domingo, 27 de dezembro de 2015

As Sufragistas (Suffragette)

País: Reino Unido
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 106 min
Direção: Sarah Gavron
Elenco: Carey Mulligan, Helena Bonham Carter, Meryl Streep, Anne-Marie Duff-McAvoy, Natalie Press, Romola Garai, Brendan Gleeson, Geoff Bell, Lorraine Stanley, Lisa Dillon e Ben Whishaw.

Sinopse: no início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não possuem o direito de voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos locais à causa. Maud Watts (Carey Mulligan), sem formação política, descobre o movimento e passa a cooperar com as novas feministas. Ela enfrenta grande pressão da polícia e dos familiares para voltar ao lar e se sujeitar à opressão masculina, mas decide que o combate pela igualdade de direitos merece alguns sacrifícios.

Crítica: uma história pouco conhecida por nós, a do movimento sufragista, tem uma superprodução nesse longa. A inspiração teria iniciado com a escritora inglesa Mary Wollstonecraft (1759-1797), que foi a grande pioneira da defesa do voto feminino, em livros e manifestos publicados a partir de 1792.
Elenco inquestionável, perfeita reconstituição da época (1912, auge da Revolução Industrial), retrato cruel das condições de trabalho das mulheres, sem nenhum direito. As sufragistas lutam, sobretudo, pelo direito de votar em eleições políticas, o que lhes abriria as portas para exigirem outros direitos.
A decepção do filme é que ele foca na personagem de Maud (bem interpretada por Carey Mulligan), quando na verdade a história de luta dessas mulheres mudou com o martírio/suicídio da feminista Emily Wilding Davison (Natalie Press), que ao se colocar à frente do cavalo do rei da Inglaterra, George V, e morrer pela causa, ganhou enfim a atenção da imprensa local e internacional para as reivindicações femininas. O fato ocorreu durante o Derby (ou Turfe) de Epsom (uma corrida de cavalos), em 14 de junho de 1913. O enterro de Emily causou uma grande comoção pública e levou seis mil mulheres a marcharem pelas ruas de Londres, a primeira grande passeata pelo voto feminino da história.
Meryl Streep (no papel de Emmeline Pankhurst (1858-1928)), infelizmente, apesar de estar no papel de líder do movimento e, consequentemente, perseguida pela polícia, aparece em apenas duas cenas.
A origem do movimento também não é retratada. Já na segunda metade do século XIX, os países mais desenvolvidos, como a Inglaterra, tinham uma elevada população feminina solteira, mudando a face do processo matrimonial. As várias guerras travadas pelas nações europeias, entre elas a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), obrigaram um número cada vez maior de mulheres substituindo a mão de obra masculina, visto que os homens partiam para os campos de batalha, sendo muitos feridos, mutilados ou mortos.
Esta participação feminina feita quase que compulsivamente às mudanças bruscas dos tempos, aguçou o sentindo de participação da mulher e a vontade de também poder opinar nas decisões civis e na escolha dos governantes. Diante da opressão da sociedade patriarcal, que negavam direitos básicos às mulheres, surgiram os primeiros movimentos feministas do século XIX. Com eles, surgiram as sufragistas.
Uma história tão honrosa merecia uma cobertura mais completa no cinema. Somente em 1918, foi estabelecido o voto feminino no Reino Unido. Até lá, as mulheres presenciaram muito sofrimento e prisões.  
Ao final do filme, os letreiros apontam os países e os respectivos anos em que o direito de voto foi concedido às mulheres. Por curiosidade, a Nova Zelândia foi o primeiro, em 1883. E na Arábia Saudita, esse direito ainda aguarda aprovação. Inacreditável!

Avaliação: ***

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Tudo Vai Ficar Bem (Everything Will Be Fine)

País: Alemanha/ Canadá/Noruega/França/Suécia
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 115 min
Direção: Wim Wenders
Elenco: James Franco, Charlotte Gainsbourg, Marie-Josée Croze, Rachel McAdams e Julia Sarah Stone.

Sinopse: certo dia o escritor Tomas (James Franco) briga com a sua namorada e decide dirigir sem rumo. Nervoso, perde o controle do carro, atropela e mata uma criança. Afetado pelo trágico acidente, ele não consegue mais ter uma vida tranquila.

Crítica: o filme acompanha o escritor Tomas por anos após o acidente que mata Nicholas, o irmão de Christopher. Vale ressaltar aqui a sutileza da cena, inteligente e não violenta. Paralelamente mostra-se a vida de Chris até a adolescência.
A superação do trauma é difícil para ambos, mas cada um a vence à sua maneira. Tomas muda-se para uma cidade maior, termina um relacionamento, começa outro e escreve 4 romances. Antes disso, visita Christopher e sua mãe.
Ao se tornar conhecido pela publicação de seus livros, acaba sendo encontrado por Christopher. O encontro é necessário para que um supere o passado e o outro, consiga seguir adiante.
A mensagem do filme é válida, mas talvez a forma escolhida por Wenders para chegar a esse desfecho não tenha sido a mais atrativa. A narrativa é um pouco lenta, os diálogos pouco impactantes e algumas atuações deixam a desejar.

