indiscutivelmente impecável: recursos que fazem tudo parecer muito real, cenário e figurino impecáveis, adrenalina de sobra e fotografia é de tirar o fôlego, com as belíssimas paisagens do deserto americano.
O enredo tem seus méritos, com uma mensagem crítica, apesar de leve, mas deixa seu recado. As atuações de Deep e de Armie Hammer (que rouba a cena algumas vezes) são excelentes e engraçadas. Tom Wilkinson dispensa comentários, seguro como sempre, agora no papel de um vilão.
O faroeste de aventura como é definido é entretenimento certo, um dinheiro bem investido.


Avaliação: ***

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Peixonauta - Agente Secreto da O.S.T.R.A.

País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Animação
Duração: 92 min
Direção: Célia Catunda e Kiko Mistrorigo
Elenco: -

Sinopse: Peixonauta é um peixe que utiliza uma roupa de astronauta, de forma a poder voar e viver fora d'água. Ao lado de seus amigos Marina e Zico, ele vive diversas aventuras, sempre desvendando mistérios. Seu novo objetivo é se tornar agente secreto da O.S.T.R.A., para que possa ganhar uma nova insígnia. Para tanto ele precisa superar sete tarefas, contando com a ajuda de seus tradicionais amigos e também dos habitantes do Parque das Árvores Felizes.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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segunda-feira, 8 de julho de 2013

A Cabana (Hier Unten - Hütte im Wald)

País: Alemanha
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 109 min
Direção: Hans Weingartner
Elenco: Peter Schneider, Timur Massold, Julia Jentsch, Eleonore Weisgerber, Hans Brückner e Vlad Chiriac.

Sinopse: Martin Blunt (Peter Schneider) era um talentoso matemático com uma carreira promissora que, após um período internado em uma clínica psiquiátrica, é visto como doente mental, perde o emprego, e acaba nas ruas. Viktor (Timur Massold) é um garoto ucraniano que se tornou órfão depois que sua mãe sofreu uma overdose. Quando os dois se conhecem, resolvem fugir da cidade e construir uma cabana na floresta. Eles se tornam bons amigos e Martin conhece Lena, que é encorajada por eles a viver também de forma idílica. Até que um dia a cabana onde moram é destruída e Martin é preso.

Crítica: o ponto forte do filme é a crítica social, assim como no maravilhoso ‘Edukators’, do mesmo diretor.
A trama mostra a decadência do protagonista (em ótima atuação de Peter Schneider). O caminho duro e cruel, sempre pontuado de censuras à sociedade hipócrita que só vê o que quer e ignora o que a incomoda, só ganha esperança quando Martin se depara com Viktor, o menino ucraniano que perdeu a mãe e vive nas ruas. A dupla aprenderá muito sobre sobrevivência, amor e liberdade. Agora, ele está livre para viver em um mundo que o aceita.
Seus problemas vêm desde a infância difícil com o pai que o maltratava. Na clínica onde recebeu tratamento, os remédios o deixaram dependente. Com Viktor, seus problemas parecem ter acabado. Ele não aceita a ideia de retornar a um lugar em que a terapia e a cura seja ficar isolado ou trancafiado entre quatro paredes. 
Seu mundo começa a desmoronar novamente quando ele passa a ser perseguido por médicos e policiais. Ele tentará, ao menos, salvar seu novo e fiel amigo, Viktor. 
Um filme intenso e comovente sobre a dificuldade de viver em sociedade quando se é banido por preconceito.


Avaliação: ***

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O Planeta Solitário

País: EUA/Alemanha
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 114 min
Direção: Julia Loktev
Elenco: Gael García Bernal, Hani Furstenberg e Bidzina Gudjabidze.

Sinopse: Alex (Gael García Bernal) e Nica (Hani Furstenberg) formam um jovem casal apaixonado. Eles pretendem se casar, e alguns meses antes da cerimônia os dois fazem uma viagem pelas montanhas, com a ajuda de um guia. Mas eles se envolvem em um acidente violento com três moradores locais, transformando completamente a relação entre os dois.

