segunda-feira, 28 de abril de 2014

Um Amor em Paris (Paris Follies)

País: França
Ano: 2013
Gênero: Comédia romântica
Duração: 114 min
Direção: Marc Fitoussi
Elenco: Isabelle Huppert, Pio Marmai e Jean-Pierre Daroussin.

Sinopse: com 50 anos, mas ainda muito dinâmicos, Brigitte e Xavier são criadores em Charolles. Seus dois filhos partiram e o casal se vê num face a face incerto, fechado numa rotina que é cada vez mais pesada para Brigitte. Um dia, a festa surpresa de jovens parisienses na casa vizinha acelera a crise latente.

Crítica: um romance bem contado e, ainda, com senso de humor, sempre lava a alma. Não é qualquer relação que dura anos. A convivência traz o peso da rotina, dúvidas, desavenças, solidão, insegurança. Só a maturidade ajuda a vencer tais barreiras e, é claro, o amor e o respeito.
Uma simples festa, um desconhecido, um encontro casual, acontecimentos de uma noite podem desencadear uma série de sentimentos confusos, dar vida a pensamentos guardados e trazer à tona segredos ou assuntos não discutidos até então.
Isabelle Huppert está, mais uma vez, convincente no papel de Brigitte, uma mulher de 50 anos que vê a idade chegar ao lado de seu marido e sente falta de ser vista, elogiada, agradada.
O roteiro dinâmico e inteligente garante um final louvável.


Avaliação: ****

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Instinto Materno (Pozitia Copilului)

País: Romênia
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Calin Peter Netzer
Elenco: Bodgan Dumitrache e Luminita Gheorghiu.

Sinopse: homem de 34 anos deixa a mãe irritada ao decidir sair de casa, mas, quando ele sofre um grave acidente, ela tem o filho de volta aos seus cuidados.

Crítica: sem dúvida, “Instinto Materno” traz uma história que incomoda. É simples, mas complexa e densa ao mesmo tempo, mostrando personagens com os quais muitos se identificarão. Pessoas, humanas, fragilizadas e capazes de quaisquer atos, ainda que falhos, a fim de ajudar a quem se ama.
Cornelia (Luminita Gheorghiu) é uma senhora da alta sociedade romena que, em uma noite, entra em contato com sentimentos intensos e conflitantes: seu filho, Barbu (Bodgan Dumitrache), atropela e mata uma criança. E o primeiro instinto toma conta de Cornelia, que faz de tudo para defender o filho e evitar que ele seja preso.
São tantos anos de convivência que as marcas de uma relação conflituosa estão ali. Mágoas guardadas, verdades não ditas. Barbu, ao mesmo tempo, gera no espectador ódio e pena por se revelar um sujeito que não consegue lidar com os próprios problemas como um adulto, sem jamais conseguir se libertar do domínio devastador da mãe. Enquanto isso, Cornelia não compreende como Barbu se ressente tanto de todo o carinho e proteção que ela disponibiliza a ele desde que nasceu. Só a complexidade da relação mãe e filho já deixa o espectador inebriado de tantas sensações próximas ao cotidiano de inúmeras famílias. O cenário se completa com o pai, a nora e a família da criança atropelada, que completam um círculo complexo de ruínas emocionais que se abrem a partir do fato em questão.
Em certo momento da narrativa, Cornelia encontra a família da criança morta e as barreiras de classe e de sentimentos começam a se desfazer a partir das confissões das dores de cada um.
É preciso termos consciência da nossa existência para assumirmos nossas responsabilidades e nossas escolhas. Um filme difícil de se ver, mas importante.
Além da valiosa trama, o mérito vai todo para a atuação exemplar de Luminita Gheorghiu.


Avaliação: ***

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Yves Saint Laurent

País: França
Ano: 2013
Gênero: Biografia
Duração: 106 min
Direção: Jalil Lespert
Elenco: Pierre Niney, Guillaume Gallienne, Charlotte Le Bon, Laura Smet e Marie de Villepin.

Sinopse: Paris, 1957. Com apenas 21 anos, Yves Saint Laurent assume a famosa marca de alta costura fundada por Christian Dior, falecido recentemente. Em seu primeiro desfile triunfal, ele conhece Pierre Bergé, um encontro que irá mudar sua vida.