Avaliação: **

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Olive Kitteridge

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Comédia dramática
Duração: 208 min
Direção: Jane Anderson
Elenco: Frances McDormand, Richard Jenkins, John Gallagher Jr., Zoe Kazan, Brady Corbet, Jesse Plemons, Rosemarie DeWitt, Cory Michael Smith e Bill Murray.

Sinopse: na cidade de Nova Inglaterra vive a professora de matemática do ensino médio Olive Kitteridge, que conta essa história. Doce, amargamente engraçada e um pouco trágica, ela conta a história da cidade, com os casos de crimes e tragédias. Ela narra suas relações com seu marido, Henry, um farmacêutico que possui um bom coração, com seu filho Christopher (John Gallagher Jr.) e com outros habitantes da cidade. Olive, apesar de seu comportamento severo, é uma mulher de um coração bom e perturbado.

Crítica: a história acompanha a vida de Olive (Frances McDormand), uma professora casada com Henry (Richard Jenkins), com quem tem um filho, Christopher (John Gallagher Jr., de The Newsroom), um podólogo que se sente tiranizado pela mãe. A família mora em uma pequena cidade do interior, onde Henry é proprietário de uma farmácia.
A minissérie, de quatro capítulos, se propõe a apresentar a forma como moradores de uma pequena comunidade interagem ao longo de 25 anos, com cenas de flashbacks e flashforwards. Casamentos, suicídios, depressão, situações cômicas e confusões dominam a vida dos moradores de Crosby, cidade do Maine.
Cada capítulo é uma página à parte na vida do casal, com acontecimentos marcantes e personagens novos, permanecendo apenas o casal como foco da trama.
A direção é magnífica na edição, nos diálogos, nas situações criadas. Frances McDormand e Richard Jenkins têm atuações impressionantes. Bill Murray surge, somente, ao final da minissérie em uma participação especial.
A cada capítulo finalizado, o espectador anseia pelo próximo. Choques de gerações, relacionamentos, desejos, preconceito, suicídio, morte, traumas, tudo se revela em verdades ditas e, às vezes, não ditas. A vida como ela é. Imperdível!!!

Avaliação: ****

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A História da Eternidade

País: Brasil
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Camilo Cavalcante
Elenco: Irandhir Santos, Débora Ingrid, Marcelia Cartaxo e Zezita Matos.

Sinopse: Alfonsina (Débora Ingrid) tem 15 anos e sonha conhecer o mar. Querência (Marcélia Cartaxo) está na faixa dos 40. Das Dores (Zezita Matos) já no fim da vida, recebe o neto após um passado turbulento. No sertão compartilham sobrenome e muitos sentimentos. Amam e desejam ardentemente.

Crítica: a inspiração para o filme veio de um curta que produzido em 2003, com o mesmo nome. Até agora, a experiência do diretor Camilo Cavalcante era com curtas e médias-metragens. 
"A história da Eternidade" pode ser definido como uma tempestade de emoções. O desenvolvimento da narrativa e a força emotiva são surpreendentes. A direção ousada retrata, com visão humana e, ao mesmo tempo, estética, a rotina de uma vila esquecida pelo mundo no nordeste brasileiro.
O filme é um exemplo claro, e nada comum, de trama emotiva que não é prejudicada pela arte; ao contrário, é enriquecida por ela. A fotografia é uma prova disso e dá um toque todo especial ao cenário. É uma beleza cinematográfica: a tomada perfeita, o ângulo incomum, a vida onde não costumamos ver.
A primeira cena mostra um cenário seco e quente que acompanha a passagem de um cortejo fúnebre de uma criança. Na sequência, somos apresentados a personagens clássicos do sertão: a menina que sonha em conhecer o mar, o pai durão, a senhora que cuida da vida de todos, o deficiente que é meio que repelido pela população, o artista e por aí vai.
As veteranas Marcelia Cartaxo e Zezita Matos, e a jovem Débora Ingrid são responsáveis por interpretar as três figuras centrais da trama. Cartaxo é Querência, a mãe da criança que acaba de ser enterrada, que convive com o luto e com o assédio do sanfoneiro cego do vilarejo. Matos vive Das Dores, a senhora mais velha do local, que recebe a inesperada visita do neto vindo de São Paulo. Por sua vez, Débora interpreta Alfonsina, uma garota de 15 anos que sonha em deixar o sertão e conhecer o mar. Ela cuida da casa, tendo que servir o pai e os irmãos. Ao mesmo tempo, conhece o mundo pelas histórias do tio Joãozinho (Irandhir Santos), um artista epilético que vive de favor com o irmão e que claramente não pertence àquele ambiente.
Irandhir Santos está longe de ser o protagonista do filme, mas sua atuação é marcante. Aprisionado àquele lugar, ele tenta através da arte fugir. Ele protagoniza uma das cenas mais belas vistas nos últimos anos no cinema nacional. Diferente de todas as pessoas no local, Joãozinho, de calça estampada e maquiagem, deixa a casa com uma vitrola. Então, coloca um disco para tocar, no que podemos ouvir "Fala" na voz de Ney Matogrosso, e dubla e interpreta a canção.
É um filme poético, sensível, forte, e de forma alguma, enfadonho. Revela como as pessoas parecem aprisionadas aos seus tabus, ao destino ou ao lugar em que vivem, e buscam libertar-se, viver.
Um belíssimo trabalho, de qualidade excepcional, raríssimo no cinema nacional.

