Na Quebrada
País: Brasil
Ano:
2014
Gênero: Drama
Duração: 92
min
Direção: Fernando
Grostein Andrade
Elenco: Jean
Luis Amorim, Claudio Jaborandy e Emanuelle Araújo.
Sinopse: baseado em fatos reais, o filme segue a
trajetória de um grupo de jovens de classe baixa, como Júnior, talentoso no
conserto de televisões, Zeca, que testemunhou uma chacina, Joana, garota que
sonha com a mãe desconhecida e Gerson, cujo pai está na prisão desde que
nasceu. Entre histórias de perdas e violência, eles descobrem uma nova maneira
de expressar as suas ideias e as suas emoções: o cinema.
Crítica: a favela é novamente o foco do cinema
brasileiro nesse filme, quase documental. No entanto, o foco agora é contar
histórias de jovens que tiveram a oportunidade de mudar seus destinos, por meio
do envolvimento com o cinema.
Cada uma das histórias tem
sua própria força e expõe os problemas como pobreza, violência, narcotráfico e
abandono em cenas fortes e muitas vezes gráficas, mas que focam em detalhes
como expressão facial, e não o sangue jorrando. O foco não é mostrar
repetidamente as dificuldades, e sim a importância da família e o que cada um
faz para correr atrás de seu sonho.
A trama tem início com uma
cena de violência, quando Zeca (Felipe Simas) leva um tiro e jura vingança aos
criminosos. Enquanto isso, seu melhor amigo Gerson (Jorge Dias) é filho de um
famoso traficante (Anderson Lima) que tenta mantê-lo fora do mundo do crime. Os
dois acabam entrando no Instituto Criar (criado por Luciano Huck, produtor do
filme e irmão de Fernando), uma ONG de cinema para jovens de baixa renda, na
esperança de mudar suas realidades.
Além dos dois meninos, há
as histórias de Mônica (Domênica Dias), cujos pais e irmão são cegos; Joana,
que sofre com o pai abusivo e sonha com a mãe desconhecida (Daiana Andrade); e
Júnior (Jean Luis Amorim), que adora concertar eletrônicos, mas só se mete em
confusões. Fora Simas (ator de Malhação), o elenco é estreante.
O trabalho traz uma
preocupação com o lado artístico no que diz respeito à fotografia e à trilha
sonora, mas peca na narrativa de ida e volta que, no final das contas,
prejudica o roteiro. Além disso, as histórias poderiam ter sido melhor
exploradas, já que a intenção era mesmo fazer um documentário, e algumas
atuações são amadoras.
Avaliação:
**
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