Borboletas Negras (Black Butterflies)
País: Holanda/Alemanha/África do Sul
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Paula van der Oest
Elenco: Rutger Hauer, Carice van Houten, Liam Cunningham, Grant Swanby, Nicholas Pauling, Graham Clarke, Leon Clingman, Jennifer Steyn e Candice D'Arcy, Florence Masebe.
Sinopse: após presenciar um ato de violência contra crianças sul-africanas, a poetisa Ingrid Jonker escreveu o poema The Dead Child of Nyanga, que mais tarde foi lido por Nelson Mandela em seu discurso de inauguração do primeiro parlamento democrata da África do Sul em 1994. Sua história de inconformismo com o regime segregacionista do Apartheid e suas relações precárias com os homens – incluindo seu pai (Rutger Hauer), membro do regime – dão a tônica do filme dirigido pela Paula van der Oest.
Crítica: o filme se sustenta quase inteiramente na ótima atuação da atriz Carice van Houten (A Espiã), que consegue dar densidade e verdade aos dramas pessoais vividos pela poetisa. A péssima relação com o pai (um homem duro, preconceituoso e radical em suas crenças) é uma das principais fontes da angústia da protagonista.
Mas o filme, em geral, tem um roteiro fraco, onde coadjuvantes que deveriam ter maior espaço para que pudéssemos entender melhor o comportamento temperamental, a insegurança e a tendência à depressão de Ingrid, não conseguem crescer na trama, com exceção do escritor Jack Cope, muito bem interpretado por Liam Cunningham. Ele vive um intenso e conflituoso romance com a protagonista e se destaca pelo bom trabalho de Cunningham, numa interpretação equilibrada, que até compensa um pouco os diálogos mal elaborados.
Se não fossem essas falhas, a trama ganharia profundidade e atrairia mais o público, que perde um pouco o fôlego da metade para o final. Em vez das angústias da poetisa envolverem o espectador, acabam por cansá-lo.
Mesmo assim, as belas imagens do litoral da África do Sul, a trilha sonora marcante e os poemas belíssimos de Ingrid que permeiam algumas das sequências acabam fazendo com que valha a pena assistir ao longa.
Avaliação: **
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