segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O Homem que Viu o Infinito (The Man Who Knew Infinity)

País: Reino Unido
Ano: 2016
Gênero: Biografia
Duração: 109 min
Direção: Matt Brown
Elenco: Dev Patel, Jeremy Irons, Toby Jones e Stephen Fry.

Sinopse: uma verdadeira história de amizade que mudou a matemática para sempre. Em 1913, Ramanujan (Dev Patel), um gênio da matemática autodidata da Índia viaja para a o Colégio Trinity, na Universidade de Cambridge, onde ele se aproxima do seu mentor, o excêntrico professor GH Hardy (Jereymy Irons), e luta para mostrar ao mundo o brilhantismo de sua mente.

Crítica: uma biografia correta de Srinivasa Ramanujan, personalidade pouco conhecida para quem não estuda matemática (e esta é uma das tarefas do cinema: a revelação). O indiano pobre, sem estudos, foi responsável por revoluções na matemática abstrata, fazendo avanços consideráveis nas frações continuadas e nas séries infinitas.
O campo é árido e o cineasta não se aprofunda muito na matemática, contudo opta por ressaltar a relação dele com o professor ateu (durante a trama surgem alguns debates sobre religião, explorando em demasia o lado místico de Ramanujan), os costumes dos colégios ingleses, os preconceitos de professores “pomposos” como Hardy (Jeremy Irons) mesmo menciona e os valores éticos e morais em jogo.
As atuações de Dev Patel, Jeremy Irons e de Toby Jones (como Littlewood – braço direito de Hardy) são memoráveis. Jeremy Irons, por exemplo, está excelente na transformação do professor aberto a mudanças.
O filme não tem a grandiosidade de “ma Mente Brilhante” (2002) nem de “Um Gênio Indomável” (1998), mas cumpre sua tarefa de revelar a importância do trabalho desse gênio autodidata, que deixou o modesto emprego de contador no porto de Madras (hoje Chennai) para estudar no Trinity College (Cambridge), em 1913. Lá ficou por 5 anos. Foi agraciado com o ingresso na Royal Society de Ciências e se tornou professor.
Adoeceu com tuberculose em 1919 e voltou à Índia onde morreu, em Kumbakonam, aos 32 anos. Sua viúva, S. Janaki Ammal, viveu em Chennai até sua morte em 1994.
Ramanujam vivia somente para a matemática. Em Cambridge criou uma pequena biblioteca com informações sobre fenômenos que desafiavam a razão. Em suas descobertas havia os mais abstratos enigmas a respeito das noções de números, em especial sobre os números primos. O Ramanujan Journal, um periódico internacional, foi criado para publicar trabalhos de todas as áreas da matemática influenciadas por ele.

Avaliação: ***

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