domingo, 7 de julho de 2013

Dossiê Jango

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Documentário
Duração: 101 min
Direção: Paulo Henrique Fontenelle
Elenco: -

Sinopse: João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1º de abril de 1964. Depois disso, Jango viveu exilado na Argentina, onde morreu em 1976. As circunstâncias de sua morte no país vizinho não foram bem explicadas até hoje. Seu corpo foi enterrado imediatamente após a sua morte, aumentando as suspeitas de assassinato premeditado. Este documentário traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.

Crítica: decididamente, documentário é um gênero de filme que o Brasil domina. Já deu várias provas disso no cinema. ‘Dossiê Jango’ é um trabalho quase perfeito, com exceção de alguns minutos que poderiam ter sido cortados na edição final, por repetição de informação em certos depoimentos.
Muito bem produzido, conta um lado pouco conhecido da história brasileira até hoje: o breve governo de João Goulart como presidente e sua suspeita morte (o atentado de óbito aponta infarto, mas há suspeita de envenenamento) no Uruguai. Numa época conturbada como a ditadura, advinda com o golpe de Estado em 1964, muitas mortes ficaram mal explicadas e, ‘coincidentemente’, de pessoas ligadas ao presidente deposto.
Os cortes que mesclam os depoimentos fazem um elo inteligente entre os fatos que são enriquecidos com imagens, fotos e gravações da época. Uma verdadeira rede de intriga para derrubar Jango e, também, para impedir que voltasse ao Brasil e ao poder, depois de exilado. Essa operação incluiu até a participação dos Estados Unidos, cujo presidente era o John F. Kennedy que, após ser assassinado, foi sucedido por Lyndon B. Johnson.
Um documentário realmente esclarecedor que conta com testemunhos de historiadores, políticos, jornalistas, pessoas que trabalharam diretamente com Jango, um membro que teria participado da conspiração contra ele e que hoje está preso no Uruguai e do filho que faz relatos comoventes sobre a importância de passar a história a limpo. O corpo do pai dele sequer foi exumado ao chegar ao Brasil.
O nosso país vizinho, Argentina, condenou alguns militares à prisão perpétua, punindo quem participou da ditadura militar. A pergunta é: E o Brasil? O que fez até hoje para fazer justiça às pessoas mortas e desaparecidas?


Avaliação: ***

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