Avaliação: ***

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Já Estou com Saudades (Miss You Already)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Catherine Hardwicke
Elenco: Drew Barrymore, Toni Collette e Dominic Cooper.

Sinopse: os opostos se atraem. Milly (Collette) tem tudo: uma carreira de sucesso, um marido devotado e dois filhos lindos. Sua melhor amiga Jess (Barrymore), por outro lado, trabalha numa horta comunitária, vive numa casa-barco com o namorado e deseja, desesperadamente, ter um bebê. Amigas desde a infância, Jess e Mille sempre dividiram segredos, roupas, até namorados; suas diferenças são o que as mantém juntas. Uma reviravolta do destino as unirá mais ainda, mas, enquanto Jess tenta equilibrar sua vida e ainda apoiar Milly, a pressão dessa amizade começa a se tornar difícil de suportar.

Crítica: “Já Estou Com Saudades” é um drama com tiradas cômicas sobre amizade, vida e morte, mas previsível e repleto de clichês.
O filme conta a história de Jess (Barrymore) e Milly (Collette). BFFs (melhores amigas pra sempre) desde pequenas, elas se conheceram quando a família de Jess se mudou de Oregon, Estados Unidos, para Londres, Inglaterra. Uma narração de Jess em flashback nos conta como elas cresceram, compartilhando momentos importantes, como a rebeldia da adolescência e a loucura da juventude, até a descoberta que Milly – já casada e com dois filhos – está com câncer de mama.
O filme se revela tipicamente feminino e exagera na exploração do melodrama: longo processo de tratamento de uma mulher que passa não só por quimioterapia, mas também por uma dupla mastectomia.
O exagero se revela também em cenas desnecessárias e diálogos forçados.
Ainda que Toni Collette consiga convencer como a detestável personagem egoísta, egocêntrica e que usa a doença para manipular e conseguir o que quer das pessoas, o filme não vale o ingresso. Não acrescenta nada de novo.

Avaliação: *

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domingo, 20 de dezembro de 2015

A Festa de Despedida (Mita Tova)

País: Israel/Alemanha
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 93 min
Direção: Sharon Maymon e Tal Granit
Elenco: Ze'ev Revach, Levana Finkelstein, Aliza Rosen, Ilan Dar, Raffi Tavor e Idit Teperson.

Sinopse: idosos moradores de um asilo em Jerusalém inventam uma máquina de eutanásia para ajudar os amigos em condições críticas. A criação é um sucesso e a fama do objeto logo se espalha, atraindo inúmeros interessados em utilizá-lo.

Crítica: entre o humor e o drama, os diretores abordam com muita sutileza um assunto de difícil trato: a eutanásia.
Um dos idosos que moram em um asilo costuma fabricar vários instrumentos e parafernálias para facilitar a vida até o dia em que decide criar algo mais sério e que pode ajudar o seu sogro: a máquina da auto-eutanásia, já que o paciente é quem aperta o botão quando realmente resolve que quer partir. Ou seria a máquina da vida, da libertação? Afinal, viver em um quarto, sempre com dores, aos cuidados de alguém, e sem nada mais poder fazer a não ser esperar não é o que podemos chamar de vida.
A trama se desenrola bem. Após a primeira pessoa “ajudada” pela máquina, outras virão. Então, finalmente chega a vez da esposa do inventor e a decisão torna-se mais cruel. Até que ponto o amor pode nos levar a uma decisão sem volta?
Os atores são excelentes e o texto, muito bom. Uma feliz abordagem sobre a velhice e tudo o que ela traz, sem mais nem menos.

Avaliação: ***

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sábado, 19 de dezembro de 2015

Eu Sou Ingrid Bergman (Jag är Ingrid)

País: Suécia
Ano: 2015
Gênero: Documentário
Duração: 114 min
Direção: Stig Björkman
Elenco: Ingrid Bergman, Alicia Vikander e Isabella Rossellini.

Sinopse: um documentário intimista sobre a vida de uma das mais premiadas atrizes da história do cinema, três vezes vencedora e oito vezes indicada ao Oscar, Ingrid Bergman. O filme apresenta um material inédito como entrevistas, cartas, diários e muitas imagens realizadas por Ingrid durante toda a sua vida, revelando aspectos de sua vida familiar e amorosa e suas relações com os filhos e companheiros. Uma homenagem a uma lenda, lançada no ano do centenário de seu nascimento.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Bestas de Nenhuma Nação (Beasts of No Nation)

País: EUA
Ano: 20145
Gênero: Drama, guerra
Duração: 126 min
Direção: Cary Fukunaga
Elenco: Abraham Attah, Idris Elba, Jude Akuwudike e Ama K. Abebrese.

Sinopse: em uma cidade africana, Agu (Abraham Attah) é uma criança, que atingida pela guerra, é transformada em soldado. Após a morte de seu pai por militantes, ele é obrigado a abandonar sua família para lutar na guerra civil da África do Sul, instruído pelo comandante Thor (Idris Elba) que o ensinará os caminhos de um conflito.

