quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Incêndios

Título original: Incendies
País: Canadá
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 130 min
Direção: Denis Villeneuve
Elenco: Lubna Azabal, Mélissa Désormeaux-Poulin, Maxim Gaudette, Rémy Girard e Allen Altman.

Sinopse: na leitura do testamento de sua mãe, os gêmeos Simon (Maxim Gaudette) e Jeanne (Mélissa Désormeaux-Poulin) descobrem que têm um irmão e o pai, que os dois achavam que havia falecido, estava vivo. Dentre muitos pedidos, a maioria desconfortantes, o último e mais importante vinha com duas cartas seladas: encontrar os dois e entregar-lhes.

Crítica: um filme com um grande enredo emocional e comovente, uma história de perda, dor, sofrimento, guerras, dúvidas.
Uma direção segura que fala da vida que surge após a morte. Vida para a família que fica. Mágoa que abre feridas, levanta questionamentos e revela segredos tão bem guardados.
Nessa descoberta, o roteiro é ótimo, conduzindo o espectador junto à Jeanne, com performance convincente. O irmão Simon faz um papel menor e, infelizmente, atua sem convicção.
O desfecho do segredo que seria um dos pontos altos da trama é feito de forma estranha, mas não tira o brilho da trama.
As descobertas são fortes e dolorosas, inesperadas até, em um estilo quase ‘Almodovariano’.

Avaliação: ****

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Feliz que Minha Mãe Esteja Viva

Título original: Je suis heureux que ma mère soit vivante
País: França
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Claude Miller e Nathan Miller
Elenco: Vincent Rottiers, Sophie Cattani, Christine Citti, Yves Verhoeven, Maxime Renard, Olivier Guéritée, Ludo Harley, Gabin Lefebvre, Quentin Gonzalez, Chantal Banlier e Thomas Momplot.

Sinopse: a identidade é um pedaço de nossa roupa desenhada por nossa infância. Aqueles que nos trouxeram ao mundo, nossos pais, criam a base de quem nós realmente somos. Mas o que acontece quando há a ausência de quem lhe criou? Dos 7 aos 20 anos, Thomas procurou por Julie, sua mãe biológica. Sem contar aos seus pais adotivos, ele volta aos braços da mulher que o abandonou aos 4 anos e inicia uma vida secreta.

Crítica: o filme mostra uma família desconectada. Dois filhos adotados (e irmãos) que não reconhecem o amor dos pais adotivos e uma mãe biológica pouco interessada nos filhos.
O mais velho (Thomas) não aceita essa condição de ‘adotado’ e parte em busca da mãe verdadeira, que hoje tem uma outra vida e um outro filho. Mas continua sendo irresponsável e fria. Aliás, frieza e rudeza não faltam à trama.
Na sequência, mágoas guardadas e mal resolvidas, desafetos e agressões verbais vêm à tona gerando uma violência ainda maior e inesperada. O exagero faz nada parecer natural na trama e, aí, o filme se perde.
O único objetivo da trama é mesmo transmitir ao final que, mesmo depois de tudo, Thomas está feliz por saber que sua mãe ainda vive.
A impressão que se tem, no desfecho, é que nada foi dito, nada saiu nem foi a lugar algum. Pode-se dizer que é uma história sem propósito.

Avaliação: ** 

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Melancolia

Título original: Melancholia
País: Alemanha/ Dinamarca/ França/ Itália/ Suécia
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 136 min
Direção: Lars von Trier
Elenco: Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg, Kiefer Sutherland, Charlotte Rampling, John Hurt, Alexander Skarsgård, Brady Corbet e Stellan Skarsgård.

Sinopse: o tempo só serviu para afastar as irmãs Justine (Kirsten Dunst) e Claire (Charlotte Gainsbourg). Nem o casamento entre Justine e Michael (Alexander Skarsgård) serve como desculpa para aproximá-las e, depois da cerimônia, Justine começa a ficar triste e melancólica. Quando o anúncio sobre a colisão da Terra com outro planeta chega ao conhecimento, as reações são bem diferentes. Justine está conformada, enquanto o desespero do iminente fim apavora Claire.

