terça-feira, 8 de abril de 2014

Noé (Noah)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Aventura
Duração: 137 min
Direção: Darren Aronofsky
Elenco: Russell Crowe, Jennifer Connelly, Emma Watson, Anthony Hopkins e Ray Winstone.

Sinopse: baseado na história bíblica, o filme mostra a trajetória de Noé, que tem como missão construir uma imensa arca para abrigar os animais durante um dilúvio que acabará com a vida na Terra.

Crítica: difícil avaliar um filme que teve grandes pretensões, mas não chegou a alcançar nem a metade delas. Uns dirão que é uma abordagem ousada da história bíblica, outros que o filme não vale a pena ser visto ou levado a sério e outros, ainda, que nem o verão por, simplesmente, ir contra suas crenças.
Inspirado no criacionismo, o filme retrata o que teria ocorrido depois da expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden e após Caim, filho de Adão e Eva, assassinar seu irmão Abel. A linhagem de Caim criou cidades decadentes e que exploravam os recursos naturais sem nenhuma consciência. Já a linhagem de Set, o terceiro filho de Adão e Eva, vivia em paz e harmonia. Chegou um momento que os herdeiros de Caim praticamente eliminaram os herdeiros de Set, até que um dos únicos remanescentes foi um jovem Noé, que presencia a morte do próprio pai nas mãos de um dos descendentes de Caim.
Anos depois, Noé (Russel Crowe) e sua esposa Noéma (Jennifer Connelly) tentam ser bons pais e passar os nobres valores para os filhos. Numa certa noite, Noé tem uma visão de um terrível dilúvio. Ele tenta dizer ao seu povo a cessar seus maus tratos sobre a terra, a fim de serem salvos. Contudo, ninguém o ouve. Atordoado, ele visita seu avô Matusalém (Anthony Hopkins) que lhe dá um chá “místico” que revela a Noé sua missão: construir uma arca para salvar os animais do mundo enquanto o Criador limpa o planeta da impureza dos humanos com um terrível dilúvio. Tarefa difícil e que fica ainda mais complexa quando o terrível guerreiro Tubal-caim (Ray Winstone) descobre o plano de Noé e decide tomar a arca para si e seus soldados. Para cumprir sua missão Noé precisará de uma ajuda mais do que humana, ou seja, de seres divinos.
Russel Crowe é o ponto mais forte da produção. Darren Aronofsky, o diretor dessa polêmica obra, é conhecido por fazer filmes sobre personagens obsessivos e autodestrutivos, como em ‘Pi’ e ‘Cisne Negro’. Não é nenhuma surpresa que Noé de sua versão seja um homem de boas intenções, mas tão obcecado que seus atos podem levá-lo à loucura. Crowe interpreta Noé sempre de maneira intensa, um devoto fanático, mantendo uma convicção inabalável em todos os momentos, mesmo quando esse faz atos discutíveis, pois em sua mente é tudo em nome do Criador.
O que decepciona, no final das contas, é que tudo fica muito confuso. O diretor mescla teoria de evolução com história bíblica, no entanto não conclui o que realmente pretende passar. São criaturas e momentos “mágicos” na narrativa em demasia que acabam por prejudicar o desenvolvimento dos personagens.
A fotografia (locações na Islândia) e a bela trilha compõem o mundo de Noé como um lugar lúgubre, frio e sem perdão. É um filme apocalíptico, facilmente percebido pelos elementos fantásticos na produção, com direito a dilúvio, anjos de pedras, guerreiros sendo retratados de forma caricata e tantos outros efeitos. No entanto, mesmo com uma superprodução (foram gastos US$ 125 milhões), o longa não convence.
Na verdade, é uma obra estranha. No desfecho, o que vale mesmo é a mensagem atemporal de preservação do planeta e o que a humanidade precisa fazer a partir de então para não cometer os mesmos erros.


Avaliação: **

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