Dunkirk
País: Estados
Unidos/ França/ Reino Unido/ Holanda
Ano:
2017
Gênero: Guerra
Duração: 107
min
Direção: Christopher
Nolan
Elenco: Fionn
Whitehead, Jack Lowden e Harry Styles.
Sinopse: na Operação Dínamo, mais conhecida como a
Evacuação de Dunquerque, soldados aliados da Bélgica, do Império Britânico e da
França são rodeados pelo exército alemão e devem ser resgatados durante uma
feroz batalha no início da Segunda Guerra Mundial. A história acompanha três
momentos distintos: uma hora de confronto no céu, onde o piloto Farrier (Tom
Hardy) precisa destruir um avião inimigo, um dia inteiro em alto mar, onde o
civil britânico Dawson (Mark Rylance) leva seu barco de passeio para ajudar a
resgatar o exército de seu país, e uma semana na praia, onde o jovem soldado
Tommy (Fionn Whitehead) busca escapar a qualquer preço.
Crítica: o diretor Christopher Nolan (mais conhecido
por suas grandes produções de super-heróis no cinema) impressiona pela forma
como escolheu para contar como foi a Evacuação de Dunquerque, na França.
Para esclarecer, a Batalha
de Dunquerque foi uma batalha durante a Segunda Guerra Mundial que durou de 25
de maio a 04 de junho de 1940. Uma enorme força britânica e francesa ficou
encurralada por uma divisão alemã ao norte da França e entre o canal costeiro
de Calais. Mais de 300.000 soldados aliados foram evacuados por via marítima.
O diretor mostra, quase que
simultaneamente, as ações de três personagens: um com duração de uma semana,
outro de um dia e o outro, de uma hora.
A câmera acompanha os três
de perto e explora bem suas expressões. A cena de Tommy (Fionn Whitehead)
correndo com uma maca pela praia, agarrando um barco em movimento ou se
escondendo entre as vigas de um píer são bem filmadas e dão agonia ao
espectador que torce para que ele alcance o navio.
O risco é iminente. Bombas
caem do ar. E a vida dele e de tantos outros solados dependem do piloto Farrier
(Tom Hardy) para destruir os caças alemães (por sinal, as cenas aéreas são
belíssimas) e do civil Dawson (Mark Rylance) que leva seu barco de passeio (a
Marinha confiscou todos para buscar os soldados encurralados na praia de
Dunquerque) para resgatar tanto quantos puder.
O controle de edição é
total, as imagens são poderosas, os sons ensurdecedores e os dramas humanos bem
captados, quando o silêncio, às vezes, fala bem mais que palavras.
A obra dividida em três
vertentes, cada uma com um protagonista: o garoto Tommy tentando fugir da
praia, o patriota Dawson indo voluntariamente à batalha, e o piloto Farrier
tentando destruir aviões inimigos, é uma opção acertada.
Tem uma narrativa
inteligente, ao se dedicar aos indivíduos (abrindo mão de aprofundar nas
questões de interesses políticos e econômicos dos países envolvidos), ainda que
acabe por se exceder em atos de heroísmo. Neste caso, o filme privilegia as
tropas britânicas em sua história quando, na verdade, a evacuação de mais de
300 mil soldados em 1940 foi fruto de um esforço conjunto de britânicos,
franceses e tropas magrebinas.
De qualquer forma, um bom
retrato humano dos que viveram aquele momento.
Avaliação:
***
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