Crítica: difícil avaliar um filme que agrada e desagrada ao mesmo tempo. Polêmico, diferente, questionador ... uma trama que marca e faz você continuar pensando no que viu muito tempo depois de ter deixado a sala de cinema.
O início é lento e estranho, o que pode fazer muita gente desistir de ver. Mas a minha sugestão é: espere para assistir ao que vem depois.
Melancólico, como o próprio título já diz, sim. Triste. Contudo, realista e crítico. Sem meias palavras, destrói a sociedade e nós humanos que a habitamos, com hipocrisia, falsidade, sarcasmo, egoísmo e ambição desmedida.
Cada personagem tem uma reação diferente ao saber que o mudo pode acabar, revelando suas verdadeiras facetas. Todos extraordinariamente perfeitos em suas atuações. Kristen Dunst levou o prêmio de melhor atriz em Cannes, apesar de eu achar sua irmã, vivida por Charlotte Gainsbourg, ainda melhor.
Na trama não há esperança, salvação, milagre ou mesmo Deus que possa impedir o que está por vir. A tragicidade do final da trama tem uma cena impactante.
É aí que passamos a entender melhor todo o comportamento de Justine, é quando tudo passa a fazer sentido. Por isso, a importância de ver tudo, prestando atenção a todos os diálogos (muito fortes) e às ações dos personagens.

Curiosidade: Melhor Atriz (Kristen Dunst) no Festival de Cannes de 2011.

Avaliação: ****

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Pronto para Recomeçar

Título original: Everything Must Go
País: EUA
Ano: 2010
Gênero: Comédia dramática
Duração: 97 min
Direção: Dan Rush
Elenco: Will Ferrell, Christopher Jordan Wallace, Rebecca Hall, Michael Peña, Laura Dern, Glenn Howerton e Stephen Root.

Sinopse: desempregado, Nick (Will Ferrell) está numa pior. Enfrentando problemas com a bebida, ele acaba de ser abandonado pela esposa, que despeja tudo o que seu no jardim de casa. Na tentativa de recomeçar a vida, coloca à venda, no gramado mesmo, tudo o que tem. Um novo vizinho pode ser a chave para que o cotidiano de Nick volte aos eixos.

Crítica: o drama-comédia (com momentos engraçados e outros comoventes) surpreende, vai além do previsível e não se agarra a clichês ou lições de moral. Apenas mostra um caminho, que pode dar certo ou não.
A atuação de Ferrell, acostumado a ser visto só em comédias, é ótima. Sua expressão de dor e de ‘não saber o que fazer’ convence. Quem rouba a cena também é o menino Kenny (Christopher Jordan Wallace) que desempenha um papel fundamental nessa fase difícil de Nick.
Confira! Vale a pena.

Avaliação: ***

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Drive

Título original: Drive
País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Nicolas Winding Refn
Elenco: Ryan Gosling, Carey Mulligan, Christinha Hendricks, Ron Perlman, Bryan Cranston, Albert Brooks, Oscar Isaac, Tina Huang, Joe Pingue, Cesar Garcia, James Biberi,Tiara Parker, Jeff Wolfe, Christian Cage e Chris Smith.

Sinopse: Driver (Ryan Gosling) é um dublê de Hollywood, que trabalha a noite como motorista de fugas para criminosos. De repente, ele descobre que há um preço pela sua cabeça depois que ajuda o namorado ex-presidiário de sua vizinha Irene (Carey Mulligan).

Crítica: denso, violento e com um certo suspense. Assim, é o drama romântico vivido entre os protagonistas Ryan Gosling e Carey Mulligan. Gosling está excelente no papel onde tem uma vida dupla. Com poucas palavras, mas muitas expressões faciais, suas emoções e sentimentos à flor da pele são passados com precisão ao espectador. Já Mulligan é a de sempre em todos os filmes, com um sorriso sem graça e aquela cara de ‘sofredora’.
O longa tem muitas cenas violentas, porém necessárias para expor com realidade a cilada em que Gosling se vê quando decide ajudar Irene por amor.
No final, uma escolha difícil .... não posso contar. Mas vale a pena conferir.

Avaliação: ***

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Reféns

Título original: Trespass
País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 91 min
Direção: Joel Schumacher
Elenco: Nicolas Cage, Nicole Kidman, Liana Liberato, Cam Gigandet, Nico Tortorella, Dash Mihok, Jordana Spiro, Ben Mendelsohn, Zurab Matcharashvili e Tina Parker.