Crítica: o filme que merece ser visto por todos tem altos e baixos. É preciso na reconstrução de época, acompanhando duas décadas da vida do gênio da alta-costura. Com somente 21 anos, assume a direção artística da Dior, passando pela abertura da própria grife, até o auge, com um belo desfile em 1976. A direção de arte é impecável nos detalhes e figurinos. Não há como negar.
Mas o destaque mesmo é a interpretação e caracterização de Pierre Niney (As Neves do Kilimanjaro, Rindo à Toa) na pele de Yves Saint Laurent. O tom de voz e a postura tímida que o jovem ator assume para criar seu personagem, realmente convence.
No entanto, poderia ter contado mais sobre como ele chegou ao auge e de onde veio toda sua genialidade para a criação dos modelos. O filme foca mesmo mais na relação bastante conturbada com Pierre Bergé (Guillaume Gallienne, excelente no papel) que é seu sustentáculo. O próprio Saint Laurent admitiu isso em vida (ele faleceu em 2008). Envolveu-se com drogas, relações pouco confiáveis e perdeu muito dinheiro; simplesmente não sabia lidar com ele. Bergé é que cuidava de tudo e foi também quem esteve ao lado do estilista quando ele esteve bastante doente e com permaneceu até a sua morte.
Outro deslize do filme é não se aprofundar nas questões políticas que aborda bem superficialmente, quando da sua convocação para a guerra pelo seu país (YSL nasceu na Argélia) e sua dor pela família ainda viver lá e ele em Paris.
E a narração em off, usada demasiadamente, também não foi o melhor recurso para o longa. O filme, aliás, começa com Bergé nos dias de hoje, relembrando o passado, como se falasse diretamente para Yves Saint-Laurent. Cita alguns fatos ocorridos e força um diálogo com ele desnecessário, já que YSL está presente na película.


Avaliação: ***

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Amante a Domicílio (Fading Gigolo)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 98 min
Direção: John Turturro
Elenco: John Turturro, Woody Allen, Liev Schreiber, Vanessa Paradis Sharon Stone, Sofía Vergara e Tonya Pinkins.

Sinopse: para ajudar um amigo com problemas financeiros, Fioravante (John Turturro) decide se tornar um Don Juan profissional. Ele e o amigo Murray (Woody Allen), agora seu empresário, acabam se envolvendo em diversas confusões amorosas e financeiras.

Crítica: o filme não é dirigido por Woody Allen, mas tem seus bons diálogos. Os melhores são entre ele, no papel do cafetão Murray, e Fioravante (John Turturro). Além disso, o fato de tê-lo no elenco já é um ponto positivo.
Com narrativa crítica (sobretudo à submissão feminina em meio aos judeus ortodoxos), abusa de situações surreais e hilárias para contar de uma forma divertida como o amor pode surgir e mudar as pessoas.
Uma história leve e que faz bem ao ego. Uma cena bastante comovente se dá entre os os personagens Fioravante e Avigal (vivida ela atriz Vanessa Paradis).
A trilha sonora, com músicas em inglês, italiano e espanhol, é perfeita para a trama, com letras e ritmos que contagiam o espectador. 


Avaliação: ***

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Antes do Inverno (Avant l’hiver)

País: França
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 103 min
Direção: Philippe Claudel
Elenco: Daniel Auteuil, Kristin Scott Thomas, Leila Bekhti e Richard Berry.

Sinopse: Paul é um neurocirurgião de 60 anos casado com Lucie. Um dia, buquês de rosa começam a ser entregues de forma anônima na casa deles no mesmo momento em que Lou, uma jovem de 20 anos não para de cruzar o caminho de Paul. Então as máscaras começam a cair: será que todos são realmente o que fingem ser? Ainda há tempo, antes da velhice, de ousar e revelar os subentendidos e os segredos?

Crítica: uma trama cheia de suspense, semelhante ao filme “Cachê” (2005), também com o ator Daniel Auteuil.
A narrativa é lenta, tem poucos diálogos e assim se mantém por quase todos os seus 103 minutos.
Paul (Auteuil) é um bem-sucedido cirurgião, aparentemente feliz e que vive para o trabalho até ser dispensado para descansar um pouco. Tal estresse é desencadeado após passar a receber milhares de buquês de flores sem cartão e sem explicação aparente. Suspeita de alguém, inicia uma investigação a seu jeito, mas nada consegue provar. E acaba por encontrar uma moça fragilizada que trabalha em um café e, à noite, se prostitui. Nessa peregrinação, ele que já era distante e de poucas palavras, piora ainda mais seu relacionamento com a esposa, o filho casado e seu amigo mais próximo. Mas Paul está muito longe de saber toda a verdade.
O desfecho é surpreendente, digno de um thriller policial.


Avaliação: ***

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Um Plano Perfeito (Un Plan Parfait)

País: França
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 104 min
Direção: Pascal Chaumeil
Elenco: Diane Kruger e Dany Boon.

Sinopse: para evitar a maldição que destrói todos os primeiros casamentos da sua família, Isabelle tem uma estratégia para se casar com o homem que ama: encontrar um tolo, se casar com ele e se divorciar. Um plano perfeito se o alvo não fosse o infernal Jean-Yves Berthier, redator de um guia de viagem que ela vai acompanhar do Kilimanjaro a Moscou.

Crítica: se a ideia é descontrair, o filme é um prato cheio. Exagerado, mas não escrachado, o roteiro tem mesmo partes engraçadas contando com a graça natural de seus protagonistas, Diane Kruger e Dany Boon.
Mesmo que com situações surreais, a história é bem mais divertida do que os besteiróis de filmes globais empurrados aos montes no “cinema” brasileiro”. 


Avaliação: ***

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Um Belo Domingo (Un Beau Dimanche)

País: França
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Nicole Garcia
Elenco: Louise Bourgoin, Pierre Rochefort e Dominique Sanda.

