País: Brasil
Ano:
2014
Gênero: Drama,
biografia
Duração: 141
min
Direção: Mauro
Lima
Elenco: Babu
Santana, Robson Nunes e Alinne Moraes.
Sinopse: cinebiografia do cantor Tim Maia, baseada no
livro "Vale Tudo - O Som e de Tim Maia". O filme percorre cinquenta
anos na vida do artista, desde a sua infância no Rio de Janeiro até a sua
morte, aos 55 anos de idade, incluindo a passagem pelos Estados Unidos, onde o
cantor descobre novos estilos musicais e é preso por roubo e posse de drogas.
Crítica: a cinebiografia do cantor, compositor,
produtor, maestro, multi-instrumentista e empresário brasileiro, responsável
pela introdução do estilo soul na música popular brasileira e reconhecido
mundialmente como um dos maiores ícones da música no Brasil, é bastante
completa e repleta de boas atuações (protagonista e coadjuvantes, com exceção
do ator “caricato” que interpretou Roberto Carlos) e diálogos naturais e
convincentes.
A trama inicia-se com a
narração de um de seus melhores amigos e que o acompanhou por quase toda a
carreira: Fabiano.
Imagens em preto em branco
contam, resumidamente, a infância difícil do 11º filho do de Altivo Maia e
Maria Imaculada Maia, nascido em Niterói. Ajudava a mãe a vender marmitas e
sofria com as zombarias dos outros meninos.
Mas desde cedo descobriu
que queria fazer música e não poupou esforços para consegui-lo. Em 1957, fundou
o grupo The Sputniks, onde cantou junto a Roberto Carlos. Em 1959, emigrou para
os Estados Unidos, onde teve seus primeiros contatos com o soul, vindo a ser
preso e deportado por roubo e porte de drogas. Em 1970, gravou seu primeiro
disco, intitulado Tim Maia, que, rapidamente, tornou-se um sucesso país afora
com músicas como "Azul da Cor do Mar" e "Primavera".
No entanto, toda sua vida
foi marcada por turbulências, antes e depois da fama: dificuldades financeiras,
uso de drogas, abuso do álcool, preconceito, vida a dois problemática.
Apenas durante um curto
período, quando conheceu os livros da Cultura Racional, escritos por Manuel
Jacinto Coelho, ele afastou-se um pouco dos vícios. Contudo, o período foi de
menor sucesso profissional e, logo, ele se decepcionou com o que os livros
pregavam.
Tim Maia se tornou notável
por não aparecer ou atrasar em shows e, frequentemente, reclamar da qualidade
do áudio nos mesmos. Isso ocorria devido ao intenso consumo de uísque, cocaína
e maconha antes dos shows, que ele chamava de "triatlon". No final de
sua vida sofreu com problemas relacionados à obesidade, diabetes e problemas
respiratórios.
Durante a gravação de um
espetáculo para a TV no Teatro Municipal de Niterói, no dia 08 de março de
1998, Tim tentou cantar, mesmo sabendo de sua má condição de saúde. Não
conseguiu e retirou-se sem dar explicações; terminou sendo levado para o hospital
onde sofreu duas paradas cardiorrespiratórias. Tim faleceu em 15 de março os 55
anos e com 140 quilos, devido a uma infecção generalizada.
Em 1988, 1990, 1992, 1993,
1995 e 1997 foi o vencedor do prestigiado Prêmio Sharp de música na categoria
de melhor cantor.
Sua obra influenciou
diversos artistas, como seu sobrinho Ed Motta. A revista Rolling Stone
classificou Tim Maia como o maior cantor brasileiro de todos os tempos, e
também como o 9º maior artista da música brasileira.
Além de ótimo filme, é impossível
não sair do cinema embalado com suas músicas marcantes e dançantes.
Avaliação: ****
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