Sinopse: Kyle (Nicolas Cage) e Sarah (Nicole Kidman) vivem em uma elegante e segura casa com todos os confortos modernos. Sua única filha, Avery (Liana Liberato) é uma adolescente linda mas ainda muito rebelde. Tudo está bem até o momento em que a casa é invadida por criminosos e a família é feita refém. Agora todos os segredos da família deverão ser revelados na luta contra os invasores.

Crítica: um filme de ação bem dirigido, com muito drama, ação e suspense. Nicolas Cage está muito bem no papel, com um ar mais envelhecido. Aliás, ele atua com convicção qualquer personagem.
A história surpreende não pelas cenas violentas, o que já é bem explorado nos longas americanos, mas pela verdade sobre a situação financeira de Kyle, desvendada no meio da trama.
O roteiro conduz bem essa revelação, pois deixa em dúvida quem está assistindo, sem saber se acredita ou não. Nicolas Cage é perfeito nesse momento. Só no final da trama, temos a certeza.
Em meio a tudo isso, críticas à sociedade consumista, à hipocrisia, às aparências e às relações familiares.

Avaliação: ***

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Amanhã Nunca Mais

Título original: Amanhã Nunca Mais
País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Comédia
Duração: 77 min
Direção: Tadeu Jungle
Elenco: Lázaro Ramos, Maria Luisa Mendonça, Fernanda Machado, Paula Braun e Milhem Cortaz.

Sinopse: Walter (Lázaro Ramos) é um médico-anestesista que trabalha em excesso e vive sob grande estresse. Na tentativa de estar presente na vida da família e salvar o casamento em crise, ele se prontifica a buscar o bolo de aniversário da sua filha e levá-lo à festa. No entanto, ele enfrenta uma noite inusitada, repleta de percalços, acasos e coincidências que irão atrapalhar seus esforços de chegar com o bolo a tempo.

Crítica: a história toda gira em torno de Walter e o seu esforço em buscar o bolo de aniversário de sua filha. Nessa tarefa, muitos problemas surgem e tudo dá errado.
Algumas cenas são engraçadas, os diálogos são até bons, não melhores devido à interpretação mediana de Lázaro Ramos.
O desenrolar da trama segue com um bom ritmo, o espectador torce por Walter, mas quando ele decide dar a volta por cima, o filme termina. E, além do mais, com final muito moralista.
Perde-se a naturalidade da trama. De qualquer maneira, é bem filmado (mostra bastante as ruas da cidade de São Paulo) e conta uma história comum, de um cidadão comum, sugado pelas responsabilidades familiares e profissionais e pela rotina. Mérito por isso.

Avaliação: **

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Os Especialistas

Título original: The Killer Elite
País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Ação
Duração: 116 min
Direção: Gary McKendry
Elenco: Jason Staham, Clive Owen, Robert De Niro, Dominic Purcell, Yvonne Strahovski, Aden Young, Ben Mendelsohn, Lachy Hulme e Firass Dirani.

Sinopse: baseado em fatos reais narrados no livro de Ranulph Fiennes, 'Os Especialistas' mostra um grupo de antigos membros das forças especiais britânicas que passa a ser caçado por uma equipe de assassinos liderados por Danny (Statham).

Crítica: pelo elenco, acaba-se esperando mais do filme e, aí, vem a decepção. É um filme de ação, envolvendo terrorismo, assassinato e espionagem. Como sempre nessas histórias, há o dilema de continuar ou não matando, de tentar levar uma vida normal ao lado da família. Drama que não é novidade para ninguém. A única inovação é que a trama baseia-se em fatos verídicos.
Aviso aos fãs de Robert de Niro: sua participação é pequena. Quem destaca-se no longa e mantém-se bem durante toda a trama é Jason Staham, que prova ter talento além de músculos.
Mas, decididamente, não é uma grande história. É mais um blockbuster.  

Avaliação: ***

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sábado, 5 de novembro de 2011

Late Bloomers - O Amor Não Tem Fim

Título original: Late Bloomers
País: França/Bélgica/Inglaterra
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Julies Gavras
Elenco: William Hurt, Isabella Rossellini, Doreen Mantle, Kate Ashfield, Aidan McArdle, Arta Dobroshi, Luke Treadaway, Leslie Phillips, Hugo Speer e Joanna Lumley.

