terça-feira, 27 de junho de 2017

Frantz

País: França/Alemanha
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 117 min
Direção: François Ozon
ElencoPierre Niney, Paula Beer, Ernst Stötzner, Marie Gruber, Johann von Bülow, Merlin Rose, Alice de Lencquesaing e Cyrielle Clair.

Sinopse: ​em uma pequena cidade alemã após a Primeira Guerra Mundial, Anna (Paula Beer) chora diariamente no túmulo de seu noivo, morto em uma batalha na França. Um dia, um jovem francês, Adrien (Pierre Niney), também coloca flores no túmulo. Sua presença, logo após a derrota alemã, inflama paixões. 

Crítica: François Ozon é um cineasta de mão cheia e tem em seu currículo inúmeros sucessos acumulados: Uma Nova Amiga (2014), Dentro da Casa (2012); Potiche – Esposa Troféu (2010); O Tempo que Resta (2005); Mulheres (2002); Sob a Areia (2000); entre muitos outros.
Em “Frantz” ele opta pelo cenário em preto e branco para retratar as agruras da Primeira Guerra Mundial, mais precisamente na França e Alemanha.
Pais mandam seus filhos para o front como se eles não fossem morrer e as perdas são irreparáveis. Agarram-se ao que podem para seguir adiante, afinal a vida continua.
Nesse contexto surge o personagem de Adrien, visto por Anna junto ao túmulo de Frantz, que era seu noivo e morreu na guerra. O mistério que cerca Adrien os induz a crer que ele também conhecia Frantz.
Os diálogos, a edição das cenas, as atuações, são excelentes e fundamentais para que a trama siga mantendo nossa atenção e revelando algo novo a cada instante.
No intuito de diminuir a dor, mentiras são contadas. A presença de Adrien na família de Frantz torna-se regular e ele descobre mais sobre o jovem morto. Até que um dia ele parte, atormentado por sua consciência.
Sensibilidade não falta à construção dos personagens. Anna quer amar de novo, mas terá que perdoar para seguir em frente; Adrien quer ser perdoado; e os pais de Frantz querem consolo e veem nos jovens que os cercam uma esperança de felicidade e de um mundo melhor.  
E a crítica à guerra é veemente em toda a obra. Em minha opinião, o melhor filme do Festival Varilux 2017.

Avaliação: ****

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segunda-feira, 26 de junho de 2017

A Garota Ocidental (Noces)

País: Bélgica/Luxemburgo/França/Paquistão
Ano: 2017
Gênero: Suspense
Duração: 98 min
Direção: Stephan Streker
Elenco: Lina El Arabi, Sébastien Houbani, Babak Karimi, Samia Sassi, Alice de Lencquesaing, Aurora Marion, Zacharie Chasseriaud e Xavier Durringer.

Sinopse: Zahira (Lina El Arabi) é uma jovem paquistanesa que vive na França. Acostumada ao estilo de vida ocidental, a garota entra em conflito com os costumes familiares quando seus pais apresentam três desconhecidos e exigem que ela escolha um deles como marido. 

Crítica: a direção é precisa na mensagem que quer passar ao público: um alerta sobre a incompatibilidade do islã (e suas tradições morais) com o mundo ocidental e seu modo de viver.
Mas a família em questão, no caso de origem paquistanesa, surpreende no início da trama pelo “liberalismo” quanto à questão do aborto.
Zahira engravidou do namorado paquistanês, que também vive na França, mas ele não quer o filho. Os pais dela então a orientam a abortar (depois, terá que fazer uma cirurgia de reconstrução do hímen) para que possa se casar com um dos 3 pretendentes que ela conhecerá via Skype, por iniciativa e intermédio dos pais. Como curiosidade: o aborto é liberado na França e pode ser feito até as 12 primeiras de gestação, sendo coberto pelo Plano de Saúde – a paciente paga apenas 3,50 euros.
No entanto, Zahira está dividida. Morando há anos na França, tem uma vida "ocidentalizada": sai com amigos (ainda que escondida) e até flerta com um rapaz não paquistanês, o que é inaceitável em sua família. Segundo seu pai, uma paquistanesa só pode casar com um paquistanês.
A família aperta o cerco para que ela escolha um dos rapazes a ela apresentados. Tal decisão mudará sua vida para sempre.
A narrativa expõe bem as dificuldades de se livrar das “amarras” da religião e de todos os seus costumes seculares. Não há maneira de conciliar os valores muçulmanos de honra e amor com os valores do Ocidente. São invertidos aos nossos olhos e capazes de interromper vidas por tradições, preceitos e dogmas completamente antiquados e descabidos para a realidade atual.
Interessante o diálogo que ocorre em uma cena entre Zahira e sua irmã mais velha, já casada com um marido imposto pelos pais. Ao discutirem sobre tal imposição ser injusta, a irmã casada alega que elas são mulheres e que o mundo é assim mesmo. Tal conformismo revela como o islamismo determina a vida de seus seguidores – uma religião que menospreza totalmente o gênero feminino.
O final é chocante e deixa claro que, se o problema não for combatido pela raiz, muitas jovens estarão condenadas à infelicidade. 