Crítica: o filme adaptado do romance homônimo do escritor norte-americano de origem nigeriana Uzodinma Iweala, tem uma excelente produção, realizada pela Netflix.
Feito para a TV, mas também tendo estreado em algumas salas de cinema, o longa conta com uma direção muito profissional e um ótimo elenco. O estreante Abraham Attah (de 14 anos, que aparenta ser ainda mais novo), como o protagonista da história, Agu, surpreende. E Idris Elba (Thor), como Comandante, em um personagem carismático, assustador e totalmente manipulador, também marca presença.
A guerra civil na Nigéria chega ao vilarejo de Agu, cuja população se encontra no meio da disputa entre governo e rebeldes. Depois que os habitantes de sua vila são caçados – e executados – pelo exército, o menino consegue fugir, mas é cooptado pela milícia de Elba, que o treina para ser um guerrilheiro. A partir daí, acompanhamos os horrores dos conflitos sob os olhos de Agu. Algumas cenas são difíceis de ver, tamanha a brutalidade e a violência.
Agu se brutaliza. É inevitável na dura realidade da qual passa a fazer parte. Ele precisa sobreviver (com a esperança de um dia voltar a ver a mãe e a irmã que conseguiram fugir antes das execuções; o pai e o irmão mais velho foram mortos) e agir como um ‘animal’ parece ser a única maneira.
Os rebeldes vão invadindo mais e mais vilarejos. O governo nigeriano fecha os olhos para as barbáries.
Ao final, a ONU consegue resgatar alguns desses meninos. Mas há futuro para eles? Ou já é tarde demais?
Um filme realmente necessário, com uma mensagem urgente.

Avaliação: ***

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1944

País: Finlândia
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Elmo Nüganen
Elenco: Marko Leht, Maiken Schmidt, Mait Malmsten e Rain Simmul.

Sinopse: o filme mostra os últimos anos da Segunda Guerra Mundial na Estônia, na fronteira que separa a Europa da Rússia. Soldados estonianos estão divididos, alguns lutando para o Exército Vermelho e outros ainda leais ao Exercito Alemão, na sangrenta Batalha de Tannenberg, considerada uma das mais brutais da frente oriental.

Crítica: o filme não tem uma superprodução, mas é eficiente ao retratar toda a inutilidade de uma guerra e o que ela faz às pessoas e suas vidas.
Quase ao final guerra, ocorre uma batalha onde estonianos são os protagonistas. Metade deles luta do lado alemão e outra metade, do lado russo. Mas, na verdade, lutam uma guerra que não é deles. Estonianos matam estonianos e qual a razão disso tudo? Inevitável não se perguntar. Tudo é ilusão e sem sentido.   
Os soldados agarram-se às lembranças da família e à oportunidade de algum futuro depois da guerra.
A trama foca-se em um rapaz que tem a chance de ser promovido no Exército, mas para isso terá que omitir algumas informações. O destino põe à sua frente a irmã de um soldado que ele matou e as dúvidas tornam-se maiores ainda.
Nessa história não há heróis, bandidos ou mocinhos. São todos vítimas de uma guerra de interesses. A tragédia os cerca e não há para onde ir.

Avaliação: **

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Alvin e os Esquilos: Na Estrada (Alvin And The Chipmunks: Road Chip)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Aventura
Duração: 93 min
Direção: Walt Becker
Elenco: vozes de Jason Lee, Kimberly Williams-Paisley e Justin Long.

Sinopse: Dave (Jason Lee) está prestes a se casar com Samantha (KImberly Williams-Paisley), por mais que o filho dela não se dê muito bem com Alvin, Simon e Theodore. Eles decidem realizar o matrimônio em Miami, onde ficarão para a lua de mel, mas os pequenos esquilos não são convidados para a festa. É claro que o trio não ficará satisfeito e, por conta própria, resolve viajar até a cidade.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Quarto de Guerra (War Room)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Alex Kendrick
Elenco: Priscilla Evans Shirer, T.C. Stallings e Karen Abercrombie.

Sinopse: Elizabeth (Priscilla Evans Shirer) e Tony (T.C. Stallings) formam um casal em crise de relacionamento. A filha pequena percebe que ambos estão à beira do divórcio, mas eles não conseguem chegar a um acordo. Um dia, Elizabeth conhece uma mulher idosa que lhe apresenta o poder da oração e, a partir deste momento, a jovem mãe decide depositar a sua fé nas preces divinas.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Olhos da Justiça (Secret In Their Eyes)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 114 min
Direção: Billy Ray
Elenco: Julia Roberts, Nicole Kidman, Chiwetel Ejiofor e Dean Norris.

Sinopse: a vida dos investigadores do FBI Ray (Chiwetel Ejiofor) e Jess (Julia Roberts) e da procuradora Claire (Nicole Kidman) é severamente abalada pelo assassinato da filha adolescente de Jess. Treze anos após o crime, Ray continua buscando pistas e finalmente parece ter encontrado um caminho para solucionar o caso. A verdade é chocante e os limites entre justiça e vingança tornam-se imperceptíveis.