Sinopse: casados há 30 anos, Mary (Rossellini) e Adam (Hurt) passaram mais da metade de suas vidas juntos, criando os filhos e aguardando a chegada de uma fase mais tranquila da vida. No entanto, percebem que estão envelhecendo e começam, cada uma à sua maneira, à enfrentar essa nova realidade. Adam vê sua carreira e situação financeiras não ser tão próspera como antes e Mary começa a apresentar indícios de demência.


Crítica: o casal protagonista depara-se com mudanças em sua relação, intrinsecamente associadas à idade de ambos; eles percebem que estão envelhecendo.
A trama se desenvolve com as particularidades da vida de Adam, fazendo um paralelo com as atividades que Mary realiza para buscar adaptar-se ao novo estilo de vida, numa tentativa de compartilhar e convencer Adam da fatídica realidade. Em meio à instabilidade, serão os seus filhos já independentes e os amigos mais próximos que unirão forças para ajudá-los a despistar a difícil etapa.
A abordagem é simples e sensível. Algumas cenas cômicas e até o ritmo da película (às vezes lento demais) passam ao espectador a transição de tempo-espaço na vida do par.
Não é uma obra-prima. Inclusive o filme anterior da cineasta (A Culpa é de Fidel) é bem melhor. Aqui, não há muita criatividade. O apelo é mesmo para reflexões que destacam a beleza da vida nos momentos mais comuns, íntimos e, até mesmo, simplórios de um relacionamento longo. A maturidade para superar todos os contratempos, dificuldades e desilusões é essencial – uma mensagem nítida e clara ao final do filme.  

Curiosidade
: filha do também cineasta Costa-Gavras. Após trabalhar como assistente de direção e dirigir alguns documentários, Julie Gavras realizou em 2006 seu primeiro filme de ficção em longa-metragem, La faute à Fidel, lançado no Brasil em 2008 com o título ‘A culpa é do Fidel’.

Avaliação
: **

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O Preço do Amanhã

Título original: In Time
País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Policial
Duração: 109 min
Direção: Andrew Niccol
Elenco: Olivia Wilde, Amanda Seyfried e Justin Timberlake.

Sinopse: o tempo se tornou a maior moeda de todas. Os cientistas conseguiram descobrir uma forma de destruir o gene do envelhecimento. Então, quando uma pessoa chega aos 25 anos, para de envelhecer, mas possui apenas mais um ano de vida, a não ser que tenha dinheiro para pagar pelo tempo extra. Na busca por poder e tempo de vida, um homem (Timberlake) é acusado injustamente de homicídio e se vê obrigado a sequestrar uma bela jovem (Amanda Seyfried) para conseguir ganhar mais tempo e provar sua inocência.

Crítica: a premissa é das mais interessantes: no futuro, todas as pessoas viverão tranquilamente até os 25 anos. A partir deste momento, porém, elas receberão um relógio subcutâneo e terão de trabalhar para ganhar o tempo que lhes restará de vida. Não existirá mais o dinheiro, e todas as relações comerciais serão desenvolvidas por meio de compra, venda, troca e doação de tempo. Quem é pobre de tempo, poderá morrer a qualquer instante. Quem é rico, poderá viver centenas de anos sem nunca mais deixar de aparentar 25 anos.
Porém, o argumento original se perde no meio do caminho, pois tudo é narrado de forma didática, literal e preguiçosamente logo no início da película. Tudo mastigado, pronto para o espectador consumir. Assim, desvaloriza-se o suspense, a surpresa, o pensar e o descobrir do enredo.
Além disso, torna-se um filme de corre-corre de bem contra o mal, deixando de lado o espaço para conflitos, reflexões e críticas que caberiam perfeitamente na trama, se tivesse sido corretamente explorada.
Vale ressaltar que, mesmo que se tenham desperdiçado excelentes ideias, a produção é caprichada e deve agradar aos fãs de ficção científica.

Avaliação: ***

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Tancredo – A Travessia

Título original: Tancredo – A Travessia
País: Brasil
Ano: 2010
Gênero: Documentário
Duração: 103 min
Direção: Sílvio Tendler
Elenco: Tancredo Neves, Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso.

Sinopse: episódios da história brasileira revelam a trajetória do político mineiro Tancredo Neves.