Sinopse: Baptiste é professor no sul da França. Na véspera de um fim de semana, contra sua vontade, ele herda Mathias, um dos seus alunos esquecido na saída da escola por um pai negligente. Mathias leva Baptiste até sua mãe, Sandra. Em um dia os três se apaixonam. Mas Sandra tem que ir embora, fugir de uma ameaça por causa de uma dívida. Para ajudá-la, Baptiste deverá voltar às origens da sua vida, ao que ele tem de mais doloroso.

Crítica: a história pode não ser original, mas é bem contada e, graças à boa atuação dos atores, atinge o espectador com dramas que poderiam ser de qualquer um.
Um filho que renega a fortuna da família para viver uma vida independente. Sem lar e sem amor, acredita ser essa a melhor opção. No seu caminho, cruza uma outra família: pais separados e um menino também sem amor, com o qual se identifica.
Sem querer, acaba se aproximando da criança e da mãe tentando ajudar a construir algo melhor do que teve no passado.
No final, a mensagem de que sempre pode haver uma saída.


Avaliação: ***

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O Passado (Le Passé)

País: França
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 140 min
Direção: Asghar Farha
Elenco: Bérénice Bejo, Tahar Rahim, Ali Mossafa, Pauline Burlet e Elyes Aguis.

Sinopse: após quatro anos de separação, Ahmad chega a Paris de Teerã, a pedido de Marie, sua esposa francesa, para assinar o divórcio deles. Durante sua estada, ele descobre a relação conflituosa entre Marie e sua filha, Lucie. Os esforços de Ahmad para tentar melhorar essa relação vão revelar um segredo do passado.

Crítica: o drama e o suspense investidos em “O Passado” não são tão eficientes quanto “Depois de Uma Separação”, do mesmo diretor, de 2011.
É verdade que o passado determina o presente, e é também verdade que é irrecuperável. O longa-metragem pretende refletir sobre a culpa que esse passado deixa em cada um de nós, o que não foi feito, o que foi deixado por fazer e o que não devia ter sido feito. Não sendo original, a temática é interessante e poderia ser o ponto de partida para uma forte reflexão e para estabelecer proximidade com o espectador. Ali ninguém é inocente e todos vivem com culpas e arrependimentos.
O filme começa por seguir Ahmad (Ali Mosaffa) que após quatro anos de separação chega a Paris a partir de Teerã, a pedido de Marie, a sua esposa francesa, para se divorciarem legalmente. Durante a sua breve estadia, Ahmad descobre a relação conflituosa que Marie (Bérénice Bejo) tem com a filha mais velha, Lucie (Pauline Burlet). Enquanto Ahmad se esforça para tentar melhorar esse relacionamento, irá descobrir segredos bem guardados do passado de cada uma das personagens. Marie tem também um relacionamento com Samir (Tahar Rahim) que tem outro filho, Fouad (Elyes Aguis).
O problema é que a trama se estende demais, divaga em demasia pelos dramas de seus personagens sem, de fato, atingir o espectador. Quando, no final, enfim, surgem revelações, a reviravolta não causa o impacto esperado. O filme já perdeu a força.
Faltam justificativas para algumas atitudes e tudo fica um pouco confuso.
O melhor do filme é a atuação de Ali Mosaffa (seguro e convincente como Ahmad) e de Elyes Aguis, tão natural como o filho rebelde e que se sente pouco amado em meio a tanta desordem, que nos comove.
De qualquer forma, a história tem seus méritos.  


Avaliação: ***

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A Grande Volta (La Grand Boucle)

País: França
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 98 min
Direção: Laurent Tuel
Elenco: Clovis Cornillac, Bouli Lanners, Ary Abittan e Elodie Bouchez.

Sinopse: François é apaixonado pelo Tour de France. Demitido por seu patrão e abandonado pela mulher, ele vai fazer a “grande volta” saindo um dia antes dos profissionais. Ele é logo seguido pelos outros, inspirados por seu desafio. Os obstáculos são inúmeros, mas os rumores da sua proeza se espalham. As mídias se inflamam, os passantes o aclamam, o Maillot Jaune se enfurece. François deve ser detido.

Crítica: uma comédia alto astral, bons diálogos, história leve e uma mensagem bastante positiva. Um filme para toda família assistir. E ainda conta com cenários franceses belíssimos. Uma boa pedida!


Avaliação: ***

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Marina

País: Bélgica
Ano: 2013
Gênero: Drama, biografia
Duração: 118 min
Direção: Stinjn Coninx
Elenco: Matteo Simoni, Evelien Bosmans e Luigi Lo Cascio.

Sinopse: Itália, 1948. O jovem Rocco cresce na Calábria, até que um dia seu pai Salvatore decide ir para a Bélgica, onde luta para ganhar dinheiro trabalhando numa mina de carvão. Logo, ele manda buscar a família. Do dia para a noite, Rocco vira um imigrante e tem que lidar com a nova situação. Rocco quer ser como os outros jovens, quer tornar-se alguém e ter um propósito na vida. Contra a vontade de seu pai, ele encontra um escape na música e no amor. Baseado nas memórias de infância do cantor ítalo-belga Rocco Granata.

