sexta-feira, 26 de julho de 2013

Augustine

País: França
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Alice Winocour
Elenco: Vincent Lindon, Soko e Chiara Mastroianni.

Sinopse: Paris, inverno de 1885. No Hospital Pitié-Salpêtrière, o Professor Charcot está estudando uma doença misteriosa: a histeria. Augustine, 19 anos, torna-se sua cobaia favorita, a estrela de suas demonstrações de hipnose. O objeto de seus estudos em breve se torna o objeto de seu desejo.

Crítica: baseado em fatos reais, aborda o estudo feito pelo médico Jean-Martin Charcot em 1885 sobre a histeria, que mais tarde seria estudada pelo também médico Sigmund Freud através da psicanálise.
Logo nas cenas iniciais, Augustine (Soko), de 19 anos e empregada de uma família de classe alta, tem um ataque súbito enquanto serve o jantar a seus patrões e convidados. Internada em um hospital psiquiátrico, a jovem passa a chamar a atenção do médico Charcot (Vincente Lindon) devido à sua doença. Ele estuda a enfermidade e utiliza a jovem como cobaia levando-a em palestras na universidade onde leciona para explicar os sintomas. O método empregado é a hipnose, que também viria a ser usada por Freud posteriormente.
Interessante ressaltar que a histeria, até os anos 1700, foi vista como uma espécie de possessão demoníaca, por causa do medo que as pessoas tinham do sobrenatural, e por puro desconhecimento das ciências. Isso levou muitas mulheres à fogueira no passado, acusadas de feitiçaria.
Na tentativa incessante de curá-la e mostrar seus ataques a seus colegas de trabalho, a aproximação é inevitável e, a partir daí, equilibrar-se entre o racional e o emocional torna-se um desafio para o médico. Mesmo convicto de sua sabedoria, não consegue lidar com certas situações inusitadas. Até que, de repente, após um desses ataques de histeria, o jogo vira e ficamos surpresos com a trama.
Outro ponto bastante interessante da história é a crítica sobre condição da mulher à época (aliás, faltou situar o público no ano em que se passava a história: 1885). As atuações são convincentes e o trabalho é admirável (prende mesmo a atenção do espectador), tendo em vista que se trata do primeiro longa-metragem da cineasta. Mas o enredo ainda poderia ter sido melhor trabalhado. É bom, mas parece incompleto, como se faltasse algo.


Avaliação: ***

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