Crítica
: a obra resgata não só a trajetória de Tancredo Neves, desde o início de sua carreira em Minas quando ingressou no PP (Partido Progressista) até a sua morte à véspera de tomar posse como presidente do Brasil em 1985), como também faz um resumo da política brasileira pré e pós-ditadura militar, abordando os mais importantes acontecimentos.
Inúmeros depoimentos, imagens de arquivo e fotografias ajudam a criar o cenário de nossa história que deve ser valorizada e nunca esquecida.
Pela ótima didática, é um trabalho que merece ser mostrado nas escolas de todo o país. Pena que o documentário esteja em cartaz em poucas salas de cinema.

Avaliação
: ***

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Terror na Água 3D

Título original: Shark Night 3D
País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Terror
Duração: 91 min
Direção: David R. Ellis
Elenco: Sara Paxton, Dustin Milligan, Chris Carmack e Katharine McPhee.

Sinopse: um final de semana na casa do lago se transforma em pesadelo para sete jovens turistas, quando eles começam a sofrer ataques de uma terrível criatura.

Crítica
:
Avaliação: a conferir

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Esses Amores

Título original: Ces Amours-là
País: França
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Claude Lelouch
Elenco: Audrey Dana, Dominique Pinon, Samuel Labarthe, Laurent Couson, Jacky Ido, Gilles Lemaire e Raphaël.

Sinopse: Ilva (Audrey Dana) é uma mulher que se envolve em romances facilmente, pagando pela inconsequência de seus amores, que muitas vezes acontecem de forma inesperada e inusitada. Quando morava em Paris, à época da ocupação nazista, apaixonou-se por um soldado alemão que estaria indiretamente ligado à morte do pai de Illva – e, claro, muitos acreditaram que o romance entre os dois contribuiu para o assassinato. Pouco depois, presa aguardando julgamento sobre a morte do pai, Ilva se envolve com os dois soldados americanos. A diferença de raças e a incapacidade de Ilva em escolher um deles cria conflitos e provoca tragédias.


Crítica: sem dúvida, uma película que fala de amor, como o cineasta gosta de fazer. Como cenário de fundo, acompanha o começo e o fim da Segunda Guerra Mundial, com direito a um flashback aos Estados Unidos de meados do século XIX para explicar a motivação de um personagem. A música, presença comum em Lelouch, é a base de sustentação do enredo.
O eixo do enredo é Ilva (Audrey Dana, de Bem-vindo), linda mulher cujo grande pecado é amar demais. Conhecemos sua história desde a adolescência, no início da guerra, até ser julgada por crime ocorrido no fim da ocupação nazista. A paixão por um oficial alemão, o presente obscuro de seu pai, as noites de diversão e dança frenética, a cobrança da resistência francesa atravessam a história de Ilva, esboço de mulher moderna.
Qual é a essência do filme? Amar, acima de tudo. Em consequência, vem o peso das escolhas e decisões.
É um filme correto e bem realizado, com a primeira parte e o miolo bem desenvolvidos, porém os desdobramentos no decorrer da trama, com uma narrativa irregular, não são muito relevantes, despertando menos interesse no espectador.

Curiosidade
: mesmo diretor de ‘Um Homem, Uma Mulher’, que conseguiu um Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Roteiro Original, em 1967, e a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Avaliação
: ***

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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

180º

Título original: 180º
País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 85 min
Direção: Eduardo Vaisman
Elenco: Malu Galli, Eduardo Moscovis e Felipe Abib.

Sinopse: Anna (Malu Galli) e Russell (Eduardo Moscovis) são jornalistas e vivem juntos. Bernardo (Felipe Abib) começou a trabalhar há pouco tempo na redação, mas logo se torna amigo da dupla. Quando Anna e Russell decidem se separar, ele abandona a carreira e decide tocar o negócio do pai, no interior, enquanto que ela resolve abrir uma editora. Um dia, após uma noite de bebedeira, Bernardo encontra uma caderneta que o inspira a escrever um livro. Ele o apresenta a Anna, que decide publicá-lo. Logo o livro torna-se um best-seller, fazendo com que Bernardo vire uma estrela da literatura nacional. Só que, repentinamente, ele passa a receber ameaças do dono da caderneta.