Crítica: uma boa produção privilegiada pela excelente fotografia que captou bem as belezas naturais das montanhas do Cáucaso, na Geórgia (montanhas, córregos, cavernas, pedras, vegetação muito verde). Mas um filme precisa muito mais do que isso para prender o espectador.
A trama é bem lenta. Mas isso ainda seria aceitável se houvesse mais conteúdo. Ter uma ideia e querer que o público capte aquilo por ser óbvio não é justo. Os personagens, no caso Alex e Nica, precisariam ter profundidade. Um episódio que acontece com 3 moradores locais poderia dar uma guinada na história ou um outro ritmo, mas o que permanece é o silêncio, já intenso desde o início da película. Nada é explicado. Temos que nos contentar com as expressões faciais que também não são muitas.
A melhor parte do filme é quando o guia que acompanha o casal na longa trilha pelas montanhas, sentado à beira da fogueira, conta um pouco da sua vida marcada por tragédias pessoais. O calado homem se abre e explica porque gosta de viver nas montanhas.
Mas fora isso, é se contentar com as impressionantes paisagens georgianas. 

Avaliação: **

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domingo, 7 de julho de 2013

Dossiê Jango

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Documentário
Duração: 101 min
Direção: Paulo Henrique Fontenelle
Elenco: -

Sinopse: João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1º de abril de 1964. Depois disso, Jango viveu exilado na Argentina, onde morreu em 1976. As circunstâncias de sua morte no país vizinho não foram bem explicadas até hoje. Seu corpo foi enterrado imediatamente após a sua morte, aumentando as suspeitas de assassinato premeditado. Este documentário traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.

Crítica: decididamente, documentário é um gênero de filme que o Brasil domina. Já deu várias provas disso no cinema. ‘Dossiê Jango’ é um trabalho quase perfeito, com exceção de alguns minutos que poderiam ter sido cortados na edição final, por repetição de informação em certos depoimentos.
Muito bem produzido, conta um lado pouco conhecido da história brasileira até hoje: o breve governo de João Goulart como presidente e sua suspeita morte (o atentado de óbito aponta infarto, mas há suspeita de envenenamento) no Uruguai. Numa época conturbada como a ditadura, advinda com o golpe de Estado em 1964, muitas mortes ficaram mal explicadas e, ‘coincidentemente’, de pessoas ligadas ao presidente deposto.
Os cortes que mesclam os depoimentos fazem um elo inteligente entre os fatos que são enriquecidos com imagens, fotos e gravações da época. Uma verdadeira rede de intriga para derrubar Jango e, também, para impedir que voltasse ao Brasil e ao poder, depois de exilado. Essa operação incluiu até a participação dos Estados Unidos, cujo presidente era o John F. Kennedy que, após ser assassinado, foi sucedido por Lyndon B. Johnson.
Um documentário realmente esclarecedor que conta com testemunhos de historiadores, políticos, jornalistas, pessoas que trabalharam diretamente com Jango, um membro que teria participado da conspiração contra ele e que hoje está preso no Uruguai e do filho que faz relatos comoventes sobre a importância de passar a história a limpo. O corpo do pai dele sequer foi exumado ao chegar ao Brasil.
O nosso país vizinho, Argentina, condenou alguns militares à prisão perpétua, punindo quem participou da ditadura militar. A pergunta é: E o Brasil? O que fez até hoje para fazer justiça às pessoas mortas e desaparecidas?


Avaliação: ***

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Truque de Mestre (Now You See Me)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Suspense
Duração: 115 min
Direção: Louis Leterrier
Elenco: Morgan Freeman, Michael Caine, Mark Ruffalo, Isla Fisher, Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Dave Franco e Melanie Laurent

Sinopse: Um grupo formado pelos melhores ilusionistas do mundo realiza assaltos a bancos durante suas performances e divide o dinheiro com a plateia. Tudo vai bem, até o FBI partir atrás dos mágicos-ladrões.

Crítica: o enredo é engenhoso e o elenco conta com presenças de peso, como Morgan Freeman, Michael Caine e Mark Ruffalo (bastante versátil em seus papeis no cinema). Woody Harrelson é hilário em muitas cenas, com seu cinismo arrebatador.
Ação, corre-corre, perseguições de carro, muito dinheiro em jogo e surpresas realmente inesperadas garantem boa parte da trama que fisga o espectador.
Mas no final a trama enfraquece um pouco e não segue mais a linha inteligente mantida durante a história. Depois de desfazer truques de mágica, querer convencer o público de que mágica existe não funcionou. Contraditório. É um bom filme para assistir à tarde, por diversão.