Crítica: o longa é um remake de “O Segredo dos Seus Olhos” (Oscar de melhor filme estrangeiro de 2010 e vencedor do Prêmio Goya de melhor filme do ano).
Fazer remake já não é uma tarefa fácil. E mais difícil ainda quando se trata de uma obra argentina. O país, há anos, mostra que faz um cinema de qualidade.
A história idêntica e contada em flashbacks, mas apenas adaptada para a mãe que perde a filha (no original, o namorado perde a namorada) é morna. Os diálogos são pouco convincentes, as atuações (com exceção da de Julia Roberts no papel de Jess) não têm nada de excepcional e as pistas decifradas para se chegar ao criminoso são fracas. Além disso, tentou-se inserir um romance forçado entre o advogado (Chiwetel Ejiofor) e a promotora (Nicole Kidman); uma história paralela que em nada contribuiu para a trama.
Com um final conhecido por quem assistiu ao filme argentino, era de se esperar que, ao menos, produção e direção fizessem o dever de casa. A mensagem da história é clara: nem sempre a justiça é justa.

Avaliação: **

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Dois Amigos (Les Deus Amis)

País: França
Ano: 2015
Gênero: Comédia romântica
Duração: 100 min
Direção: Louis Garrel
Elenco: Golshifteh Farahani, Vincent Macaigne e Louis Garrel.

Sinopse: Mona, uma prisioneira de seu trabalho, conhece Clément, um tímido ator. Desesperado para impressionar Mona, Clément pede ajuda a seu e extrovertido amigo, Abel e tudo desanda quando Mona se interessa por Abel e se inicia um conflito entre os dois amigos. Enquanto isso, Mona tenta manter seu passado escondido.

Crítica: é o primeiro longa-metragem de Loius Garrel, filho do cineasta Philippe Garrel. A história não empolga. Focada em dois amigos, sendo que ambos se apaixonam por Mona (com um passado a esconder), falta conteúdo e graça (essa ainda que tentada).
Não tem o charme dos filmes franceses nem as atuações magníficas. Nem mesmo a amizade entre os dois amigos, que a princípio estaria acima de tudo, parece natural. A simplicidade da trama poderia ter sido melhor aproveitada.
O final condiz com a realidade. Mas até chegar a ele, é tempo demais para pouca coisa.

Avaliação: *

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Vício Inerente (Inherent Vice)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Comédia dramática
Duração: 159 min
Direção: Paul Thomas Anderson
Elenco: Joaquin Phoenix, Josh Brolin, Owen Wilson e Katherine Waterston. 
                                     
Sinopse: conta a história de um detetive particular (Larry "Doc" Sportello) que investiga o sequestro de um bilionário latifundiário. Adaptação de livro homônimo de Thomas Pynchon.

Crítica: Joaquin Phoenix é um ator de peso e costuma atrair muita gente ao cinema. Em “Vício Inerente”, ele está sublime mais uma vez, porém o que decepciona é a história, baseada no livro homônimo de Thomas Pycnchon.
O começo é interessante (e engraçado) e cria um bom clima de suspense policial, no entanto o diretor (que dirigiu os ótimos “Magnólia” e “Sangue Negro”) perde-se em meio a tantos personagens e seu mundo de drogas.
No final, nem entendemos porque se criou uma situação que se resolveu por si só. E são muitas voltas para se chegar a um lugar, quando tudo poderia ser mais reto.
Os diálogos são inusitados e “escrachados”, mas como tudo é demais acaba por cansar.
Desperdiçou-se um ótimo talento e um filme que poderia ter inovado, de fato. 

Avaliação: **

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Oração do Amor Selvagem

País: Brasil
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Chico Faganello
Elenco: Chico Diaz, Sandra Corveloni e Ivo Müller.

Sinopse: Thiago (Chico Diaz) é um homem de 40 anos que mora com a filha Clara (Camilla Araújo) na fazenda do velho Otaviano, um homem enigmático e devoto de forças ocultas. Quando ele resolve se mudar, a fim de proteger a pequena Clara e lhe dar uma condição melhor de vida, os dois vão para uma vila calma e muito religiosa, comandada pelo pastor Kurtz (Ivo Müller). Ele logo é obrigado a seguir as regras do local, que incluem frequentar as reuniões espirituais. Só que Thiago deseja viver em paz com sua consciência e não pretende seguir nenhuma regra divina, imposta pelos homens, e assim é visto com desgosto por Kurtz. A situação piora quando ele se apaixona por Miranda, que é irmã do pastor.

Crítica: “Nenhum Deus pode impedir a felicidade de um homem”. É sobre esse foco que o filme se desdobra e não poderia ser mais atual, tendo em vista o fanatismo religioso usado como desculpa para atos terroristas e covardes em várias partes do mundo.
Os relatos reais de uma comunidade do interior de Santa Catarina apresentam Thiago (Chico Diaz), um homem que vive com sua mulher e a sua filha Clara (Camilla Araújo), na fazenda de um homem conhecido por ser devoto de forças ocultas. Após a morte de sua mulher, ele resolve se mudar com a sua filha para uma vila mais calma, no entanto logo descobre que a comunidade é regida pelas leis espirituais do pastor Kurtz (Ivo Müller). É então, que ele se senti pressionado a seguir as regras locais, mas Thiago prefere agir de forma independente e viver em paz, sem regras impostas pelos homens em nome de Deus, por ser contrário, acaba sendo menosprezado pela comunidade, tudo se torna ainda mais complicado para ele, quando se apaixona pela irmã do pastor Kurtz.
O roteiro, com muito suspense e uma trilha sonora forte, foi desenvolvido por meio dos relatos reais dessa comunidade, que testemunhou a forte história de Thiago no final dos anos 70. O formato dá a narrativa um aspecto de filme de suspense ou podemos dizer de terror sufocante.
A trama traz uma boa discussão. A atuação de Chico Diaz é convincente.