Crítica: o filme começa bem, se desenvolve com destreza segurando a atenção do espectador, mas infelizmente se perde nos minutos finais por ter um desfecho além do que foi mostrado ao longo da projeção.
A história gira em torno de triângulo amoroso entre jornalistas e avança para um conflito sobre plágio de um livro, também envolvendo os protagonistas. Anna (a excelente Malu Galli) e Russell (Eduardo Moscovis) trabalham na mesma redação de jornal e vivem juntos. Bernardo (Felipe Abib) começa a trabalhar lá também, como estagiário, e logo se torna amigo de Anna.
A relação do casal, até então perfeita, é abalada pela morte do pai de Russell, que a partir daí, decide largar a carreira, mudando-se para o sítio que pertencia ao pai e assumindo os negócios que envolvem uma plantação de laranjas. Anna, por sua vez, decide abrir sua própria editora e passa a publicar livros. É quando chega em suas mãos uma obra escrita por Bernardo, inspirada numa caderneta que ele diz ter achado num bar. O livro se torna um best-seller e Ana se envolve com o estagiário, que passa a receber ameaças do suposto dono da caderneta, que reclama os direitos autorais das ideias contidas na publicação.
O filme não é desenvolvido de forma linear e o espectador vai conhecendo detalhes da vida de cada personagem e suas peculiaridades aos poucos, por meio de flashbacks. Neste ponto, 180º é bem-sucedido. O diretor Eduardo Vaisman trabalha bem as idas e vindas, sem se perder ou cansar o público, o que deixa na audiência a sensação contínua de que as aparências podem enganar. A tática é batida, mas de certo funciona em suspenses, dando mais convicção às situações tensas.
O problema está no final, como já dito no início. Simplório e nada criativo, frusta até os menos exigentes espectadores.

Avaliação: **

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Belair

Título original: Belair
País: Brasil
Ano: 2009
Gênero: Documentário
Duração: 80 min
Direção: Noa Bressane e Bruno Safadi
Elenco: -

Sinopse: Belair Filmes foi a produtora criada por Julio Bressane e Rogério Sganzerla que, entre fevereiro e maio de 1970, realizou sete filmes de longa metragem. Belair é uma história do cinema. Interditados pela censura da época, estes filmes de ficção são uma desconhecida e reveladora máscara-espelho daquele período sombrio. Uma escavação ótica traz estes fotogramas clandestinos à luz.

Crítica: sou fã de documentários e esse é um que vale a pena assistir. Uma das maiores virtudes de Belair é deixar claro que, no curto período de existência da produtora (de fevereiro a maio de 1970), tivemos o momento mais livre e contestador do cinema brasileiro.
O documentário de Bruno Safadi (Meu Nome é Dindi) e Noa Bressane valoriza trechos dos filmes realizados por Rogério Sganzerla (O Bandido da Luz Vermelha) e Júlio Bressane (A Erva do Rato), passando por trechos dos inqualificáveis ‘Copacabana Mon Amour’, ‘Cuidado Madame’, ‘Sem Essa Aranha’ e ‘A Família do Barulho’. Desse modo, comprova o quanto esses pequenos trechos estão a anos-luz de superioridade e paixão de 99% do que se faz de cinema hoje neste país.
O trabalho é completado com entrevistas e imagens raras, e um belo material criado especificamente para o longa, como o barco entrando na Baía de Guanabara logo no início, ressaltando como os diretores Bressane e Sganzerla são nomes de grande valor para a cinematografia.
Para quem gosta de cinema, de verdade, a obra é puro deleite. E a forma como termina é que vai nos deixar ainda mais envolvidos com essa paixão de fazer cinema contra tudo e todos. Uma sequência importantíssima e incrivelmente bela de ‘Sem Essa Aranha’, um dos filmes mais livres e inventivos da história do cinema.

Avaliação: ***

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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Saturno em Oposição

Título original: Saturno Contro
País: Itália/França/Turquia
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: Ferzan Ozpetek
Elenco: Stefano Accorsi, Margherita Buy, Pierfrancesco Favino, Serra Yilmaz, Ennio Fantastichini, Ambra Angiolini, Luca Argentero e Filippo Timi.

Sinopse: Davide (Pierfrancesco Favino) é um escritor que hospeda em sua casa um grande grupo de amigos: o bancário Antonio, casado com a psicóloga antifumo Angélica e amante da florista Laura; Neval tradutora turca casada com o policial Roberto, pouco integrado no grupo; Sergio, ex-namorado de Davide, com o qual manteve um relacionamento de amizade embora Davide agora more com Lorenzo; Roberta, amiga de Lorenzo, louca pela astrologia e com problemas de drogas. Inesperadamente, o drama se instaura no grupo e essa “família” tentará superar a perda afetiva e o impacto da dor.

