domingo, 15 de julho de 2018

Bergman – 100 anos



País: Suécia
Ano: 2018
Gênero: Documentário
Duração: 116 min
Direção: Jane Magnusson
Elenco: Ingmar Bergman, Liv Ullmann e Lars von Trier.

Sinopse: uma homenagem ao diretor sueco Ingmar Bergman, no ano de seu centésimo aniversário. O cineasta é reconhecido até hoje como um dos precursores do cinema moderno, ele dirigiu e roteirizou obras clássicas como O Sétimo Selo (1957), Morangos Silvestres (1957), Persona (1966), Gritos e Sussurros (1972) e Fanny e Alexandre (1982).

Crítica: neste ano de 2018, Ingmar Bergman completaria 100 anos. Então, nada mais justo que um documentário em sua homenagem, abarcando sua vida profissional e particular, fosse produzido, intitulando-se como a obra mais completa sobre o cineasta.
Bergman, um dos mais produtivos e premiados diretores do cinema (foram 60 filmes, alguns autobiográficos), teatro e televisão, o diretor dos sonhos de todo ator, autor de algumas das obras mais revolucionárias da sétima arte, era também um homem egocêntrico, vaidoso, negligente com a família, sujeito a ataques de fúria avassaladora e rompantes de gritaria, com distúrbio alimentar (alimentava-se muito mal e tinha terríveis dores estomacais), que dormia muito pouco e que tinha pernas inquietas.
O filme destaca o ano de 1957, quando Ingmar Bergman se envolveu em nada menos que seis produções para cinema, teatro e televisão. Duas dessas obras foram “O Sétimo Selo” e “Morangos Silvestres”. Para ele, filmar era uma terapia e ele era incansável, obcecado mesmo por trabalho.
Mas mostra, também, seus trabalhos no teatro e para a televisão e seus filmes coloridos na década de 80. Ganhou três Oscares na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira, para A Fonte da Virgem, Através de Um Espelho e Fanny e Alexandre. Este último (de 1982) ganhou quatro Oscars, incluindo o de melhor filme estrangeiro.
A direção equilibra, muito bem, depoimentos, imagens de arquivo e narração, para relatar sua infância, sua adolescência, seus primeiros filmes (que eram muito ruins), sua ascensão, sua vida conjugal conturbada (cinco esposas, seis filhos e várias amantes).
Na carreira, ele era destemido, ousado, ambicioso, curioso. Dirigia seus atores com muita atenção, dedicava-se mesmo a eles, o que não o impedia de ser rude também.
Difícil de lidar com as pessoas, ele morre solitário em 2007, com 89 anos, mas incrivelmente amado por todos, como um verdadeiro mito. Uma obra que influenciou e ainda influencia o cinema e a arte. Afinal como Jean-Luc Godard comentou uma vez: "O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é se fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico".

Avaliação: ****

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