Crítica: o filme baseado em fatos reais não empolga, apesar da bela história do cantor Rocco Granata (interpretado por Matteo Simoni), que fez sucesso nos anos 1950 e 1960 com um repertório romântico.
Não foi um grande astro, mas teve um trajetória bem peculiar e, se não fosse a direção tão convencional, o elevado tom melodramático e as atuações pouco convincentes, a trama seria mais bem recebida pelo espectador.
A carreira de Rocco (proveniente da região da Calábria, na Itália) teve início na Bélgica, país sem maior tradição no universo da música pop. O pai Salvatore (Luigi Lo Cascio), em busca de uma vida melhor, parte em 1948 para trabalhar nas minas do país e, depois, manda buscar a família. Essa foi a opção de muitos italianos sem perspectiva de emprego em seu país após a Segunda Guerra.
A vida foi dura para a família até que conseguem mudar-se para uma casa maior e com mais conforto. Mas Rocco sabia que não queria ser um mineiro como o pai. Seu grande sonho era comprar um acordeão e ser um cantor.
O caminho é repleto de dificuldades: preconceito, desconfiança, namoros proibidos, acusações injustas (Rocco chega a ser preso), acidentes, desavenças com o pai, enfim, uma história de privação, perseverança e superação.
Helena (Evelien Bosmans), uma menina belga, é quem incentiva o jovem músico a participar de um show de talentos e é a musa inspiradora da canção que faria dele um astro, ‘Marina’, gravada em um compacto junto com ‘Manuela’, em 1959. O disco não teve maior repercussão de imediato, mas quando Rocco estava prestes a desistir da vida musical para ajudar a família, Marina estoura nas rádios belgas e alemãs e o leva a uma consagradora apresentação no Carnegie Hall, nos EUA.


Avaliação: **

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Julio Sumiu

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 100 min
Direção: Roberto Berliner
Elenco: Lília Cabral, Fiuk, Carolina Dieckmann, Dudu Sandroni, Augusto Madeira, Pedro Nercessian e Stepan Nercessian.

Sinopse: zona sul do Rio de Janeiro. Edna (Lilia Cabral) é mãe de Julio (Pedro Nercessian) e Sílvio (Fiuk). Um dia ela acorda desesperada ao perceber que Julio simplesmente desapareceu, sem deixar pistas. Preocupada, ela vai à delegacia com Eustáquio (Dudu Sandroni), seu marido, mas eles são destratados pelo delegado adjunto J. Rui (Augusto Madeira), que estava mais interessado em conquistar a colega de trabalho Madalena (Carolina Dieckmann). Após receber na secretária eletrônica um aviso de que o filho está com Tião Demônio (Leandro Firmino), o chefão do tráfico do morro ao lado, Edna decide ir até lá negociar. Surpreendida por um tiroteio, ela acaba guardando 20 kg de cocaína para o traficante que, em troca, promete libertar Julio. O problema é que Sílvio, ao descobrir a cocaína, decide vendê-la.

Crítica: a comédia inspirada no livro homônimo de Beto Silva, adaptada para as telas por ele em parceria com a roteirista Patrícia Andrade (À Beira do Caminho), tem clara dificuldade em extrair humor das situações propostas. Tudo é sem graça e nos primeiros 15 minutos nos perguntamos se estamos assistindo a um drama ou a uma comédia.
Essa indecisão só atrapalha o desenvolvimento do longa que até tem uma história para contar, diferente dos inúmeros lançamentos de filmes brasileiros com formato de programas televisivos.
Mas faltou mesmo competência à direção para criar situações, de fato, hilárias, que não faltariam ao se pensar em uma mãe ingênua suburbana, metida em trapalhadas com a criminalidade, para achar o filho desaparecido.
Lília Cabral, que transita fácil entre drama e comédia, faz seu melhor no papel de mãe, mas não o suficiente para sustentar um roteiro mal planejado.


Avaliação: **

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O Filho de Deus (Son of God)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 138 min
Direção: Christopher Spencer
Elenco: Diogo Morgado, Roma Downey, Darwin Shaw, Joe Wredden e Amber Rose Revah.

Sinopse: vindo de uma pescaria fracassada, Pedro (Darwin Shaw) encontra Jesus Cristo (Diogo Morgado), que o convence a segui-lo. Logo Cristo reunirá 12 apóstolos que têm por missão espalhar seus ideais pela Terra. Entretanto, por mais que pregue o amor ao próximo e a compaixão, sua crescente popularidade desperta a ira de pessoas importantes de Jerusalém, que não desejam que o status quo seja alterado. A traição de um de seus apóstolos, Judas (Joe Wredden), faz com que Cristo seja capturado e levado a julgamento.

Crítica: ao contrário de Noé, o filme não traz polêmicas nem conflitos. Retrata exatamente o que há na Bíblia. No entanto, a produção mediana com atores amadores e formato novelesco empolgará pouco até os católicos mais fervorosos. Assistir a mais de duas horas do filme não é uma tarefa fácil.


