A Última Nota (The Last Note)
País: Grécia
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 117
min
Direção: Pantelis
Voulgaris
Elenco: Andreas Konstantinou, André Hennicke, Melia
Kreiling, Loukas Kyriazis e Tasos Dimas.
Sinopse: a execução de 200 combatentes da resistência
grega e comunistas pelos ocupantes alemães em 1º de maio de 1944 em Kaisariani,
como represália à emboscada da resistência grega contra os nazistas.
Crítica: muitos filmes já retrataram as guerras
mundiais no cinema. O que “A Última Nota” traz de novo é a abordagem da
resistência grega ao nazismo na Segunda Guerra Mundial.
Já com tradição de guerrilha
desde o jugo otomano, os guerrilheiros do ELAS – facção de esquerda da
resistência grega – foram bem ativos sabotando trens e matando militares alemães.
Essas ações, em geral, eram
vingadas com grandes represálias, gerando o extermínio de inúmeros gregos nas
ruas, em suas casas e nas aldeias.
O longa retrata, especificamente,
um grupo de 200 homens que são mandados para o fuzilamento, no dia 1º de maio
de 1944, em Kaisariani (subúrbio de Atenas). O ato seria uma resposta ao
atentado contra o comandante da Lacônia (unidade grega, na região do Peloponeso), Franz Krech, E, em vez dos trinta ou
quarenta (número de pessoas mortas de cada vez), o alto comando ordena o
assassinato de 200 homens. A leitura dos nomes no alto-falante é de arrepiar (o
anúncio é feito na véspera).
Esse triste retrato de mais
uma das atrocidades alemãs é bem conduzido pelo diretor que nos apresenta os personagens
e todas as suas implicações.
Os atores estão em excelente
performance, sobretudo o intérprete grego (que também fala alemão) Napoleon
Soukatzidis (Andreas Konstantinou) e trabalha para o comandante da prisão, Karl
Fischer (André Hennicke).
A dança dos homens dentro
da cela (já sabendo que morrerão) é belíssima. Dignos, honrados e arrumados:
vestem a melhor roupa, fazem a barba e arrumam os cabelos.
No pátio, enfileirados para
serem levados para o local do fuzilamento, ouvem as mulheres (na ala feminina)
gritarem “assassinos” para os alemães. Todos (muitos ali parentes) sabem que
não se verão mais. É o momento da despedida e de protestar como podem.
Um último pedido é feito pelos
gregos antes de o pelotão começar a atirar: que todos os 200 fossem alvejados
juntos. Mas, como era de se esperar, os alemães negam e decidem matar grupos de
20 homens por vez.
No local, há hoje um Monumento
da Resistência Nacional que homenageia esses heróis.
Avaliação: ***
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