domingo, 25 de junho de 2017

Rodin

País: França
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 119 min
Direção: Jacques Doillon
Elenco: Vincent Lindon, Izia Higelin, Séverine Caneele e Edward Akrout.

Sinopse: em Paris de 1880, Auguste Rodin (Vincent Lindon) finalmente recebe, aos 40 anos, sua primeira encomenda do Estado: “A Porta do Inferno”, obra composta de figuras que farão sua glória, como “O Beijo e O Pensador”. Ele divide sua vida com Rose (Séverine Caneele), sua eterna companheira, quando conhece a jovem Camille Claudel (Izia Higelin), sua aluna mais talentosa, que rapidamente torna-se sua assistente e, em seguida, sua amante. Dez anos de paixão, mas também dez anos de admiração e cumplicidade compartilhada. Após a dissolução, Rodin continua a trabalhar com determinação. Ele deve encarar a rejeição e o entusiasmo que a sensualidade da sua escultura provoca e assina com seu Balzac, rejeitado enquanto vivo, ponto de partida incontestável da escultura moderna. 

Crítica: a película marca os 100 anos da morte do escultor mais célebre do mundo (nascido em 1840, em Paris, e morto em 1917, em Meudon, aos 77 anos) e faz uma bela homenagem ao seu trabalho de criação – a ideia em si, a inspiração, os(as) modelos(as), o processo com a argila até a escultura finalmente concluída.
Rodin foi um mestre com muitos seguidores. Um deles foi sua aluna Camille Claudel, com quem teve uma longa e conturbada relação, profissional e amorosa. Empenhada e talentosa, não teve sua obra reconhecida, provavelmente por ser uma mulher. O mundo ainda não estava preparado – mesmo sendo na França.
Mas o meio artístico também rejeitou seus trabalhos, como a escultura de Honoré de Balzac (a qual se dedicou por 5 anos – 1892 a 1897), bastante ridicularizada e comparada a “um sapo em um saco”. Sua obra notória somente foi valorizada anos após sua morte (hoje exposta nos jardins do Hakone Open Air Museum, um dos museus mais visitados do Japão).
O filme tenta abarcar dois lados de Rodin: o profissional totalmente devotado e o humano com suas falhas, onde não resiste ao assédio das mulheres.  
Ainda que peque pelo exagero de cenas com modelos pousando para suas esculturas e com relações sexuais com suas alunas (o que não era segredo para ninguém), é a obra cinematográfica mais expressiva no tocante à avaliação do seu processo artístico. 

Avaliação: ***

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