Crítica: uma comédia que vira drama. Essa mudança é bem conduzida no longa-metragem que possui um roteiro seguro. O conteúdo tem como objetivo mostrar os fortes laços da amizade que podem superar tudo, até a dor.
Os personagens são densos e cada um demonstra com talento seus problemas e segredos.
A união entre os amigos e a conversa franca em uma determinada cena faz lembrar um grande sucesso do cinema canadense: Invasões Bárbaras (2003).
O drama é intenso e maduro. Vale a pena conferir.

Curiosidade: do mesmo diretor do filme “O Primeiro que Disse”.

Avaliação: ***

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Contágio

Título original: Contagion
País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Ficção
Duração: 106 min
Direção: Seven Soderbergh
Elenco: Gwyneth Paltrow, Matt Damon, Kate Winslet, Jude Law, Laurence Fishburne e Marion Cotillard.

Sinopse: o filme segue o rápido progresso de um vírus letal, transmissível pelo ar, que mata em poucos dias. Como a epidemia se espalha rapidamente, a comunidade médica mundial inicia uma corrida para encontrar a cura e controlar o pânico que se espalha mais rápido do que o próprio vírus. Ao mesmo tempo, pessoas comuns lutam para sobreviver em uma sociedade que está desmoronando.

Crítica: ação e realismo não faltam à trama que explora bem o progresso de uma epidemia letal e suas consequências em todo o mundo. Nessa sequência, o comportamento humano, nada civilizado, é revelado da pior forma possível: com medo, dor e desespero, o egoísmo, anarquia e a brutalidade imperam.
Algo bem semelhante foi visto no longa ‘Ensaio sobre a Cegueira’, baseado na obra homônima de José Saramago.
O elenco é sensacional, cada personagem cumpre com perfeição o seu papel. Mas não há protagonistas na história. O núcleo é o vírus que sofre mutação, se alastra e mata sem piedade.
Vários locais, vidas e famílias são atingidos e o que se sucede com elas é o foco da trama, que tem como mensagem alertar o homem sobre suas ações e consequências desastrosas.
As críticas contra a ganância dos grandes laboratórios, os testes em cobaias animais e os interesses políticos são gritantes.    
Tenso e brilhante, do início ao fim. Mais um belo trabalho de Soderbergh.

Avaliação: ****

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Contra o Tempo

Título original: Source Code
País: Canadá/França/EUA
Ano: 2011
Gênero: Ficção Científica
Duração: 93 min
Direção: Duncan Jones
Elenco: Jake Gyllenhall, Michelle Monaghan, Vera Farmiga, Jeffrey Wright, Michael Arden, Cas Anvar, Russell Peters, Brent Skagford, Craig Thomas e Gordon Masten.

Sinopse: numa manhã, um soldado (Jake Gyllenhaal) acorda no corpo de um viajante desconhecido e, oito minutos depois do fato estranho, é testemunha da explosão de um trem. A missão desse soldado é descobrir o responsável pela explosão.

Crítica: a princípio, a história que mostra o protagonista dando a vida pela Pátria, lavagem cerebral feita pelos exércitos do mundo todo aos seus soldados, e depois, ressuscitando, morrendo de novo e ressuscitando novamente parece ser um pouco demais.
No entanto, a direção surpreende com uma trama atrativa e bem elaborada.
O militar Stevens (Jake Gyllenhaal) se revolta ao saber que, sem sequer ser consultado, está fazendo parte de um experimento ultrassecreto do governo americano.Trata-se de um projeto futurista capaz de manipular o tempo e fazer de Stevens uma espécie de agente-cobaia, que será arremessado numa situação de extremo perigo oito minutos antes que o pior aconteça. Caso não consiga evitar a tragédia anunciada, ele terá uma nova chance de mais oito minutos, e desta forma sucessivamente até cumprir sua missão, morrendo quantas vezes for preciso.
É uma boa ficção científica, que vai além das inúmeras explosões virtuais. A trama do homem oprimido, lutando contra um sistema desumano e motivado pelo amor ao seu par, agrada.

Avaliação: ***

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O Retorno de Johnny English

Título original: Johnny English Reborn
País: EUA/França/Inglaterra
Ano: 2011
Gênero: Comédia
Duração: 101 min
Direção: Oliver Parker
Elenco: Rowan Atkinson, Daniel Kaluuya, Rosamund Pike, Pierce Brosnan, Dominic West, Richard Schiff, Burn Gorman, Gillian Anderson e Ben Miller.