Avaliação: ****

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Perdidos em Paris (Paris Pieds Nus)

País: França
Ano: 2016
Gênero: Comédia
Duração: 83 min
Direção: Fiona Gordon e Dominique Abel
Elenco: Fiona Gordon, Dominique Abel e Emmanuelle Riva.

Sinopse: Fiona (Fiona Gordon), bibliotecária de uma pequena cidade canadense, recebe uma aflita e angustiada carta de sua tia Marta, uma senhora de 93 anos, que vive sozinha em Paris. Sem pestanejar, Fiona embarca no primeiro avião rumo à capital francesa apenas para descobrir que Martha desapareceu. Em uma verdadeira avalanche de desastres inexplicáveis, Fiona conhece Dom, um sem-teto egoísta e sedutor, que não vai deixá-la seguir sozinha em sua busca. Um conto divertido e cativante sobre três pessoas peculiares perdidas em Paris. 

Críticaa dupla Fiona Gordon e Dominique Abel (casados na vida real) já é conhecida nas telinhas de cinema francês. Sempre atuando juntos, o gênero comédia é o que domina o trabalho deles.
“Perdidos em Paris” é leve, despretensioso, com algumas cenas engraçadas, mas não mais do que isso. Falta contexto e funciona meramente como um passatempo. “Rumba” (2008) foi muito melhor – engraçado, dançante e inusitado – e trouxe muitos risos à plateia.
Ainda que a dupla sempre funcione bem (sobretudo Dominique Abel, entregue ao papel de um morador de rua), fica claro que o conteúdo e a mensagem a ser passada também são essenciais para que um filme se sustente. 

Avaliação: **

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Na Cama com Victoria (Victoria)

País: França
Ano: 2016
Gênero: Comédia dramática
Duração: 96 min
Direção: Justine Triet
Elenco: Vincent Lacoste, Virginie Efira, Melvil Poupaud e Laurent Poitrenaux.

Sinopse: Victoria Spick (Virginie Efira), advogada, em pleno vazio sentimental, é convidada para um casamento, e lá encontra seu velho amigo Vincent, e Sam, ex-traficante, que ela conseguiu inocentar. No dia seguinte, Vincent é acusado de tentativa de homicídio por sua namorada. A única testemunha do episódio é o cão da vítima. Relutante, Victoria aceita defender Vincent, enquanto contrata Sam como babá. É o início de uma série de reviravoltas na vida de Victoria. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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Uma Agente Muito Louca (Raid Dingue)

País: França
Ano: 2017
Gênero: Comédia
Duração: 105 min
Direção: Dany Boon
Elenco: Dany Boon, Alice Pol e Michel Blanc.

Sinopse: Johanna Pasquali (Alice Pol) é a primeira mulher a entrar no RAID, tropa de elite da polícia francesa, mas se vê no caminho de Eugène Froissard (Dany Boon), o mais misógino dos agentes da RAID. Essa dupla improvável está encarregada de parar a Gangue Leopardo, que está por trás de audaciosos roubos nas ruas de Paris. Mas antes de colocar os malfeitores atrás das grades, eles precisam encontrar uma maneira de serem parceiros sem que se matem, seja em treinamento ou trabalhando em casos complicados. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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