O Passado (Le Passé)
País: França
Ano:
2013
Gênero: Drama
Duração: 140
min
Direção: Asghar
Farha
Elenco: Bérénice
Bejo, Tahar Rahim, Ali Mossafa, Pauline Burlet e Elyes Aguis.
Sinopse: após quatro anos de separação, Ahmad chega a
Paris de Teerã, a pedido de Marie, sua esposa francesa, para assinar o divórcio
deles. Durante sua estada, ele descobre a relação conflituosa entre Marie e sua
filha, Lucie. Os esforços de Ahmad para tentar melhorar essa relação vão
revelar um segredo do passado.
Crítica: o drama e o suspense investidos em “O Passado”
não são tão eficientes quanto “Depois de Uma Separação”, do mesmo diretor, de
2011.
É verdade que o passado
determina o presente, e é também verdade que é irrecuperável. O longa-metragem
pretende refletir sobre a culpa que esse passado deixa em cada um de nós, o que
não foi feito, o que foi deixado por fazer e o que não devia ter sido feito.
Não sendo original, a temática é interessante e poderia ser o ponto de partida
para uma forte reflexão e para estabelecer proximidade com o espectador. Ali
ninguém é inocente e todos vivem com culpas e arrependimentos.
O filme começa por seguir
Ahmad (Ali Mosaffa) que após quatro anos de separação chega a Paris a partir de
Teerã, a pedido de Marie, a sua esposa francesa, para se divorciarem
legalmente. Durante a sua breve estadia, Ahmad descobre a relação conflituosa
que Marie (Bérénice Bejo) tem com a filha mais velha, Lucie (Pauline Burlet).
Enquanto Ahmad se esforça para tentar melhorar esse relacionamento, irá
descobrir segredos bem guardados do passado de cada uma das personagens. Marie
tem também um relacionamento com Samir (Tahar Rahim) que tem outro filho, Fouad
(Elyes Aguis).
O problema é que a trama se
estende demais, divaga em demasia pelos dramas de seus personagens sem, de
fato, atingir o espectador. Quando, no final, enfim, surgem revelações, a
reviravolta não causa o impacto esperado. O filme já perdeu a força.
Faltam justificativas para
algumas atitudes e tudo fica um pouco confuso.
O melhor do filme é a
atuação de Ali Mosaffa (seguro e convincente como Ahmad) e de Elyes Aguis, tão
natural como o filho rebelde e que se sente pouco amado em meio a tanta
desordem, que nos comove.
De qualquer forma, a
história tem seus méritos.
Avaliação: ***
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