Sinopse: durante os anos em que o principal espião do MI7 desapareceu do mapa, ele vem utilizando suas habilidades únicas em uma remota região da Ásia. Mas quando seus superiores na Agência ficam sabendo de um atentado contra a vida do premier chinês, precisam localizar o agente nada ortodoxo. Agora que o mundo precisa dele novamente, Johnny English (Rowan Atkinson – o Mr. Bean) está de volta à ação. Com uma chance de redenção, ele precisa empregar seus mais recentes aparelhos de alta tecnologia para desmascarar uma rede de conspiração que inclui a KGB, a CIA e até o MI7. Com poucos dias até uma conferência de chefes de estado, um homem precisa usar todas as suas estratégias e habilidades para proteger todos nós.

Crítica: tão original quanto o primeiro, ‘O Retorno de Johnny English’ não é uma continuação. É curto, com o tempo ideal de ação sem muitas interrupções, e um bom clima de sedução com Kate (Rosamund Pike).
Como sempre, Rowan Atkinson empresta a seu personagem muito mais do que um rosto. Seus jeitos e trejeitos e toda aquela expressão corporal silenciosa que o tornou famoso como Mr. Bean continuam afiados, e o que é melhor, mais maduros. Não há a necessidade de caretas e, ainda assim, é impossível não rir com ele. A trama pode não ser nada mais do que se espera desse gênero, mas é suficiente para não insultar os espectadores mais inteligentes. O filme não chega a brilhar, talvez nem seja capaz de manter o espectador rindo do início ao fim, mas certamente vai render boas gargalhadas de toda a família.

Avaliação: ***

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A Condenação

Título original: Conviction
País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 107 min
Direção: Tony Goldwyn
Elenco: Hilary Swank, Sam Rockwell, Melissa Leo, Thomas D. Mahard, Minnie Driver e Juliette Lewis.

Sinopse: Betty Anne Waters (Hilary Swank), uma dona de casa e mãe de dois filhos, abre mão de toda sua vida para defender seu irmão Lewiser (Sam Rockwell) que foi condenado por assassinato.

Crítica: baseado em fatos reais, o filme tenta manter-se fiel à realidade e comove em alguns momentos. A questão é que exagera nessa comoção, apelando para o melodrama.
A direção revela-se bem novelesca e pode não agradar os cinéfilos mais exigentes. As interpretações são boas – nada excepcional.
O que segura mesmo a atenção do espectador é a história em si – uma irmã perseverante que luta até o fim para provar a inocência do irmão.

Avaliação: ***

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Rock Brasília – Era de Ouro

Título original: Rock Brasília – Era de Ouro
País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Documentário
Duração: 111 min
Direção: Vladimir Carvalho
Elenco: Renato Russo, Fê Lemos, Flávio Lemos, Dinho Ouro Preto, Herbert Vianna e Philippe Seabra.

Sinopse: imagens de arquivo resgatam a história das bandas Legião urbana, Capital inicial e Plebe Rude.

Crítica: com excelentes imagens de arquivo e valiosos depoimentos, é um documentário didático e revelador sobre como surgiram as bandas dos anos 80 e de como a luta foi difícil.
Comove ao mostrar como uma molecada de rebeldia pós-punk, a maioria filhos de diplomata, acreditou no sonho e tornou-se um símbolo do rock nacional, logo após a abertura política pós-ditadura militar.
O conteúdo do filme é rico, com cenas de bastidores e entrevistas emocionadas (músicos, mãe e irmã de Renato Russo, pai do Fê e Flávio Lemos). Renato Russo é revelado em sua primeira banda – Aborto Elétrico. Cenas do seu polêmico show em Brasília, em 1988, e uma participação do Renato Russo num programa de Caetano Veloso também enriquecem a obra.
O documentário é uma conversa com o público. Impossível não se identificar com a força e o potencial daqueles jovens que mal tinham o que comer ou onde dormir nos primeiros shows e até conseguirem, enfim, gravar um LP.  
Um retrato autêntico que demonstra a força cultural que esses talentosos, criativos e rebeldes jovens tiveram, influenciando e marcando sua época. Sem dúvida, uma história de sucesso que chegou tarde ao cinema. Mas, pelo menos, chegou.

Avaliação: **** 

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