sexta-feira, 27 de julho de 2018

A Última Nota (The Last Note)


País: Grécia
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 117 min
Direção: Pantelis Voulgaris
Elenco: Andreas Konstantinou, André Hennicke, Melia Kreiling, Loukas Kyriazis e Tasos Dimas.

Sinopse: a execução de 200 combatentes da resistência grega e comunistas pelos ocupantes alemães em 1º de maio de 1944 em Kaisariani, como represália à emboscada da resistência grega contra os nazistas.

Crítica: muitos filmes já retrataram as guerras mundiais no cinema. O que “A Última Nota” traz de novo é a abordagem da resistência grega ao nazismo na Segunda Guerra Mundial.
Já com tradição de guerrilha desde o jugo otomano, os guerrilheiros do ELAS – facção de esquerda da resistência grega – foram bem ativos sabotando trens e matando militares alemães.
Essas ações, em geral, eram vingadas com grandes represálias, gerando o extermínio de inúmeros gregos nas ruas, em suas casas e nas aldeias.
O longa retrata, especificamente, um grupo de 200 homens que são mandados para o fuzilamento, no dia 1º de maio de 1944, em Kaisariani (subúrbio de Atenas). O ato seria uma resposta ao atentado contra o comandante da Lacônia (unidade grega, na região do Peloponeso), Franz Krech, E, em vez dos trinta ou quarenta (número de pessoas mortas de cada vez), o alto comando ordena o assassinato de 200 homens. A leitura dos nomes no alto-falante é de arrepiar (o anúncio é feito na véspera).
Esse triste retrato de mais uma das atrocidades alemãs é bem conduzido pelo diretor que nos apresenta os personagens e todas as suas implicações.
Os atores estão em excelente performance, sobretudo o intérprete grego (que também fala alemão) Napoleon Soukatzidis (Andreas Konstantinou) e trabalha para o comandante da prisão, Karl Fischer (André Hennicke).
A dança dos homens dentro da cela (já sabendo que morrerão) é belíssima. Dignos, honrados e arrumados: vestem a melhor roupa, fazem a barba e arrumam os cabelos.
No pátio, enfileirados para serem levados para o local do fuzilamento, ouvem as mulheres (na ala feminina) gritarem “assassinos” para os alemães. Todos (muitos ali parentes) sabem que não se verão mais. É o momento da despedida e de protestar como podem.
Um último pedido é feito pelos gregos antes de o pelotão começar a atirar: que todos os 200 fossem alvejados juntos. Mas, como era de se esperar, os alemães negam e decidem matar grupos de 20 homens por vez.
No local, há hoje um Monumento da Resistência Nacional que homenageia esses heróis.

Avaliação: ***

0 comentários:

Bilheterias Brasil - TOP 10

Seguidores

  © Blogger templates Newspaper III by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP