quarta-feira, 13 de março de 2013

Oz: Mágico e Poderoso (Oz: The Great and Powerful)


País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Aventura
Duração: 130 min
Direção: Sam Raimi
Elenco: James Franco, Michelle Williams e Rachel Weisz.

Sinopse: mágico de caráter questionável é transportado para um mundo mágico, onde precisa enfrentar duas bruxas maldosas para salvar um reinado.

Crítica: o longa é inspirado na obra de L. Frank Baum e apresenta referências bem veladas ao clássico “O mágico de Oz” (1939). Nele se conta como o mágico de parque de diversões Oscar Diggs (James Franco) chega na terra encantada de Oz em um balão após fugir de uma briga. Lá ele conhece Theodora (Mila Kunis), que explica a profecia de que um mágico salvaria a terra de Oz da maldade da bruxa má, Glinda (Michelle Williams), e se tornaria rei. Oz, o mágico, só se preocupa consigo mesmo e com a possibilidade de obter as riquezas do reino, e parte para a missão tendo como companheiros o macaco alado Finley (com voz de Zach Braff) e a Boneca de Porcelana (com voz de Joey King).
Depois de algumas reviravoltas, explica-se que a bruxa má, na verdade, é Theodora, auxiliada por sua irmã, Evanora (Rachel Weiss), e que Glinda é a verdadeira protetora das terras. A bondade dela se alia à esperteza do trapaceiro Oz para tentar derrotar as irmãs, tornando a trama uma lição de moral típica da Disney, com seus encantos e clichês. E são estes últimos que mais atrapalham o filme.
A necessidade de as grandes produções se converterem em lucro impede ousadias que poderiam transformar filmes medianos em clássicos. Muito provavelmente, foi a pressão da Disney para criar um produto “família” que minou grande parte da criatividade da direção de Sam Raimi em “Oz – Mágico e Poderoso”. Mesmo com o roteiro simpático, a trama se arrasta em certos momentos, e a edição “quadrada”, nada típica de Raimi, torna-os mais enfadonhos, especialmente no primeiro terço do filme. Além disso, o 3D é utilizado de maneira totalmente não criativa, uma vez que vários elementos do mundo mágico simplesmente saltam da tela para o espectador sem isso ter nenhum significado para a atmosfera ou andamento da trama.
Outro problema é a atuação um tanto quanto preguiçosa de Franco na primeira metade do longa. Seu Oz não consegue ter carisma o suficiente, e passa a impressão de que o ator tentou emular, sem sucesso, os trejeitos de um Johnny Depp em “A fantástica fábrica de chocolate” (2005) ou “Piratas do Caribe” (2003). Somente quando Oz começa a mudar seu jeito egoísta e enganador que Franco parece encontrar o tom certo da atuação, o que é uma pena, uma vez que a parte inicial, em belíssimo preto e branco, é essencial para a apresentação e criação de empatia com o personagem.
Os destaques são Rachel Weiss, que se entrega ao universo da personagem com muito mais dedicação, e Michelle Williams, no tom certo de seu personagem. Ela é uma Glinda perfeita, boazinha sem ser “mala” e nem burra; em tempos de crianças cada vez precoces, um personagem “bom” que não pareça chato é um verdadeiro achado para o espectador infantil!
Apesar dos equívocos, é uma obra simpática, longe de ser marcante como o seu "parente" de 1939. A intenção não foi criar uma obra profunda para adultos, mas sim uma viagem fantástica capaz de divertir pessoas de todas as idades. Nesse quesito, cumpre o papel.

Avaliação: ***

0 comentários:

Bilheterias Brasil - TOP 10

Seguidores

  © Blogger templates Newspaper III by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP