O Gato do Rabino (Le Chat du Rabbin)
País: França
Ano: 2011
Gênero: Animação
Duração: 100 min
Direção: Joann Sfar
Elenco: François Morel, Maurice Bénichou e Hafsia
Herzi.
Sinopse: na
Argélia da década de 1920, o rabino Sfar (Maurice Bénichou) vive com sua filha
Zlabya (Hafsia Herzi), além de um papagaio tagarela e um gato sem nome
(François Morel), que devora o papagaio e começa a falar sem parar. Para não
ficar longe de sua amada dona, o gato decide se converter ao judaísmo, e passa
a compreender melhor os fundamentos da religião. Ao mesmo tempo, a chegada
inesperada de um judeu russo à cidade obriga o Rabino e seu amigo, um líder
islâmico (Fellag), a fazerem uma cruzada pela África, local marcado pelas mais
diversas crenças religiosas, raças e línguas. Vários novos amigos - e inimigos
- cruzam o caminho desta caravana.
Crítica: Joann Sfar estreou no cinema
em 2010, com o lançamento do longa 'Gainsbourg – O Homem que Amava as Mulheres'.
Em seu segundo filme, O Gato do Rabino (2011), o cineasta arriscou a sorte em
outro gênero: animação.
O desenho é bom levando-se em conta que discute multiculturalismo,
religião, etnias, ideologias e comportamento humano. Ou seja, como animação, há
um grande ganho pelo seu conteúdo. O erro está no fato de que tenta trazer para
a tela a mesma quantidade de eventos que temos nos quadrinhos. A falta de uma
unidade narrativa é evidente, sobretudo após a chegada do primo Malka dos
Leões, que pontua o início de uma série de atos (quase) desconexos e que parece
sobrar na história. Daí em diante, surgem personagens mal apresentados ao
telespectador e quadros incompletos, com um grande atropelo de acontecimentos.
Para explicar tudo, seriam necessários mais minutos de trama.
Algumas partes são muito boas, como o início e o
final. Difícil foi juntar todas elas, de forma que prendesse a atenção da
plateia. Mesmo assim, seu grande mérito é fazer críticas inteligentes aos
diferentes preconceitos e ao comportamento humano e, claro, ao seu gato protagonista,
cheio de graça e esperteza, e ainda bastante comunicativo.
Avaliação: ***
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