Libertem Angela Davis
País: França/
EUA
Ano:
2014
Gênero: Documentário
Duração: 97
min
Direção: Shola
Lynch
Elenco: Angela
Davis e Eisa Davis
Sinopse: a vida de Angela Davis, uma professora de
filosofia nascida no Alabama, e conhecida pelo profundo engajamento em defesa
dos direitos humanos. Quando Angela defende três prisioneiros negros nos anos
1970, ela é acusada de organizar uma tentativa de fuga e sequestro. Nesta
época, se tornou a mulher mais procurada dos Estados Unidos e ainda hoje é um
símbolo da luta pelo direito das mulheres, dos negros e dos oprimidos.
Crítica: imagens de época, depoimentos e um retrato
duro e cruel do racismo americano na década de 70.
De família classe média alta,
a americana Angela Davis já estudava e morava na Alemanha quando, em 1960, decidiu
voltar para os Estados Unidos. Tornou-se militante do partido e participante
ativa dos movimentos negros e feministas que sacudiam a sociedade americana da
época, primeiro como filiada da SNCC de Stokely Carmichael e depois de
movimentos e organizações políticas como o Black Power e os Panteras Negras.
Em 18 de agosto de 1970, Angela Davis tornou-se a
terceira mulher a integrar a Lista dos Dez Fugitivos Mais Procurados do FBI, ao
ser acusada de conspiração, sequestro e homicídio, por causa de uma suposta
ligação sua com uma tentativa de fuga do tribunal do Palácio de Justiça do
Condado de Marin, em São Francisco.
O documentário apenas
estende-se um pouco demais ao acompanhar o julgamento de Angela Davis (dezoito
meses) até ser considerada inocente e por um júri só de pessoas brancas.
John Lennon e Yoko Ono
lançaram a música Angela em sua homenagem e os Rolling Stones gravaram Sweet
Black Angel, cuja letra falava de seus problemas legais e pedia sua libertação.
Finalmente livre, Angela
foi temporariamente para Cuba, seguindo os passos de seus amigos, os ativistas
radicais Huey Newton e Stokely Carmichael. Sua recepção na ilha pelos negros
cubanos num comício de massa foi tão entusiástico que ela mal pôde discursar.
Nos últimos anos continua a
fazer discursos e palestras principalmente em ambientes universitários e se
mantém como uma figura proeminente na luta pela abolição da pena de morte na
Califórnia. Em 1977-1978 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz.
Uma história que pouca
gente conhece. Vale a pena conferir.
Avaliação: ***
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