quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Partisan

País: Austrália
Ano: 2015
Gênero: Drama, suspense
Duração: 98 min
Direção: Ariel Kleiman
Elenco: Vincent Cassel, Jeremy Chabriel e Florence Mezzara.

Sinopse: a primeira vista, Alexander (Jeremy Chabriel) é uma criança brincalhona e curiosa, mas também é um assassino treinado. Ele cresceu em um local escondido, vendo o mundo através do que seu pai, Gregori (Vincent Cassel), o proporcionava. À medida que Alexander começa a pensar por si só, medos aterrorizantes tomam forma e o mundo bucólico de Gregori se quebra.

Crítica: até então, Ariel Kleiman tinha em seu currículo apenas vídeos e um curta-metragem. E é surpreendente o seu trabalho nesse primeiro longa-metragem: uma trama interessante, com uma boa dose de suspense e uma narrativa inteligente.
Aos poucos, vamos conhecendo Gregori (Vincent Cassel em uma atuação marcante), um homem que cria uma comunidade excluída da civilização, em que recruta mulheres solteiras com filhos para criar um mundo quase faz de conta, onde ele dita as regras (uma delas é não trazer, nem pegar nada que seja de fora) que, se seguidas, farão eles viverem longe da crueldade e injustiça do mundo exterior. Enquanto isso, Gregori cria as crianças para se tornarem assassinos “justiceiros”. Uma delas, Alexander (Jeremy Chabriel, com 11 anos no início da trama), com o passar do tempo começa a questionar os seus mandamentos, sobretudo após um fato ocorrido com Leo, um menino que desafiou as regras da comunidade.
A direção é muito sábia em não entregar as respostas aos mistérios rapidamente. Ficamos presos à tensão e tentando entender o que de fato ocorre ali, quais as razões de se criar um mundo à parte, qual a verdadeira função das mães e filhos e por que elas aceitam todas as regras sem questionar. Gregori recebe ajuda em dinheiro de alguém de fora (que não é esclarecido no filme quem é). Aliás, o diretor deixa muitas coisas soltas no ar para que o espectador interprete ou deduza. 
O cenário (filmado em alguma parte da Austrália) é bem decadente, prédios em ruínas, semelhante a um pós-guerra.
Há uma cena em que Alexander (vale destacar a atuação competente de Chabriel) canta "The Hardest Thing to Do" no karaokê, música exclusivamente feita para o filme, composta pela banda Metronomy e a artista Robyn. É um dos momentos de interação e entretenimento criado por Gregori para seu mundo. Ali também ele dá aulas, faz experimentos, reuniões, festinhas. É mesmo uma vida comunitária, ainda que surreal.
O final é surpreendente.

Avaliação: ****

0 comentários:

Bilheterias Brasil - TOP 10

Seguidores

  © Blogger templates Newspaper III by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP