Ixcanul
País: Guatemala
Ano:
2014
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Jayro
Bustamante
Elenco: -
Sinopse: Maria, uma menina maia de 17 anos, vive em um
isolado vilarejo guatemalteco nas costas de um vulcão ativo. Um casamento
arranjado a aguarda. Embora sonhe em conhecer a cidade, seu status de indígena
não permite que ela vá a esse “mundo moderno”. Até que Maria engravida e uma
complicação faz com que a garota seja salva justamente por esse mundo moderno.
Mas a que preço?
Crítica: não é todo dia que se assiste a um filme
guatemalteco. Vencedor do prêmio Alfred Bauer no Festival de Berlim, a trama
tem uma bela história, uma narrativa dinâmica, um elenco competente (sobretudo
a mãe de Maria) e, o principal, uma mensagem bastante eficiente.
Apesar de Maria ser a
protagonista (e está muito bem no seu papel), a mãe rouba a cena. Ela é o
sustentáculo da família, a mãe valente, trabalhadora, otimista, amável e
disposta a tudo para ver a filha feliz.
Importante ressaltar que
mesmo no mundo pequeno em que vive essa família (sequer falam espanhol, mas
apenas a língua indígena local), o amor superará a falta de conhecimento.
A rotina e os costumes e
tradições são de uma vida muito simplória, de extrema pobreza. Trabalham tão
somente para sobreviver, não tendo sequer uma residência fixa, e são totalmente
explorados por latifundiários.
A promessa de um casamento
arranjado não agrada Maria, que sonha com um mundo fora dali. Essa esperança é
depositada em outro homem, porém as coisas não saem como ela esperava.
A partir de então, vemos
sua mãe devotada buscando uma solução e revelando ao marido a situação da
filha, agora grávida.
Entre as crenças
espirituais e a medicina do mundo moderno, terão que tomar uma decisão para
salvar a filha da morte. Essa é uma das cenas mais fortes da película. No
entanto, o destino de Maria parece não ter salvação apesar de seus anseios e
tentativas.
Avaliação: ****