Terra Estranha (Strangerland)
País: Austrália
Ano:
2016
Gênero: Suspense
Duração: 112
min
Direção: Kim
Farrant
Elenco: Nicole Kidman, Joseph Fiennes e Hugo Weaving.
Sinopse: o casal Catherine e Matt acaba de se mudar
para o deserto australiano de Nathgari. A família é reservada e mantém pouco
contato com as pessoas ao redor, até o dia em que uma grande tempestade de
areia atinge a região e os filhos do casal desaparecem. A polícia passa a
investigar o caso e, ao mesmo tempo em que rumores começam a correr na
vizinhança afirmando que a culpa seria de Catherine e Matt, o passado rebelde da
filha mais velha, Lily, ganha importância no mistério.
Crítica: o longa conta a história da família Parker,
formada pela dona de casa Catherine (Nicole Kidman), pelo farmacêutico Matthew
(Joseph Fiennes) e seus dois filhos, Tom e Lilly. Eles vivem em uma cidade no
interior da Austrália, onde o calor escaldante e as constantes tempestades de
areia (o cenário é hostil, porém belo) são uma constante.
As razões que os levaram para
aquele local são desconhecidas, mas o suspense insinua que um trágico evento
envolvendo um dos seus filhos no passado seja a causa. Tudo é revelado quando
Lilly e Tom saem de casa durante a madrugada e os pais têm que mobilizar
esforços para encontrá-los, convocando a polícia local na busca.
No restante da obra, nos deparamos
com suposições e suspeitas que acabam conduzindo a trama para questionamentos educacionais,
psicológicos e as tão complicadas relações familiares. Os pais agem de forma
estranha e, muitas vezes, bastante inesperada. São nessas atitudes que nos
perguntamos qual é a verdade, de fato; ou como proceder diante das expectativas
dos filhos.
O roteiro sugere vários
caminhos, mas sem nos dar respostas exatas. O que permanece, após a sessão, é
um debate de cunho psicológico sobre como achar o equilíbrio entre o que é
proibido e o que é permitido aos filhos. O diálogo, sem dúvida, seria a melhor solução,
mas colocá-lo em prática é o maior obstáculo quando se permite um grande
distanciamento e se opta pelo tom autoritário. O caminho de volta pode ser
bastante doloroso. É no diário da filha que os pais encontram algumas respostas.
Ainda que não se aprofunde muito
no tom filosófico, privilegiando o suspense e o mistério, há uma tentativa de
se fugir à história banal de sequestro / assassinato em série – receita já tão “batida”
no cinema.
As interpretações convincentes (principalmente de Nicole Kidman e de Hugo Weaving - como o policial) também merecem elogios.
Avaliação:
***
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