Titeuf – O Filme (Titeuf, le Film)
País: França
Ano:
2012
Gênero: Animação
Duração: 87
min
Direção: Zep
Elenco: Donald
Reignoux, Jean Rochefort e Zabou Breitman.
Sinopse: Titeuf
(voz de Donald Reignoux) foi o único menino de sua sala que não foi convidado
para o aniversário de Nádia (Mélanie Bernier). Isso o decepciona, pois ele
sempre se esforça para impressionar a menina. Atrelado a isso, seus pais estão
prestes a se divorciar. Em meio a toda essa situação turbulenta o menino irá
aprender a superar seus problemas e arrumar um jeito de ser convidado ao
aniversário de Nádia.
Crítica: adaptação da famosa história em quadrinhos
francesa que também virou desenho animado para a TV, ‘Titeuf: o Filme’ narra o
dia-a-dia do personagem homônimo e seus dilemas pré-adolescentes: escola,
amigos, relacionamento com meninas, busca por mais liberdade.
A trama mostra a visão do
protagonista sob a crise no casamento dos pais. Como dois franceses bem
esclarecidos, eles resolvem dar um tempo e a mãe de Titeuf vai morar fora com a
filha pequena, deixando os homens da casa por conta própria. Na escola, o
menino se interessa por Nadia, que não lhe dá bola. E com a intenção de ser
convidado para a festa de aniversário da garota, tenta unir seu pai à mãe dela,
a qual pensa também estar separada.
O traço da animação segue
exatamente o dos quadrinhos e do desenho animado francês. E esse deve ser o
maior mérito da película: manter uma estética simples para falar sobre temas
cotidianos que fazem parte da vida de tantos jovens, apesar de o desfecho
otimista não dizer respeito à maioria dos casos.
Destinado a um público bem
específico, e sem pretensão de ir além disso, Titeuf soa cansativo para quem já
passou dos 12 ou 13 anos. Nas tirinhas, o personagem criado por Philippe
Chappuis tem mais liberdade para unir humor e ironia ao tratar de debates
sociais e culturais de forma sutil, um aspecto quase ausente na versão
cinematográfica.
Mas é interessante notar
como uma nova abordagem tem sido desenhada para o público mais jovem. A noção
de família e as mudanças nessa base se desvelam no longa e na cabeça do
espectador, algo extremamente benéfico para tornar menos deslocado um tema tão
comum nos dias de hoje, como o da separação.
Entretanto, mesmo fazendo
do assunto algo mais compreensível e simples de assimilar, Titeuf não perde um
certo ar francês, restringindo impacto a um número menor de espectadores.
Personagens discretos são coadjuvantes nessa trama de tom juvenil e intimista,
longe da realidade emotiva dos países latinos. As situações têm um humor
peculiar, até mesmo introspectivo. Talvez essa visão menos calorosa empolgue
menos os espectadores aqui no Brasil.
Avaliação:
**
0 comentários:
Postar um comentário