Avaliação: **

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Eles Voltam

País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: min
Direção: Marcelo Lordello
Elenco: Maria Luiza Tavares, Georgio Kokkosi e Elayne de Moura.

Sinopse: Cris e Peu, seu irmão mais velho, são deixados na beira de uma estrada pelos próprios pais. Os irmãos foram castigados por brigar constantemente durante uma viagem à praia. Após algumas horas, percebendo que os pais não retornaram, Peu parte em busca de um posto de gasolina. Cris permanece no local por um dia inteiro e, sem notícias dos pais ou do irmão, decide percorrer ela mesma o caminho de volta para casa.
  
Crítica:

Avaliação: a conferir

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Copa de Elite

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 99 in
Direção: Vitor Brandt
Elenco: Marcos Veras, Bento Ribeiro, Julia Rabello, Alexandre Frota, Rafinha Bastos, Bruno de Lucca, Daniel Furlan, Thammy Miranda, Antônio Pedro e Anitta.

Sinopse: uma paródia aos grandes sucessos do cinema nacional. Na trama, Jorge Capitão (Marcos Veras) é um destemido e individualista Capitão do BOP, e um ídolo brasileiro. Porém, após salvar o maior craque argentino de um sequestro às vésperas da Copa do Mundo, ele acaba virando o inimigo público número 1 do Brasil. Expulso da corporação e desacreditado, ele terá que aprender a trabalhar em equipe para evitar um atentado contra o Papa na final do torneio. Para isso ele conta com a ajuda de uma seleção de craques como a empresária de sex shop Bia Alpinistinha (Julia Rabello), um médium (Bento Ribeiro) que fará a ponte com o além e de sua mãe (Alexandre Frota) que é uma peça.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Divergente (Divergent)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Ação
Duração: 139 min
Direção: Neil Burger
Elenco: Shailene Woodley, Miles Teller e Kate Winslet.

Sinopse: em um futuro distante, para evitar guerras, a sociedade é dividida em 5 facções, cada uma contribuindo com um diferente setor da sociedade. Todos os jovens ao completarem 16 anos passam por um teste onde descobrem a qual facção pertencem. Porém algo raro acontece no teste de Beatrice (Tris): seus resultados são inconclusivos. Isso significa que ela pertence a mais de uma facção. Eles chamam isso de DIVERGENTE. Divergentes não podem ser controlados e devem ser eliminados.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Confia em Mim

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Drama, suspense
Duração: 90 min
Direção: Michel Tikhomiroff
Elenco: Fernanda Machado, Mateus Solano e Bruno Giordano.

Sinopse: Mari (Fernanda Machado) tem um grande sonho: abrir seu próprio restaurante. Para tanto ela trabalha duro como chefe de cozinha, sempre focando a ascensão profissional. Até que um dia ela conhece Caio (Mateus Solano), um cara simpático que permite que ela enfim realize seu sonho. Só que logo Mari percebe que nem tudo é tão simples assim.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Capitão América 2: O Soldado Invernal (Capitain America: The Winter Soldier)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Ação, ficção científica
Duração: 135 min
Direção: Anthony Russo e Joe Russo
Elenco: Chris Evans, Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Anthony Mackie, Cobie Smulders, Frank Grillo, Emily VanCamp, Hayley Atwell, Robert Redford e Samuel L. Jackson.

Sinopse: dois anos após os acontecimentos em Nova York, Steve Rogers (Chris Evans) continua seu dedicado trabalho com a agência S.H.I.E.L.D. e também segue tentando se acostumar com o fato de que foi descongelado e acordou décadas depois de seu tempo. Em parceria com Natasha Romanoff (Scarlett Johansson), também conhecida como Viúva Negra, ele é obrigado a enfrentar um poderoso e misterioso inimigo chamado Soldado Invernal, que visita Washington e abala o dia a dia da S.H.I.E.L.D., ainda liderada por Nick Fury.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Profissão de Risco (The Bag Man)

País: EUA/Bahamas
Ano: 2013
Gênero: Suspense
Duração: 108 min
Direção: David Grovic
Elenco: John Cusack, Rebecca da Costa e Robert De Niro.

Sinopse: quando um assassino cruza o caminho de uma mulher misteriosa, dois homens precisam unir forças para fugir e tentar sobreviver a uma noite de caos homicida.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Bonnie e Clyde

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Ação, drama
Duração: 103 min
Direção: John Ice e Joe Batteer
Elenco: Emile Hirsch, Holliday Grainger, William Hurt e Holly Hunter.

Sinopse: narra a história do casal de criminosos (Clyde Barrow e Bonnie Parker) mais famoso da história e que se tornaram os maiores inimigos públicos dos Estados Unidos na década de 30, época da Grande Depressão.

Crítica: na trama, Bonnie (Holliday Grainger) é uma garçonete que se muda para o Texas com a mãe, onde conhece Clyde (Emile Hirsch), que participa de uma gangue de ladrões. Ao entrar para o grupo, ela também passa a ser procurada pela polícia.
Vale lembrar que a história do amor bandido entre Bonnie e Clyde já foi retratada em livros, músicas, filmes, peças teatrais e até em um musical da Broadway.
No cinema, o título mais famoso foi lançado em 1967. Tendo Warren Beatty e Faye Dunaway nos papéis principais, o longa mostra a parceria dos dois até a hora de suas mortes, assassinados em 23 de maio de 1934.
Clyde tornou-se famoso pelo uso impiedoso de sua arma, utilizada tanto durante os assaltos, como em suas inúmeras fugas. Ele se vangloriava de ter uma capacidade extraordinária: um sexto sentido infalível para antecipar eventos antes mesmo que acontecessem. A verdade é que conseguiu estar sempre um passo à frente da lei e foi bem-sucedido em escapar das garras da Justiça. Seu ponto fraco era Bonnie, cujas frequentes aparições nos jornais satisfaziam uma sede de fama que a motivava a cometer crimes cada vez mais arriscados e perigosos, em uma louca aventura por notoriedade e dinheiro. E foi assim que se tornaram uma lenda dos tempos modernos.
Declarados como "procurados e perigosos” entre os anos de 1931 e 1934, eles faziam parte de um bando que era perseguido por sua longa lista de assaltos a bancos, lojas e postos de gasolina por vários estados americanos. Esta extensa ficha criminal foi tema de inúmeras manchetes, assim como o final de sua história e de suas vidas, transformando-os em uma lenda que ultrapassou fronteiras.
As atuações são convincentes (sobretudo de Hirsch), a narrativa é dinâmica e o roteiro soube explorar bem as partes mais importantes da história da dupla criminosa. Destaque também para a performance de William Hurt, na caçada final do casal americano mais perigoso dos anos 30.
Fotos e imagens reais da época são mostradas ao longo e ao final da película.


Avaliação: ***

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terça-feira, 8 de abril de 2014

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 96 min
Direção: Daniel Ribeiro
Elenco: Ghilherme Lobo, Tess Amorim, Fabio Audi, Isabela Guasco e Selma Egrei.

Sinopse: Leonardo, um adolescente cego, busca a independência e descobre mais sobre sua sexualidade ao se apaixonar por Gabriel, um colega de classe. Baseado no curta-metragem "Eu Não Quero Voltar Sozinho" (2010).

Crítica: o filme venceu o prêmio da crítica (FIPRESCI) na mostra Panorama do Festival de Berlim. Baseado no curta-metragem "Eu Não Quero Voltar Sozinho", do mesmo diretor, a história gira em torno de Leonardo (Ghilherme Lobo), um adolescente cego que descobre uma paixão pelo colega Gabriel (Fabio Audi).
Com mais tempo e recursos, o diretor explora de forma sensível a sexualidade e as dificuldades para conquistar a independência de Leo, que nasceu cego.
Sem espaço para compaixões e com um humor certeiro, o longa mostra Leo e sua amiga inseparável Giovana (Tess Amorim) vendo suas rotinas mudarem após a chegada de Gabriel (Fabio Audi) à escola. O trio logo fica muito próximo e, como em qualquer triângulo amoroso, adulto ou juvenil, o ciúme é incontornável: está nas ações da amiga que defende Leo com unhas e dentes, na superproteção da mãe, na compreensão do pai que busca dialogar e, especialmente, na aproximação com o novo amigo.
Um ponto muito tocante do filme é a naturalidade com que o próprio Leo passa a tratar a sua cegueira com a chegada do novo amigo. Seja pela força do hábito ou por nem lembrar que o menino é diferente, Gabriel vive cometendo gafes do tipo "já viu aquele vídeo famoso?". No lugar de causar constrangimento, a total falta de dedos do amigo impulsiona Leo a buscar novas experiências, antes impensadas, como ir ao cinema ou sair de casa no meio da madrugada, sem avisar, para "ver" um eclipse.
A partir desses momentos, o contato com o mundo passa a ser uma urgência, como na vida de qualquer adolescente, mas no caso de Leo tudo se torna mais agudo – é a descoberta de um amor que nada vê, apenas sente. A química entre os três funciona muito bem e as atuações são incrivelmente naturais. As cenas são fortes e tocantes, mas sem exageros.
Com exceção de alguns excesso no início do filme, com relação às dificuldades de um cego (tendo em vista que alguém com essa deficiência tem um mundo à parte e torna-se bastante autônomo, desenvolvendo melhor os outros sentidos), tudo está no compasso certo. O filme retrata, ainda, o bullying sofrido por Leo na escola.
Belo, afinal, fala de amor. Ao término da exibição, aplausos. Tem sido essa a reação do público, inclusive em Berlim, quando foi mostrado.

Avaliação: ****

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Noé (Noah)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Aventura
Duração: 137 min
Direção: Darren Aronofsky
Elenco: Russell Crowe, Jennifer Connelly, Emma Watson, Anthony Hopkins e Ray Winstone.

Sinopse: baseado na história bíblica, o filme mostra a trajetória de Noé, que tem como missão construir uma imensa arca para abrigar os animais durante um dilúvio que acabará com a vida na Terra.

Crítica: difícil avaliar um filme que teve grandes pretensões, mas não chegou a alcançar nem a metade delas. Uns dirão que é uma abordagem ousada da história bíblica, outros que o filme não vale a pena ser visto ou levado a sério e outros, ainda, que nem o verão por, simplesmente, ir contra suas crenças.
Inspirado no criacionismo, o filme retrata o que teria ocorrido depois da expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden e após Caim, filho de Adão e Eva, assassinar seu irmão Abel. A linhagem de Caim criou cidades decadentes e que exploravam os recursos naturais sem nenhuma consciência. Já a linhagem de Set, o terceiro filho de Adão e Eva, vivia em paz e harmonia. Chegou um momento que os herdeiros de Caim praticamente eliminaram os herdeiros de Set, até que um dos únicos remanescentes foi um jovem Noé, que presencia a morte do próprio pai nas mãos de um dos descendentes de Caim.
Anos depois, Noé (Russel Crowe) e sua esposa Noéma (Jennifer Connelly) tentam ser bons pais e passar os nobres valores para os filhos. Numa certa noite, Noé tem uma visão de um terrível dilúvio. Ele tenta dizer ao seu povo a cessar seus maus tratos sobre a terra, a fim de serem salvos. Contudo, ninguém o ouve. Atordoado, ele visita seu avô Matusalém (Anthony Hopkins) que lhe dá um chá “místico” que revela a Noé sua missão: construir uma arca para salvar os animais do mundo enquanto o Criador limpa o planeta da impureza dos humanos com um terrível dilúvio. Tarefa difícil e que fica ainda mais complexa quando o terrível guerreiro Tubal-caim (Ray Winstone) descobre o plano de Noé e decide tomar a arca para si e seus soldados. Para cumprir sua missão Noé precisará de uma ajuda mais do que humana, ou seja, de seres divinos.
Russel Crowe é o ponto mais forte da produção. Darren Aronofsky, o diretor dessa polêmica obra, é conhecido por fazer filmes sobre personagens obsessivos e autodestrutivos, como em ‘Pi’ e ‘Cisne Negro’. Não é nenhuma surpresa que Noé de sua versão seja um homem de boas intenções, mas tão obcecado que seus atos podem levá-lo à loucura. Crowe interpreta Noé sempre de maneira intensa, um devoto fanático, mantendo uma convicção inabalável em todos os momentos, mesmo quando esse faz atos discutíveis, pois em sua mente é tudo em nome do Criador.
O que decepciona, no final das contas, é que tudo fica muito confuso. O diretor mescla teoria de evolução com história bíblica, no entanto não conclui o que realmente pretende passar. São criaturas e momentos “mágicos” na narrativa em demasia que acabam por prejudicar o desenvolvimento dos personagens.
A fotografia (locações na Islândia) e a bela trilha compõem o mundo de Noé como um lugar lúgubre, frio e sem perdão. É um filme apocalíptico, facilmente percebido pelos elementos fantásticos na produção, com direito a dilúvio, anjos de pedras, guerreiros sendo retratados de forma caricata e tantos outros efeitos. No entanto, mesmo com uma superprodução (foram gastos US$ 125 milhões), o longa não convence.
Na verdade, é uma obra estranha. No desfecho, o que vale mesmo é a mensagem atemporal de preservação do planeta e o que a humanidade precisa fazer a partir de então para não cometer os mesmos erros.


Avaliação: **

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Belém: Zona de Conflito (Bethlehem)

País: Israel
Ano: 2013
Gênero: Drama, suspense
Duração: 99 min
Direção: Yuval Adler
ElencoShadi Mar'i, Tsahi Halevi, Yossi Eini e George Iskander.

Sinopse: conta a história do vínculo improvável entre Razi, um oficial do serviço secreto israelense, e Sanfur, seu informante palestino. Sanfur é o irmão mais novo de um militante palestino. Razi o recrutou quando ele tinha apenas 15 anos e desenvolveu uma relação muito próxima, quase paternal com ele. Agora aos 17, Sanfur tenta navegar entre as demandas de Razi e a lealdade ao seu irmão, vivendo uma vida dupla e mentindo para os dois. Quando o serviço secreto israelense descobre o quanto Sanfur está envolvido nas atividades de seu irmão, Razi se depara com um grande dilema. 