Avaliação: ***

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O Ladrão de Luz (Svet-Ake)

País: França/Quirguistão/Alemanha/Holanda
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 80 min
Direção: Aktan Arym Kubat
Elenco: Aktan Arym Kubat, Taalaïkan Abazova e Askat Sulaimanov.

Sinopse: um homem, conhecido como "Senhor Luz", vive em um minúsculo vilarejo nas montanhas do Quirguistão. Além de tentar levar a eletricidade a todas as pessoas, ele escuta os problemas de cada morador, dá conselhos e tenta acalmar as brigas conjugais. Este homem sonha em abastecer o vilarejo com energia eólica, mas para isso ele deve enfrentar a resistência de homens poderosos e corruptos.

Crítica: o longa é uma viagem de 80 minutos para o outro lado do mundo, República do Quirguistão, na Ásia Central. Um lugar que, se não fosse o cinema, dificilmente seria visitado. E a surpresa é que faz um bom cinema.
O filme se passa em um pequeno vilarejo e gira em torno de um eletricista conhecido pelos habitantes como “Senhor da Luz”. Ele é responsável por trazer energia elétrica às casas. Essa é a grande e bela metáfora da obra porque não se trata de trazer somente eletricidade, e sim iluminar a vida das pessoas.
O grande sonho desse homem simples, sonhador, de boa índole e de uma delicadeza que não se vê muito hoje em dia, é proporcionar uma fonte de luz mais acessível a todos.
O ritmo da trama segue os passos da vida dos personagens, ou seja, é lento: longas cenas, muito silêncio, diálogos breves, e sempre abusando dos ruídos naturais da natureza, sentindo-se bem a pobreza e a desesperança do lugar.
Aktan Arym Kubat, que também dirigiu ‘O Filho Adotivo’ (1998) e ‘O Chimpanzé’ (2001), interpreta o personagem principal. O filme foi exibido na 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e ganhou aplausos do público.
A fotografia precisa acentuando a aridez das pessoas e do solo, o figurino simples e os personagens reais, naturais e tão humanos fortalecem a mensagem de uma dura realidade que realmente envolve o espectador.


Avaliação: ***

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O Homem de Aço (Man of Steel)

País: EUA Reino Unido/Canadá
Ano: 2013
Gênero: Ação
Duração: 148 min
Direção: Zack Snyder
Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Russell Crowe, Diane Lane, Kevin Costner, Michael Shannon, Lawrence Fishburne, Harry Lenix, Ayelet Zurer e Christopher Meloni.

Sinopse: nascido em Krypton, o pequeno Kal-El viveu pouco tempo em seu planeta natal. Percebendo que o planeta estava prestes a entrar em colapso, seu pai o envia ainda bebê em uma nave espacial, rumo ao planeta Terra. Ao chegar, ele é criado por Jonathan e Martha Kent, que passam a chamá-lo de Clark. Com o tempo ele demonstra ter uma força descomunal, o que amedronta seus pais. Eles pedem que ele jamais demonstre seus poderes, mesmo em situações de emergência, já que nem todos conseguirão compreendê-lo por ser diferente das demais pessoas. Ao crescer, Clark se torna uma pessoa isolada e frustrada. Em meio aos seus problemas emocionais, ele resolve usar seus poderes para ajudar a humanidade e se torna o Super-Homem.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Meu Malvado Favorito 2 (Despicable Me 2)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Animação
Duração: 98 min
Direção: Pierre Coffin e Chris Renaud
Elenco: vozes de Steve Carell, Kristen Wiig e Russell Brand.

Sinopse: continuação de ‘Meu Malvado Favorito’. A mente do crime Gru volta a ter pela frente seu inimigo Victor, enquanto tenta lidar com outro super vilão, El Macho, que possui um filho chamado Machito.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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A Cidade É Uma Só

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Documentário
Duração: 79 min
Direção: Adirley Queirós
Elenco: -

Sinopse: "A Cidade É Uma Só" é uma reflexão sobre os 50 anos de Brasília, tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial e social que uma parcela considerável da população do Distrito Federal e do Entorno sofre, e de como essas pessoas restabelecem a ordem social através do cotidiano.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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