Avaliação: **

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Para o Outro Lado (Kishibe no Tabi)

País: Japão
Ano: 2014
Gênero: Romance
Duração: 127 min
Direção: Kiyoshi Kurosawa
Elenco: Eri Fukatsu, Tadanobu Asano e Yû Aoi

Sinopse: Depois de três anos separados, Yusuke volta, de repente, para a sua esposa Mizuki e a convida para conhecer as pessoas com quem ele conviveu durante estes anos. Ao mesmo tempo em que Mizuki interage com os novos amigos, ela questiona a visão que tem do marido e a mudança que sofreu enquanto ele estava ausente.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força (Star Wars: Episode VII – The Force Awakens)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Ação
Duração: 135 min
Direção:
Elenco: Harrison Ford, Mark Hamill, Carrie Fisher, Peter Mayhew, Anthony Daniels, Kenny Baker, Andy Serkis e Lupita Nyong'o.

Sinopse: No sexto capítulo da franquia, Star Wars: Episódio VI – O Retorno de Jedi (1983), Luke Skywalker (Mark Hamill) consegue fazer com que Darth Vader encontre o seu lado bom e elimine o Imperador Palpatine na segunda Estrela da Morte. Trinta anos se passam e Luke volta a unir forças com Princesa Leia (Carrie Fisher), Han Solo (Harrison Ford), Chewbacca (Peter Mayhew) e os robôs C-3PO (Anthony Daniels) e R2-D2 (Kenny Baker) para uma nova aventura espacial na disputa pela Força.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Até que a Casa Caia

País: Brasil
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 75 min
Direção: Mauro Giuntini
Elenco: Marat Descartes, Virginia Cavendish, Emanuel Lavor e Marisol Ribeiro.

Sinopse: Ciça (Virgínia Cavendish) e Rodrigo (Marat Descartes) são um casal e têm um filho chamado Matheus (Emanuel Lavor). Os dois estão divorciados, mas vivem com o filho sob o mesmo teto, como uma família convencional. Sem afirmar a dependência emocional, o arranjo é identificado por motivos financeiros e pela criação do filho. Apesar de o filho odiar a situação, existe um equilíbrio, porém, ele é rompido quando Leila (Marisol Ribeiro), a namorada de Rodrigo, vai morar com eles.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Across the Universe

País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Musical
Duração: 133 min
Direção: Julie Taymor
Elenco: Jim Sturgess, Evan Rachel Wood e Joe Anderson.

Sinopse: o filme começa em Liverpool, de onde o inglês Jude (Jim Sturgess) decide partir para os Estados Unidos em busca de seu pai. Lá ele conhece Max, um estudante rebelde. Torna-se seu amigo e se apaixona pela irmã de Max, Lucy (Evan Rachel Wood). Esta por sua vez, acaba se envolvendo com emergentes movimentos de contracultura, da psicodelia aos protestos contra a Guerra do Vietnã. Em meio às turbulências da época, Jude e Lucy vão passar por situações que colocam sua paixão em choque.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O Clã (El Clan)

País: Argentina/Espanha
Ano: 2015
Gênero: Suspense
Duração: 108 min
Direção: Pablo Trapero
Elenco: Guillermo Francella, Peter Lanzani, Lili Popovich, Giselle Motta, Franco Masini, Antonia Bengoechea, Gastón Cocchiarale e Stefanía Koessi.

Sinopse: baseado na história de uma das gangues mais conhecidas da Argentina, os Puccio, o filme narra sobre essa família que ficou conhecida na década de 1980 por sequestrar e matar várias pessoas. O clã estava composto pelo pai da família, Arquímesdes, seus dois filhos, Daniel e Alejandro, o militar aposentado Rodolfo Franco e mais dois amigos, Roberto Oscar Díaz e Guillermo Fernández Laborde.

Crítica: a direção de Pablo Trapero e a produção de Pedro Almodóvar foi uma parceria acertada.
O filme, além de necessário ao cinema pelo seu poder de denúncia, não deixa nada a dever às obras hollywoodianos. Tem atores de alto gabarito, uma edição e uma montagem que prende a atenção do espectador ao que está por vir, uma trilha sonora eletrizante e uma história verídica e contada com perfeição.
Violência, mortes a sangue frio, mentiras, manipulação, farsas, hipocrisia, tudo está escondido em uma casinha simples de uma família aparentemente normal.
O final traz suas surpresas e um letreiro completa as informações sobre cada membro da família após a grande descoberta.
Uma crítica ferrenha à classe política omissa (quando lhe convém) e à ditadura militar e suas consequências.

Avaliação: ****

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Partisan

País: Austrália
Ano: 2015
Gênero: Drama, suspense
Duração: 98 min
Direção: Ariel Kleiman
Elenco: Vincent Cassel, Jeremy Chabriel e Florence Mezzara.

