Oz: Mágico e Poderoso (Oz: The Great and Powerful)
País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Aventura
Duração: 130 min
Direção: Sam Raimi
Elenco: James Franco,
Michelle Williams e Rachel Weisz.
Sinopse: mágico de caráter questionável é transportado
para um mundo mágico, onde precisa enfrentar duas bruxas maldosas para salvar
um reinado.
Crítica: o longa é inspirado na obra de L. Frank Baum e
apresenta referências bem veladas ao clássico “O mágico de Oz” (1939). Nele se
conta como o mágico de parque de diversões Oscar Diggs (James Franco) chega na
terra encantada de Oz em um balão após fugir de uma briga. Lá ele conhece
Theodora (Mila Kunis), que explica a profecia de que um mágico salvaria a terra
de Oz da maldade da bruxa má, Glinda (Michelle Williams), e se tornaria rei.
Oz, o mágico, só se preocupa consigo mesmo e com a possibilidade de obter as
riquezas do reino, e parte para a missão tendo como companheiros o macaco alado
Finley (com voz de Zach Braff) e a Boneca de Porcelana (com voz de Joey King).
Depois de algumas
reviravoltas, explica-se que a bruxa má, na verdade, é Theodora, auxiliada por
sua irmã, Evanora (Rachel Weiss), e que Glinda é a verdadeira protetora das
terras. A bondade dela se alia à esperteza do trapaceiro Oz para tentar
derrotar as irmãs, tornando a trama uma lição de moral típica da Disney, com
seus encantos e clichês. E são estes últimos que mais atrapalham o filme.
A necessidade de as grandes
produções se converterem em lucro impede ousadias que poderiam transformar
filmes medianos em clássicos. Muito provavelmente, foi a pressão da Disney para
criar um produto “família” que minou grande parte da criatividade da direção de
Sam Raimi em “Oz – Mágico e Poderoso”. Mesmo com o roteiro simpático, a trama
se arrasta em certos momentos, e a edição “quadrada”, nada típica de Raimi,
torna-os mais enfadonhos, especialmente no primeiro terço do filme. Além disso,
o 3D é utilizado de maneira totalmente não criativa, uma vez que vários
elementos do mundo mágico simplesmente saltam da tela para o espectador sem
isso ter nenhum significado para a atmosfera ou andamento da trama.
Outro problema é a atuação
um tanto quanto preguiçosa de Franco na primeira metade do longa. Seu Oz não
consegue ter carisma o suficiente, e passa a impressão de que o ator tentou
emular, sem sucesso, os trejeitos de um Johnny Depp em “A fantástica fábrica de
chocolate” (2005) ou “Piratas do Caribe” (2003). Somente quando Oz começa a
mudar seu jeito egoísta e enganador que Franco parece encontrar o tom certo da
atuação, o que é uma pena, uma vez que a parte inicial, em belíssimo preto e
branco, é essencial para a apresentação e criação de empatia com o personagem.
Os destaques são Rachel
Weiss, que se entrega ao universo da personagem com muito mais dedicação, e
Michelle Williams, no tom certo de seu personagem. Ela é uma Glinda perfeita,
boazinha sem ser “mala” e nem burra; em tempos de crianças cada vez precoces,
um personagem “bom” que não pareça chato é um verdadeiro achado para o
espectador infantil!
Apesar dos equívocos, é uma
obra simpática, longe de ser marcante como o seu "parente" de 1939. A intenção não
foi criar uma obra profunda para adultos, mas sim uma viagem fantástica capaz
de divertir pessoas de todas as idades. Nesse quesito, cumpre o papel.
Avaliação:
***
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