terça-feira, 5 de março de 2013

Os Infiéis (Les Infidèles)


País: França
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 109 min
Direção: Emmanuelle Bercot e Fred Cavayé, entre outros
Elenco: Jean Dujardin, Gilles Lellouche e Lionel Abelanski.

Sinopse: a infidelidade masculina analisada a partir do ponto de vista de sete diretores.

Crítica: um filme de franceses tentando ser engraçados. Vale pelo experimento, mas não se anime muito.
A trama acerta algumas vezes e erra outras tantas. Há momentos engraçados e outros absolutamente constrangedores. Logo de início somos apresentados a uma dupla de amigos (o vencedor do Oscar por O Artista, Jean Dujardin, e Gilles Lellouche, de Até a Eternidade) cujo hobby é trair suas esposas. Dois típicos machos que defendem a poligamia apelando para conceitos biológicos do tipo: “o homem é geneticamente propenso a buscar novas parceiras para perpetuar a espécie”. E é o que os dois fazem, passando noitadas juntos que, invariavelmente, terminam num quarto de motel acompanhados de mulheres de ocasião. No dia seguinte, sobra a ressaca e as desculpas esfarrapadas para as esposas, todas previamente combinadas.
Depois desse primeiro momento é que se descobre que o filme é episódico. Dujardin e Lellouche interpretam diversos papeis dentro da trama e, em todos, encarnam algum estereótipo masculino. Na segunda parte, uma das mais engraçadas, Dujardin de pegador passa a viver o típico cara que não come ninguém. Participando de uma convenção num hotel distante de casa, vê aí a oportunidade de sair um pouco da rotina de casado. Atira para todo lado, mas não acerta ninguém, enquanto Lellouche, agora um cadeirante boa praça, já pegou mais de três. Ao final da noite, faz sua derradeira tentativa com uma coroa nada atrativa, na típica situação de fim de festa que, para não ficar no prejuízo – e depois de uns drinks a mais – come-se o que aparecer pela frente.
Num outro episódio, Lellouche interpreta o homem na idade do lobo que busca se afirmar como macho indo para a cama com uma gatinha muitos anos mais nova. Ele aprecia o belo corpo da moça e se sente revigorado, com o orgulho de macho em alta. Mas nem tudo são flores, afinal. A diferença de idade e vigor mais cedo ou mais tarde cobrarão seu preço. E no final da noite, resta ao personagem voltar pra casa com a cara amassada e uma história mirabolante para contar para a mulher.
E assim segue ‘Os Infiéis’ até seu final, quando voltamos aos personagens que começaram a trama, num desfecho improvável, mas que não deixa de estar em consonância com o que se viu ao longo do filme. Apresentam-se ainda outros modelos de machos incorrigíveis em esquetes cômicas de transição, que são reunidos depois numa terapia de grupo para viciados em sexo, sequência que rende outros bons momentos engraçados – e outros nem tanto assim.
Um filme machista, sem dúvida.

Avaliação: **

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