Rodin
País: França
Ano:
2017
Gênero: Drama
Duração: 119
min
Direção: Jacques
Doillon
Elenco: Vincent Lindon, Izia Higelin, Séverine Caneele
e Edward Akrout.
Sinopse: em Paris de 1880, Auguste Rodin (Vincent
Lindon) finalmente recebe, aos 40 anos, sua primeira encomenda do Estado: “A
Porta do Inferno”, obra composta de figuras que farão sua glória, como “O Beijo
e O Pensador”. Ele divide sua vida com Rose (Séverine Caneele), sua eterna
companheira, quando conhece a jovem Camille Claudel (Izia Higelin), sua aluna
mais talentosa, que rapidamente torna-se sua assistente e, em seguida, sua
amante. Dez anos de paixão, mas também dez anos de admiração e cumplicidade
compartilhada. Após a dissolução, Rodin continua a trabalhar com determinação.
Ele deve encarar a rejeição e o entusiasmo que a sensualidade da sua escultura
provoca e assina com seu Balzac, rejeitado enquanto vivo, ponto de partida
incontestável da escultura moderna.
Crítica: a película marca os 100 anos da morte do escultor mais célebre do
mundo (nascido em 1840, em Paris, e morto em 1917, em Meudon, aos 77 anos) e faz
uma bela homenagem ao seu trabalho de criação – a ideia em si, a inspiração, os(as)
modelos(as), o processo com a argila até a escultura finalmente concluída.
Rodin foi um mestre com
muitos seguidores. Um deles foi sua aluna Camille Claudel, com quem teve uma
longa e conturbada relação, profissional e amorosa. Empenhada e talentosa, não
teve sua obra reconhecida, provavelmente por ser uma mulher. O mundo ainda não
estava preparado – mesmo sendo na França.
Mas o meio artístico também
rejeitou seus trabalhos, como a escultura de Honoré de Balzac (a qual se
dedicou por 5 anos – 1892 a 1897), bastante ridicularizada e comparada a “um
sapo em um saco”. Sua obra notória somente foi valorizada anos após sua morte
(hoje exposta nos jardins do Hakone Open Air Museum, um dos museus mais
visitados do Japão).
O filme tenta abarcar dois
lados de Rodin: o profissional totalmente devotado e o humano com suas falhas,
onde não resiste ao assédio das mulheres.
Ainda que peque pelo
exagero de cenas com modelos pousando para suas esculturas e com relações
sexuais com suas alunas (o que não era segredo para ninguém), é a obra
cinematográfica mais expressiva no tocante à avaliação do seu processo
artístico.
Avaliação:
***
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