terça-feira, 18 de outubro de 2016

Terra Estranha (Strangerland)

País: Austrália
Ano: 2016
Gênero: Suspense
Duração: 112 min
Direção: Kim Farrant
Elenco: Nicole Kidman, Joseph Fiennes e Hugo Weaving.

Sinopse: o casal Catherine e Matt acaba de se mudar para o deserto australiano de Nathgari. A família é reservada e mantém pouco contato com as pessoas ao redor, até o dia em que uma grande tempestade de areia atinge a região e os filhos do casal desaparecem. A polícia passa a investigar o caso e, ao mesmo tempo em que rumores começam a correr na vizinhança afirmando que a culpa seria de Catherine e Matt, o passado rebelde da filha mais velha, Lily, ganha importância no mistério.

Crítica: o longa conta a história da família Parker, formada pela dona de casa Catherine (Nicole Kidman), pelo farmacêutico Matthew (Joseph Fiennes) e seus dois filhos, Tom e Lilly. Eles vivem em uma cidade no interior da Austrália, onde o calor escaldante e as constantes tempestades de areia (o cenário é hostil, porém belo) são uma constante.
As razões que os levaram para aquele local são desconhecidas, mas o suspense insinua que um trágico evento envolvendo um dos seus filhos no passado seja a causa. Tudo é revelado quando Lilly e Tom saem de casa durante a madrugada e os pais têm que mobilizar esforços para encontrá-los, convocando a polícia local na busca.
No restante da obra, nos deparamos com suposições e suspeitas que acabam conduzindo a trama para questionamentos educacionais, psicológicos e as tão complicadas relações familiares. Os pais agem de forma estranha e, muitas vezes, bastante inesperada. São nessas atitudes que nos perguntamos qual é a verdade, de fato; ou como proceder diante das expectativas dos filhos.
O roteiro sugere vários caminhos, mas sem nos dar respostas exatas. O que permanece, após a sessão, é um debate de cunho psicológico sobre como achar o equilíbrio entre o que é proibido e o que é permitido aos filhos. O diálogo, sem dúvida, seria a melhor solução, mas colocá-lo em prática é o maior obstáculo quando se permite um grande distanciamento e se opta pelo tom autoritário. O caminho de volta pode ser bastante doloroso. É no diário da filha que os pais encontram algumas respostas.
Ainda que não se aprofunde muito no tom filosófico, privilegiando o suspense e o mistério, há uma tentativa de se fugir à história banal de sequestro / assassinato em série – receita já tão “batida” no cinema.
As interpretações convincentes (principalmente de Nicole Kidman e de Hugo Weaving - como o policial) também merecem elogios.

Avaliação: ***

0 comentários:

Bilheterias Brasil - TOP 10

Seguidores

  © Blogger templates Newspaper III by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP