domingo, 31 de março de 2013

Thérèse D. (Thérèse Desqueyroux)


País: França
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: Claude Miller

Elenco: Audrey Tautou, Gilles Lellouche, Anaïs Demoustier, Catherine Arditi, Isabelle Sadoyan, Francis Perrin, Jean-Claude Calon, Max Morel, Françoise Goubert, Stanley Weber, Alba Gaïa Kraghede Bellugi, Matilda Marty-Giraut, Gérard Bayle, Yves Jacques, Docteur Lebeau, Frédéric Kneip, Jack Delbalat, Jérôme Thibault, Francis Ayliès e Raymond Beyeler.

Sinopse: em 1926, Thérèse Larroque (Audrey Tautou), filha de um rico proprietário de terras, casa com Bernard Desqueyoux (Gilles Lellouche), filho de outro proprietário. De espírito livre, ela acha que o casamento a livrará de sua vida entediante e das prisões sociais. Feliz após a noite de núpcias, pouco depois Thérèse fica grávida e descobre, porém, que o bebê é mais importante para seu marido do que ela.

Crítica: uma bela produção baseada no romance Thérèse Raquin (1867), do escritor francês Émile Zola, considerada a obra inaugural do naturalismo literário. Ao ser publicada, foi severamente repudiada pela crítica literária especializada.
Entretanto, o escândalo provocado por Thérèse Raquin entre os críticos trouxe um resultado inesperado: serviu de propaganda aos ideais naturalistas do romance, colocando a recém-nascida escola literária em voga. Sob esse pretexto, a obra obteve uma nova edição no ano seguinte, acompanhada por um prefácio, no qual Zola defende as máximas do naturalismo literário: a necessidade de realizar uma análise científica minuciosa da alma humana, sem idealizações morais. Dessa maneira (nas palavras do próprio Zola) cada capítulo constitui o estudo de um caso curioso de fisiologia.
O livro, com certeza, prende mais a atenção do que o filme que se torna um pouco morno na primeira metade de sua duração.
A personagem de Thérèse D. é muito bem interpretada por Audrey Tautou. Já Gilles Lellouche, como seu marido Bernard, decepciona. Ele não consegue se desfazer da figura caricata cômica, comum em seus outros papeis no cinema.
A reconstituição de época é perfeita. Thérèse passa toda sua angústia, devido à incerteza dos seus sentimentos e da falta de livre-arbítrio. Ela é infeliz e nada mais a importa, nem mesmo a filha que terá após o casamento. Sua amizade com a nora Anne se desfaz e tudo o que ela esperava desde jovem, como um grande amor ou fortes emoções, escapa de suas mãos. O que ela pensou que a deixaria feliz e em paz não a deixou. Ela não queria aquela vida pacata, conformista, simples, mas não tinha como fugir daquilo, o que a exaspera.
Numa linha tão filosófica, talvez tenha faltado algo mais concreto que conectasse o espectador ao filme. Os atores coadjuvantes não adicionam muita força à trama, o que também atrapalha o desempenho da história.
De qualquer maneira, vale a pena ver por representar uma obra literária tão significativa para a época.

Avaliação: ***

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