Yves Saint Laurent
País: França
Ano:
2013
Gênero: Biografia
Duração: 106
min
Direção: Jalil Lespert
Elenco: Pierre Niney, Guillaume Gallienne,
Charlotte Le Bon, Laura Smet e Marie de Villepin.
Sinopse: Paris, 1957. Com apenas 21 anos, Yves Saint Laurent
assume a famosa marca de alta costura fundada por Christian Dior, falecido recentemente.
Em seu primeiro desfile triunfal, ele conhece Pierre Bergé, um encontro que irá
mudar sua vida.
Crítica: o filme que merece ser visto por todos tem
altos e baixos. É preciso na reconstrução de época, acompanhando duas décadas
da vida do gênio da alta-costura. Com somente 21 anos, assume a direção
artística da Dior, passando pela abertura da própria grife, até o auge, com um
belo desfile em 1976. A direção de arte é impecável nos detalhes e figurinos.
Não há como negar.
Mas o destaque mesmo é a
interpretação e caracterização de Pierre Niney (As Neves do Kilimanjaro, Rindo
à Toa) na pele de Yves Saint Laurent. O tom de voz e a postura tímida que o
jovem ator assume para criar seu personagem, realmente convence.
No entanto, poderia ter
contado mais sobre como ele chegou ao auge e de onde veio toda sua genialidade
para a criação dos modelos. O filme foca mesmo mais na relação bastante
conturbada com Pierre Bergé (Guillaume Gallienne, excelente no papel) que é seu
sustentáculo. O próprio Saint Laurent admitiu isso em vida (ele faleceu em
2008). Envolveu-se com drogas, relações pouco confiáveis e perdeu muito
dinheiro; simplesmente não sabia lidar com ele. Bergé é que cuidava de tudo e
foi também quem esteve ao lado do estilista quando ele esteve bastante doente e
com permaneceu até a sua morte.
Outro deslize do filme é
não se aprofundar nas questões políticas que aborda bem superficialmente,
quando da sua convocação para a guerra pelo seu país (YSL nasceu na Argélia) e
sua dor pela família ainda viver lá e ele em Paris.
E a narração em off, usada
demasiadamente, também não foi o melhor recurso para o longa. O filme, aliás, começa
com Bergé nos dias de hoje, relembrando o passado, como se falasse diretamente
para Yves Saint-Laurent. Cita alguns fatos ocorridos e força um diálogo com ele
desnecessário, já que YSL está presente na película.
Avaliação: ***
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