Belém: Zona de Conflito (Bethlehem)
País: Israel
Ano:
2013
Gênero: Drama,
suspense
Duração: 99
min
Direção: Yuval
Adler
Elenco: Shadi Mar'i, Tsahi Halevi, Yossi
Eini e George Iskander.
Sinopse: conta a história do vínculo improvável entre
Razi, um oficial do serviço secreto israelense, e Sanfur, seu informante
palestino. Sanfur é o irmão mais novo de um militante palestino. Razi o
recrutou quando ele tinha apenas 15 anos e desenvolveu uma relação muito
próxima, quase paternal com ele. Agora aos 17, Sanfur tenta navegar entre as
demandas de Razi e a lealdade ao seu irmão, vivendo uma vida dupla e mentindo
para os dois. Quando o serviço secreto israelense descobre o quanto Sanfur está
envolvido nas atividades de seu irmão, Razi se depara com um grande dilema.
Crítica: relação delicada entre um jovem informante
palestino e um agente do serviço secreto israelense. Assim se pode definir 'Belém: Zona de Conflito'. Instigante, tenso e, às vezes, pró-Israel, o filme
conta com um roteiro inteligente, situações bastante realistas e boas atuações.
Sanfur (Shadi Mar'i), informante
do serviço secreto israelense desde os 15 anos, vive dilemas terríveis. Manter
a lealdade ao irmão – um militante palestino – ou obedecer a Razi (Tsahi
Halevi), o agente que o recrutou e com quem mantém há dois anos uma relação de
confiança e amizade?
Tudo piora quando ocorre um
atentado suicida em Jerusalém, vindo à tona o envolvimento de Sanfur nas
atividades palestinas. O interessante é que o filme foi coescrito pelo
jornalista Ali Wakad com base em suas experiências como correspondente na
Cisjordânia.
De um lado, a figura do
oficial do serviço secreto israelense derrama cuidados quase paternais, não
hesitando em arriscar a própria vida em função de seu jovem informante
palestino. O retrato de bom moço é complementado com a presença de uma mulher e
duas crianças, pois Razi é, antes de tudo, um pai de família.
Na outra extremidade, nos é
apresentado o adolescente Sanfur, cuja inocência foi há muito manchada pela
violenta situação de seu ambiente e o sentimento de medo e o desejo de vingança
disputam lugar na escolha de seus atos.
Essa fronteira entre o bem
e o mal é fortemente delimitada e a direção tenta retratar quão complexa é essa
relação entre Razi e Sanfur, pontuada por conflitos morais e de ordem afetiva. Mas
muito mais está em jogo e o final do longa comprova isso.
Avaliação:
***
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