quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Pegando Fogo (Burnt)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 101 min
Direção: John Wells
Elenco: Bradley Cooper, Sienna Miller, Daniel Brühl, Omar Sy, Riccardo Scamarcio e Emma Thompson.

Sinopse: o chefe de cozinha Adam Jones (Bradley Cooper) já foi um dos mais respeitados em Paris, mas deixa a fama subir à cabeça. Por causa do comportamento arrogante e do envolvimento com drogas, destrói a sua carreira. Ele se muda para Londres, onde adquire um novo restaurante e decide recomeçar sua trajetória do zero, na intenção de conquistar a cobiçada terceira estrela do guia Michelin. No caminho, conhece a bela Helene (Sienna Miller), por quem se apaixona.

Crítica: na trama, o chef Adam Jones (Cooper) é um cara que tinha tudo na vida – e perdeu. Possuía duas estrelas Michelin (maior prêmio para um chef de restaurante), mas nenhum juízo ou responsabilidade. Tudo era em excesso: drogas, álcool, sexo. Além isso, jogou sujo com um colega de trabalho.
Como punição, afasta-se de todos, se submete a um emprego sem qualquer reconhecimento ou glamour até que decide estar pronto para retornar e dar a volta por cima.
A redenção não será fácil. Traficantes pedem dinheiro. Ex-colegas não confiam nele. Sombras do passado por toda parte. Exames de sangue semanais para saber se, de fato, está “limpo‘’. E algo que ele terá que melhorar nele mesmo: acreditar mais nas pessoas e perder um pouco da arrogância. No intuito de abrir seu restaurante e conseguir sua terceira Michellin, Jones vai precisar dos melhores ao seu lado e, portanto, se dará uma chance.
Ao contrário de alguns filmes anteriores sobre gastronomia, “Pegando Fogo” é mais sério e dramático. As situações e os ótimos diálogos dão espaço para reflexão da personalidade do protagonista e do cenário no qual ele está inserido para outras situações do cotidiano do espectador. A necessidade de superar o passado, se perdoar, recomeçar, não saber lidar com o fracasso, autoaprovação, medo, são sentimentos em humanos e vividos por todos.
Parte do sucesso da trama deve-se à excelente atuação de Bradley Cooper, que realmente se entregou ao papel. Mas todo o elenco está ótimo (Daniel Brühl está magnífico como um contido gay, dono de restaurante e apaixonado por Adam). Aliás, os atores foram treinados com chefes de verdade e todos os figurantes que participaram da cozinha atuam ou atuaram no ramo da gastronomia. A consultoria para as filmagens ficou por responsabilidade do inglês Marcus Wareing, chef que já conquistou 2 estrelas Michelin.
Todo esse cuidado de detalhes deu um aspecto muito autêntico ao filme. Além da história se passar em Londres, capital mundial dos restaurantes finos, as cenas aconteceram nos melhores restaurantes e cozinhas, como o de Michel Roux no Langham Hotel e o Delaunay, de Corbijn King. A comida (belíssimos pratos) foi preparada em sua fase correta; o calor era alto todos os dias, em torno de 40 graus; e a correria, a pressão, o suor, os cortes e as queimaduras que são mostradas nas sequências são reais.
Um filme bom para os olhos e para o coração. Inteligente e comovente na medida certa. 

Avaliação: **** 

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