quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Libertem Angela Davis

País: França/ EUA
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 97 min
Direção: Shola Lynch
Elenco: Angela Davis e Eisa Davis

Sinopse: a vida de Angela Davis, uma professora de filosofia nascida no Alabama, e conhecida pelo profundo engajamento em defesa dos direitos humanos. Quando Angela defende três prisioneiros negros nos anos 1970, ela é acusada de organizar uma tentativa de fuga e sequestro. Nesta época, se tornou a mulher mais procurada dos Estados Unidos e ainda hoje é um símbolo da luta pelo direito das mulheres, dos negros e dos oprimidos.

Crítica: imagens de época, depoimentos e um retrato duro e cruel do racismo americano na década de 70.
De família classe média alta, a americana Angela Davis já estudava e morava na Alemanha quando, em 1960, decidiu voltar para os Estados Unidos. Tornou-se militante do partido e participante ativa dos movimentos negros e feministas que sacudiam a sociedade americana da época, primeiro como filiada da SNCC de Stokely Carmichael e depois de movimentos e organizações políticas como o Black Power e os Panteras Negras.
Em 18 de agosto de 1970, Angela Davis tornou-se a terceira mulher a integrar a Lista dos Dez Fugitivos Mais Procurados do FBI, ao ser acusada de conspiração, sequestro e homicídio, por causa de uma suposta ligação sua com uma tentativa de fuga do tribunal do Palácio de Justiça do Condado de Marin, em São Francisco.
O documentário apenas estende-se um pouco demais ao acompanhar o julgamento de Angela Davis (dezoito meses) até ser considerada inocente e por um júri só de pessoas brancas.
John Lennon e Yoko Ono lançaram a música Angela em sua homenagem e os Rolling Stones gravaram Sweet Black Angel, cuja letra falava de seus problemas legais e pedia sua libertação.
Finalmente livre, Angela foi temporariamente para Cuba, seguindo os passos de seus amigos, os ativistas radicais Huey Newton e Stokely Carmichael. Sua recepção na ilha pelos negros cubanos num comício de massa foi tão entusiástico que ela mal pôde discursar.
Nos últimos anos continua a fazer discursos e palestras principalmente em ambientes universitários e se mantém como uma figura proeminente na luta pela abolição da pena de morte na Califórnia. Em 1977-1978 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz.
Uma história que pouca gente conhece. Vale a pena conferir.

Avaliação: ***

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