quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Belair

Título original: Belair
País: Brasil
Ano: 2009
Gênero: Documentário
Duração: 80 min
Direção: Noa Bressane e Bruno Safadi
Elenco: -

Sinopse: Belair Filmes foi a produtora criada por Julio Bressane e Rogério Sganzerla que, entre fevereiro e maio de 1970, realizou sete filmes de longa metragem. Belair é uma história do cinema. Interditados pela censura da época, estes filmes de ficção são uma desconhecida e reveladora máscara-espelho daquele período sombrio. Uma escavação ótica traz estes fotogramas clandestinos à luz.

Crítica: sou fã de documentários e esse é um que vale a pena assistir. Uma das maiores virtudes de Belair é deixar claro que, no curto período de existência da produtora (de fevereiro a maio de 1970), tivemos o momento mais livre e contestador do cinema brasileiro.
O documentário de Bruno Safadi (Meu Nome é Dindi) e Noa Bressane valoriza trechos dos filmes realizados por Rogério Sganzerla (O Bandido da Luz Vermelha) e Júlio Bressane (A Erva do Rato), passando por trechos dos inqualificáveis ‘Copacabana Mon Amour’, ‘Cuidado Madame’, ‘Sem Essa Aranha’ e ‘A Família do Barulho’. Desse modo, comprova o quanto esses pequenos trechos estão a anos-luz de superioridade e paixão de 99% do que se faz de cinema hoje neste país.
O trabalho é completado com entrevistas e imagens raras, e um belo material criado especificamente para o longa, como o barco entrando na Baía de Guanabara logo no início, ressaltando como os diretores Bressane e Sganzerla são nomes de grande valor para a cinematografia.
Para quem gosta de cinema, de verdade, a obra é puro deleite. E a forma como termina é que vai nos deixar ainda mais envolvidos com essa paixão de fazer cinema contra tudo e todos. Uma sequência importantíssima e incrivelmente bela de ‘Sem Essa Aranha’, um dos filmes mais livres e inventivos da história do cinema.

Avaliação: ***

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