O Legado Bourne (The Bourne Legacy)
País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Ação
Duração: 135 min
Direção: Tony Gilroy
Elenco: Jeremy Renner, Rachel Weisz, Edward Norton, Stacy Keach, Oscar Isaac, Albert Finney, Joan Allen, David Strathairn e Scott Glenn.
Sinopse: Aaron Cross (Jeremy Renner) é agente secreto do governo que se envolve em um programa de lavagem cerebral muito mais perigoso do que aquele pelo qual passou Jason Bourne, desencadeando situações que saem do controle.
Crítica: a história do programa militar Bourne não é dessa geração, já vem de outros carnavais, escrita por Robert LudIum em 1980, foi adaptado para TV em 1988, mas o estrelato veio mesmo em 2002 junto com o galã Matt Damon.
O novo filme começa nas geleiras de Alberta (Canadá), com a preocupação de mostrar a força e resistência do pseudo-herói, que aparece nadando em meio as montanhas congeladas. As sequências em Alberta são muito longas, quase uma hora entre lutas contra lobos, escaladas, e um encontro inesperado com um sujeito que é puro suspense. Entre uma cena e outra, Aeron Cross (Jeremy Renner, o substituto de Bourne) toma medicamentos do programa militar composto de dois comprimidos.
A diferença desse herói para o outro interpretado por Damon, é que o atual sabe quem é e sua origem e busca curar-se do vício nos medicamentos. Jeremy Renner surpreende ao interpretar Cross e substituir o excelente Matt Damon; suas feições sérias e determinadas encaixaram-se perfeitamente na personagem.
O roteirista e diretor Tony Gilroy (mesmo de “O Advogado do Diabo” e “Armagedom”) revela que existem mais testes, em várias partes do planeta e insinua uma conspiração quanto ao uso de cobaias humanas como planos científicos e constantes do governo americano.
A referência que se faz aos tiroteios que tem acontecido nos Estados Unidos (terrorismo doméstico como denomina o FBI), na cena do cientista que atira e mata vários de seus colegas de trabalho, é uma crítica bastante atual e pertinente do autor. No entanto, surgem dúvidas: o que o teria feito cometer essa atrocidade? Ele foi exposto aos experimentos fabricados no laboratório ou teria sido sua própria cobaia usando alguma das substâncias que ele próprio manipulava? A resposta fica por conta do espectador.
A trama começa a ficar mais interessante e intrigante ao chocar a ciência com seu produto: o incansável Aeron Cross. A ciência é retratada com ingenuidade pela da Dr. Schering (Rachel Weisz), uma profissional de química especializada em genética, que trabalha sem saber a verdade por trás do programa militar. A partir de determinado momento a cientista, sem fatos e evidências, começa a ceder ao instinto e lutar por sua vida, ao lado de Aeron Cross.
A atuação de Rachel Weisz está ótima, sua expressão de medo, surtos, dúvidas e a ação na garupa da moto, ao ajudar Cross dando um pontapé em pleno movimento, no soldado chinês (outra cobaia humana), acabando de vez com o bandido, é nitidamente o clímax da projeção.
Além de um bom entretenimento, devido às cenas de moto nas Filipinas, que nos faz imaginar como foi produzido em meio ao caos daquela cidade, e às cenas clássicas como as perseguições em cima dos telhados, o longa responde perguntas que são feitas na trilogia anterior e levanta outros questionamentos: existe mesmo medicamentos que transformam humanos em superhumanos? O governo é capaz de utilizar pessoas como cobaias, ou pior, matar cruelmente caso algo saia do controle?
Avaliação: ***
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