Sinopse: a primeira vista, Alexander (Jeremy Chabriel) é uma criança brincalhona e curiosa, mas também é um assassino treinado. Ele cresceu em um local escondido, vendo o mundo através do que seu pai, Gregori (Vincent Cassel), o proporcionava. À medida que Alexander começa a pensar por si só, medos aterrorizantes tomam forma e o mundo bucólico de Gregori se quebra.

Crítica: até então, Ariel Kleiman tinha em seu currículo apenas vídeos e um curta-metragem. E é surpreendente o seu trabalho nesse primeiro longa-metragem: uma trama interessante, com uma boa dose de suspense e uma narrativa inteligente.
Aos poucos, vamos conhecendo Gregori (Vincent Cassel em uma atuação marcante), um homem que cria uma comunidade excluída da civilização, em que recruta mulheres solteiras com filhos para criar um mundo quase faz de conta, onde ele dita as regras (uma delas é não trazer, nem pegar nada que seja de fora) que, se seguidas, farão eles viverem longe da crueldade e injustiça do mundo exterior. Enquanto isso, Gregori cria as crianças para se tornarem assassinos “justiceiros”. Uma delas, Alexander (Jeremy Chabriel, com 11 anos no início da trama), com o passar do tempo começa a questionar os seus mandamentos, sobretudo após um fato ocorrido com Leo, um menino que desafiou as regras da comunidade.
A direção é muito sábia em não entregar as respostas aos mistérios rapidamente. Ficamos presos à tensão e tentando entender o que de fato ocorre ali, quais as razões de se criar um mundo à parte, qual a verdadeira função das mães e filhos e por que elas aceitam todas as regras sem questionar. Gregori recebe ajuda em dinheiro de alguém de fora (que não é esclarecido no filme quem é). Aliás, o diretor deixa muitas coisas soltas no ar para que o espectador interprete ou deduza. 
O cenário (filmado em alguma parte da Austrália) é bem decadente, prédios em ruínas, semelhante a um pós-guerra.
Há uma cena em que Alexander (vale destacar a atuação competente de Chabriel) canta "The Hardest Thing to Do" no karaokê, música exclusivamente feita para o filme, composta pela banda Metronomy e a artista Robyn. É um dos momentos de interação e entretenimento criado por Gregori para seu mundo. Ali também ele dá aulas, faz experimentos, reuniões, festinhas. É mesmo uma vida comunitária, ainda que surreal.
O final é surpreendente.

Avaliação: ****

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Pegando Fogo (Burnt)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 101 min
Direção: John Wells
Elenco: Bradley Cooper, Sienna Miller, Daniel Brühl, Omar Sy, Riccardo Scamarcio e Emma Thompson.

Sinopse: o chefe de cozinha Adam Jones (Bradley Cooper) já foi um dos mais respeitados em Paris, mas deixa a fama subir à cabeça. Por causa do comportamento arrogante e do envolvimento com drogas, destrói a sua carreira. Ele se muda para Londres, onde adquire um novo restaurante e decide recomeçar sua trajetória do zero, na intenção de conquistar a cobiçada terceira estrela do guia Michelin. No caminho, conhece a bela Helene (Sienna Miller), por quem se apaixona.

Crítica: na trama, o chef Adam Jones (Cooper) é um cara que tinha tudo na vida – e perdeu. Possuía duas estrelas Michelin (maior prêmio para um chef de restaurante), mas nenhum juízo ou responsabilidade. Tudo era em excesso: drogas, álcool, sexo. Além isso, jogou sujo com um colega de trabalho.
Como punição, afasta-se de todos, se submete a um emprego sem qualquer reconhecimento ou glamour até que decide estar pronto para retornar e dar a volta por cima.
A redenção não será fácil. Traficantes pedem dinheiro. Ex-colegas não confiam nele. Sombras do passado por toda parte. Exames de sangue semanais para saber se, de fato, está “limpo‘’. E algo que ele terá que melhorar nele mesmo: acreditar mais nas pessoas e perder um pouco da arrogância. No intuito de abrir seu restaurante e conseguir sua terceira Michellin, Jones vai precisar dos melhores ao seu lado e, portanto, se dará uma chance.
Ao contrário de alguns filmes anteriores sobre gastronomia, “Pegando Fogo” é mais sério e dramático. As situações e os ótimos diálogos dão espaço para reflexão da personalidade do protagonista e do cenário no qual ele está inserido para outras situações do cotidiano do espectador. A necessidade de superar o passado, se perdoar, recomeçar, não saber lidar com o fracasso, autoaprovação, medo, são sentimentos em humanos e vividos por todos.
Parte do sucesso da trama deve-se à excelente atuação de Bradley Cooper, que realmente se entregou ao papel. Mas todo o elenco está ótimo (Daniel Brühl está magnífico como um contido gay, dono de restaurante e apaixonado por Adam). Aliás, os atores foram treinados com chefes de verdade e todos os figurantes que participaram da cozinha atuam ou atuaram no ramo da gastronomia. A consultoria para as filmagens ficou por responsabilidade do inglês Marcus Wareing, chef que já conquistou 2 estrelas Michelin.
Todo esse cuidado de detalhes deu um aspecto muito autêntico ao filme. Além da história se passar em Londres, capital mundial dos restaurantes finos, as cenas aconteceram nos melhores restaurantes e cozinhas, como o de Michel Roux no Langham Hotel e o Delaunay, de Corbijn King. A comida (belíssimos pratos) foi preparada em sua fase correta; o calor era alto todos os dias, em torno de 40 graus; e a correria, a pressão, o suor, os cortes e as queimaduras que são mostradas nas sequências são reais.
Um filme bom para os olhos e para o coração. Inteligente e comovente na medida certa. 

