Bergman – 100 anos
País: Suécia
Ano: 2018
Gênero: Documentário
Duração: 116
min
Direção: Jane
Magnusson
Elenco: Ingmar
Bergman, Liv Ullmann e Lars von Trier.
Sinopse: uma homenagem ao diretor sueco Ingmar Bergman,
no ano de seu centésimo aniversário. O cineasta é reconhecido até hoje como um
dos precursores do cinema moderno, ele dirigiu e roteirizou obras clássicas
como O Sétimo Selo (1957), Morangos Silvestres (1957), Persona (1966), Gritos e Sussurros (1972) e Fanny e Alexandre (1982).
Crítica: neste ano de 2018, Ingmar Bergman completaria
100 anos. Então, nada mais justo que um documentário em sua homenagem,
abarcando sua vida profissional e particular, fosse produzido, intitulando-se
como a obra mais completa sobre o cineasta.
Bergman, um dos mais
produtivos e premiados diretores do cinema (foram 60 filmes, alguns
autobiográficos), teatro e televisão, o diretor dos sonhos de todo ator, autor
de algumas das obras mais revolucionárias da sétima arte, era também um homem
egocêntrico, vaidoso, negligente com a família, sujeito a ataques de fúria
avassaladora e rompantes de gritaria, com distúrbio alimentar (alimentava-se
muito mal e tinha terríveis dores estomacais), que dormia muito pouco e que
tinha pernas inquietas.
O filme destaca o ano de
1957, quando Ingmar Bergman se envolveu em nada menos que seis produções para
cinema, teatro e televisão. Duas dessas obras foram “O Sétimo Selo” e “Morangos
Silvestres”. Para ele, filmar era uma terapia e ele era incansável, obcecado
mesmo por trabalho.
Mas mostra, também, seus
trabalhos no teatro e para a televisão e seus filmes coloridos na década de 80.
Ganhou três Oscares na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira, para A
Fonte da Virgem, Através de Um Espelho e Fanny e Alexandre. Este último (de
1982) ganhou quatro Oscars, incluindo o de melhor filme estrangeiro.
A direção equilibra, muito
bem, depoimentos, imagens de arquivo e narração, para relatar sua infância, sua
adolescência, seus primeiros filmes (que eram muito ruins), sua ascensão, sua
vida conjugal conturbada (cinco esposas, seis filhos e várias amantes).
Na carreira, ele era
destemido, ousado, ambicioso, curioso. Dirigia seus atores com muita atenção,
dedicava-se mesmo a eles, o que não o impedia de ser rude também.
Difícil de lidar com as
pessoas, ele morre solitário em 2007, com 89 anos, mas incrivelmente amado por
todos, como um verdadeiro mito. Uma obra que influenciou e ainda influencia o
cinema e a arte. Afinal como Jean-Luc Godard comentou uma vez: "O cinema
não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está
só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é se fazer perguntas;
filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente
romântico".
Avaliação: ****
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