A Morte de Stalin (The Death of Stalin)
País: Estados
Unidos/ França/ Reino Unido
Ano: 2017
Gênero: Comédia
Dramática
Duração: 108
min
Direção: Armando
Iannucci
Elenco: Steve
Buscemi, Simon Russell Beale e Jeffrey Tambor.
Sinopse: União Soviética, 1953. Após a morte de Josef
Stalin, o alto escalão do comitê do Partido Comunista se vê em momentos
caóticos para decidir quem será o sucessor do líder soviético.
Crítica: Stalin é uma das figuras
políticas mais importantes e controversas da história da Rússia e o filme “A
Morte de Stalin” traz como narrativa principal a crise sociopolítica que a
União Soviética passa após a morte trágica de seu líder.
Longe do padrão dos dramas
históricos, o diretor aposta, e com acerto, na sátira e no humor para retratar
um período assombroso. Mesmo com exageros nas cenas, nos diálogos e em seus personagens,
ele consegue passar o recado e retrata, com leveza, o que foi um verdadeiro
terror na época.
No primeiro ato do filme
nos é apresentado o medo que o ditador passa a qualquer cidadão russo. Após
ouvir um concerto radiofônico, Stalin entra em contato com o diretor da rádio
pedindo a gravação da obra que acabou de ser transmitida e algo que não deveria
ser um problema acaba por se tornar um: a gravação não ocorreu. Ao obter essa
informação, o diretor se desespera e pede para que todos os membros da
orquestra permaneçam no recinto para que se repita a apresentação e, assim, a
gravação seja feita. Ao término desta cena vemos os membros do partido
comunista junto de Stalin em sua última noite, já que, no dia seguinte, ele seria
encontrado morto em seu gabinete e, a partir daí, tem-se o início do segundo
ato.
Todos os que cercavam a
vida de Stalin, sua família e seus parceiros políticos nos são, então,
apresentados. Tudo se baseava no culto à imagem e no que poderia ser revelado à
sociedade russa.
Entre os personagens, dois
são de grande destaque: Simon Russell Beale, que interpreta Lavrentiy Beria e
Steve Buscemi que faz Nikita Khrushchov. Ambos estão incríveis em cena. Suas
motivações são gananciosas e antagônicas, o que gera um conflito maior ainda
entre os membros.
Com um roteiro criativo e
uma boa direção de arte, o longa surpreende ao abordar, de maneira inovadora,
um tema que não é novidade. A comédia é o carro chefe e, de fato, a narrativa
provoca risos, mesmo retratando um momento de grande violência.
Avaliação: ***
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