Avaliação: **** 

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À Beira-Mar (By the Sea)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 132 min
Direção: Angelina Jolie
Elenco: Angelina Jolie Pitt, Brad Pitt, Mélanie Laurent, Melvil Poupaud, Niels Arestrup e Richard Bohringer

Sinopse: Vanessa (Angelina Jolie), uma ex-bailarina e Roland (Brad Pitt), um escritor, vivem uma crise no casamento. Em viagem pelo interior da França se hospedam em um resort litorâneo e, após trocas de experiências com moradores do vilarejo e os turistas recém-casados Lea (Melanie Laurent) e François (Melvil Poupaud), tentam se acertar.

Crítica: as estrelas são de Hollywood, contudo a história não. Com um ritmo mais lento, cenas contemplativas e palavras não ditas, a trama lembra o estilo europeu de fazer cinema.
O casal em crise (cujo motivo só é revelado quase ao final do filme), vivido por Angelina Jolie e Brad Pitt (este numa atuação realmente convincente), procura um lugar perdido na França para se afastar de todos. Lá, cada um busca à sua maneira superar o passado ou as marcas que ele deixou. Roland (Pitt) é um escritor fracassado e Vanessa (uma ex-bailarina e, hoje, dona de casa), uma pessoa amarga e sem motivação alguma.
Só a chegada de outro casal, recém-casado, é que despertará o interesse de Vanessa. Suas reais intenções serão reveladas, aos poucos, e o mistério começará a ser desfeito.
Os diálogos entre Roland e Michel (Niels Arestrup) são ótimos e repletos de ensinamentos sobre a vida a dois. As insatisfações permeiam os personagens e somos levados a refletir sobre as nossas também. Por que somos tão instáveis? Às vezes, tão infelizes? Sempre insatisfeitos?       
Mas a trama decepciona ao revelar um passado que não justifica tanto drama ou mistério. Mesmo assim, é uma boa tentativa de Jolie na direção. E o cenário é deslumbrante – uma acertada escolha.

Avaliação: ***

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Retratos da Vida (Les Uns et Les Autres)

País: França
Ano: 1981
Gênero: Drama
Duração: 184 min
Direção: Claude Lelouch
Elenco: Daniel Olbrychsky, Evelyne Bouix, Fanny Ardant, Francis Huster, Geraldine Chaplin, Jacques Villeret, James Caan, Jean-Claude Bouttier, Jean-Claude Brially, Jorge Donn, Macha Meril, Nicole Garcia, Paul Préboist, Richard Bohringer e Sharon Stone.

Sinopse: um dos filmes mais famosos do francês Claude Lelouch. Com dança, música e guerra, ele fez um grande painel que começa em 1936 e vai até os anos 80. Lelouch mostra os caminhos cruzados de quatro famílias e em quatro cantos do mundo - Moscou, Paris, Berlim e Nova York. De alguma forma, as quatro famílias têm os seus caminhos ligados à Segunda Guerra. Ao final, uma cena mnarcante culina com um ballet ao som do Bolero de Ravel.

Crítica: um cult e uma obra-prima de Lelouch, que realmente estava inspirado ao fazer esse filme, embalado pelo Bolero de Ravel e outras belas canções. Ao longo de três gerações, as vidas de diferentes famílias na Rússia, França, Alemanha e Estados Unidos, todas ligadas pela música, são afetadas e marcadas pela Segunda Guerra Mundial.
Na Rússia, a bailarina do Bolshoi Tatiana Itovitch perde seu marido, o músico Boris Itovitch, no front russo. Ela cria sozinha o filho deles, o bailarino profissional Sergei, que foge da União Soviética e vem a ter uma filha, a também bailarina Tania.
Na França, a violinista judia Anne Meyer se casa com o pianista Simon Meyer e ambos são enviados para um campo de concentração, onde Simon morre. Na viagem de trem para o campo, Simon deixa o bebê na linha do trem e ele é criado por um padre. Torna-se o advogado Robert Prat, que tem um filho cantor profissional.
Também na França, no pós-guerra de Paris, a cantora Evelyne é acusada de ter dormido com o inimigo (alemão) e se muda para Dijon, onde ela tem uma filha, Edith. Na Alemanha, o pianista e maestro Karl Kremer deixa sua esposa Magda Kremer e seu filho para lutar na guerra.
Nos Estados Unidos, o famoso cantor pop Jack Glenn deixa sua esposa Suzan Glenn (Geraldine Chaplin) para entrar no exército e entreter as tropas em Londres. O filho deles, Jason Glenn que é gay, e sua filha, a cantora Sara Glenn, se tornam pessoas importantes do show business. Suas vidas são cruzadas em uma apresentação da Cruz vermelha do Bolero de Ravel em Paris.
A direção, a história, os personagens, as locações, tudo funciona em sintonia nessa dramática história associada à música.

Avaliação: ***

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