Capitão Fantástico (Captain Fantastic)
País: EUA
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 118
min
Direção: Matt
Ross
Elenco: Viggo
Mortensen, Frank Langella, George Mackay e Samantha Isler.
Sinopse: Ben (Viggo Mortensen) é o pai de seis crianças
pequenas, que decide fugir da civilização e criar os filhos nas florestas
selvagens do Pacífico Norte. Ele passa os seus dias dando lições às crianças,
ensinando-os a praticar esportes e a combater inimigos. Um dia, no entanto, Ben
é forçado a deixar o local e retornar à vida na cidade. Começa o aprendizado do
pai, que deve se acostumar à vida moderna.
Crítica: o drama, exibido no Festival de Cannes, merece
ser aplaudido de pé. A discussão que levanta sobre educação, modos de vida, valores,
sobre o que é certo ou não, adequado ou não, é incrivelmente equilibrado. E é
isso que está em jogo: o equilíbrio, o meio termo, saber quando se deve ceder
ou não.
A história de Ben com seus
seis filhos é impressionante. O estilo de vida optado vai contra tudo o que
definimos ser o correto – simplesmente porque estamos acostumados ao que a
sociedade e aos outros considerados “normais” ditam como coerente: morar numa
casa, filhos na escola, carro para se locomover, alimentação comprada no
mercado, roupas caras, entretenimento comandado pela tecnologia.
Ben tem uma família feliz,
em sua casa/ônibus ambulante, morando em vários locais. Tal felicidade é
abalada pela doença e morte da esposa. A sua vida tranquila é ameaçada pelo
sogro que não concorda com a vida errante que o genro leva e, sobretudo, quando
isso envolve as crianças.
No período dessa pequena
convivência na cidade, para enterrar o corpo da esposa (e aí surge outro
problema, pois o desejo dela era ser cremada e não sepultada em um cemitério),
um dos filhos se aproxima do avô e decide ficar.
Ben não consegue aceitar tal
decisão e algo inesperado acontece na tentativa de levar o filho de volta a
qualquer preço. Surgem, então, dúvidas e questionamentos sobre tudo o que ele
acreditava até então. Viver longe dos filhos parece inaceitável.
Os debates sobre dinheiro, sustento,
saúde, ensino, são muito calorosos. O mérito do longa é conseguir fazer com que
nós também nos questionemos sobre qual é o melhor jeito de viver e sobre como
devemos agir quando os filhos fazem suas escolhas.
Um aprendizado, de fato. E
um final surpreendente!
Avaliação: ****
0 comentários:
Postar um comentário