Crítica: relação delicada entre um jovem informante palestino e um agente do serviço secreto israelense. Assim se pode definir 'Belém: Zona de Conflito'. Instigante, tenso e, às vezes, pró-Israel, o filme conta com um roteiro inteligente, situações bastante realistas e boas atuações.
Sanfur (Shadi Mar'i), informante do serviço secreto israelense desde os 15 anos, vive dilemas terríveis. Manter a lealdade ao irmão – um militante palestino – ou obedecer a Razi (Tsahi Halevi), o agente que o recrutou e com quem mantém há dois anos uma relação de confiança e amizade?
Tudo piora quando ocorre um atentado suicida em Jerusalém, vindo à tona o envolvimento de Sanfur nas atividades palestinas. O interessante é que o filme foi coescrito pelo jornalista Ali Wakad com base em suas experiências como correspondente na Cisjordânia.
De um lado, a figura do oficial do serviço secreto israelense derrama cuidados quase paternais, não hesitando em arriscar a própria vida em função de seu jovem informante palestino. O retrato de bom moço é complementado com a presença de uma mulher e duas crianças, pois Razi é, antes de tudo, um pai de família.
Na outra extremidade, nos é apresentado o adolescente Sanfur, cuja inocência foi há muito manchada pela violenta situação de seu ambiente e o sentimento de medo e o desejo de vingança disputam lugar na escolha de seus atos.
Essa fronteira entre o bem e o mal é fortemente delimitada e a direção tenta retratar quão complexa é essa relação entre Razi e Sanfur, pontuada por conflitos morais e de ordem afetiva. Mas muito mais está em jogo e o final do longa comprova isso.

Avaliação: *** 

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Toque de Mestre (Grand Piano)

País: Espanha
Ano: 2014
Gênero: Suspense
Duração: 90 min
Direção: Eugenio Mira
Elenco: Elijah Wood, John Cusack, Allen Leech e Kerry Bishé.

Sinopse: um pianista que sofre de medo de palco descobre um bilhete ameaçador em suas partituras, que diz que ele terá que fazer o melhor concerto de sua vida, se quiser salvar a si mesmo e a sua esposa.

Crítica: o suspense é o ponto alto do filme cujos produtores também estiveram à frente de “Poder Paranormal” (2012) e do ótimo “Enterrado Vivo” (2010). Mas, infelizmente, aqui a atenção do espectador se perde após a primeira metade do filme.
O diálogo denso que o protagonista trava com ele mesmo a fim de vencer seus demônios não é suficiente para manter o ritmo e a dinâmica durante toda a trama.
Ele é quem mais segura a história; os demais atores acrescentam muito pouco. E, ao final, tem-se a impressão de que o longa não tinha uma razão para ser feito. Falta algo para concluí-lo ou, ao menos, deixar no ar um questionamento válido para a plateia.
Um roteiro fraco que não permite o envolvimento nem sequer com o drama do protagonista.


Avaliação: **

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Futebol de Várzea

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Documentário
Duração: 82 min
Direção: Marc Dourdin
Elenco: -

Sinopse: o documentário retrata o universo fascinante do futebol varzeano em São Paulo. O espectador, acostumado a jogos televisionados, estádios deslumbrantes e jogadores com salários milionários, irá conhecer uma outra face do esporte mais popular do mundo, que movimenta milhares de pessoas nos campos de terra espalhados pela cidade.

Crítica: até três mil reais por um jogo de várzea. É essa quantia que uma equipe amadora paga aos seus jogadores por uma partida disputada em um campeonato. A diversão de bater uma bolinha com os amigos no fim de semana virou um complemento salarial? O futebol de várzea se caminha para o profissionalismo? O diretor foca sua crítica no valor pago a alguns times amadores. Afinal, futebol é democrático, é popular.
É diferente de um jogo da partida da seleção brasileira, por exemplo, que custa R$ 150, o ingresso mais barato. Futebol de final de semana na Várzea é a alegria do povo, a diversão.
O cineasta mostrou a história do futebol amador disputado nos campos de São Paulo sob o olhar de quatro personagens: de um ex-jogador profissional que passou pela várzea; de uma promessa do 'terrão'; de um árbitro que só apita jogos amadores; e de uma equipe que tenta brilhar nas competições. O vídeo mostra depoimentos de personagens do filme: Betão, Bento e Amadeu – treinador, jogador e fundador do Boa Esperança, respectivamente, e Pirralho, jogador do futebol de várzea.
Concluindo: o dinheiro pode diminuir a paixão pelos times de várzea.


Avaliação: **

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O Sofá (Le Fauteuil)

País: Burkina Faso
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Missa Herbie
Elenco: -

Sinopse: em um país firmemente comprometido com a promoção da cultura, do resultado e da boa governança, Madame Clarisse Ouedraogo, uma mulher íntegra, é nomeada à Diretora-Geral da Companhia Geral de Minas, pelo Conselho dos Ministros. Duplamente prejudicada por preconceitos sociais e pela condição de esposa e mãe, ela luta para cumprir sua missão.

Crítica: a produção é amadora, os recursos são parcos, mas a mensagem do filme é forte, ainda mais numa sociedade ainda opressora em relação à mulher.
A trama é simples, mas se desenvolve bem e o público acaba sendo conquistado pela luta da mulher que quase desiste dos seus sonhos, devido à intensa dificuldade. Não há apoio em lugar algum. Nenhum amigo. Apenas inveja, corrupção, mentira, desonestidade.
Com um desfecho feliz (raro de se vem hoje em dia), o longa deixa claro que a mulher africana ainda tem muito a enfrentar para chegar à sonhada igualdade.


Avaliação: **

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